Ai que já é
segunda!
O fim de semana
passou a correr tanto que, quando fui a ver, o gajo já ia ao fundo da estrada!
Sinto-me roubada do meu direito ao descanso! Sim, porque se me dessem folga, eu
andava com ela ao pescoço a exibi-la! E para ma tirarem, tinham de passar por
cima do meu lindo e amoroso cadáver!
Bom, há que
arrebitar e arranjar motivos de interesse para se iniciar mais uma semanita,
certo? Imagino um Z meiguinho à minha espera para quando regressar do trabalho…
ou um Qhuinn…. E agora dizem vocês: mas
esta estúpida diz que trabalha e está a enfiar coisas na net? E ainda por cima a ter pensamentos pecaminosos? Há de trabalhar, há de...
Já chega de
paleio e vamos ao que interessa. Hoje temos o que faltava do capítulo 7 que,
para quem anda distraído, acabou com uma interrupção fantástica de Nalla a
chorar baba e ranho.
Boa
segunda-feira e ótimas leituras!
Capítulo Sete – Segunda Parte
Bella sentiu a ereção de Z
murchar e sabia bem que não tinha sido por já ter ejaculado. Ele conseguia
fazê-lo quatro ou cinco vezes numa sessão – e isso numa noite normal, não
depois de um período de seca de meses e meses.
- Desculpa, - disse ela do berço
a olhar por cima do ombro, a sentir-se dividida a quem acudir.
Zsadist prendeu-lhe o rosto com
as mãos ligadas e virou-a para ele.
- Toma conta da cria que eu fico
bem.
Não havia sombra de censura nem
nos olhos nem na voz. Na verdade, nunca houve. Nunca se ressentiu de Nalla; se
havia algo em demasia nele era a capacidade de se auto sacrificar.
- Eu vou…
- Demora o tempo que precisares.
Saiu da cama e foi até ao berço.
Nalla estendia as mãozinhas e acalmou-se um bocadinho… especialmente quando
pegaram nela.
Certo. Fralda molhada e fome.
- Eu não me demoro.
- Não te preocupes. – Z voltou a
deitar-se nos lençóis de cetim negros, a cara das cicatrizes já não estava
faminta, o corpo calmo e não tenso.
Ela tinha esperanças de que o
orgasmo o tivesse relaxado. Mas tinha medo que fosse fingimento por pensar que ela se iria
demorar.
Bella entrou no berçário, mudou
rapidamente a fralda e foi para a cadeira de baloiço dar a Nalla o que ela estava
a precisar. Enquanto segurava e embalava a cria, apercebeu-se de que era bem
verdade que ter um bebé mudava tudo. Incluindo o conceito de tempo.
O que ela pensava ser uns rápidos
quinze minutos de amamentação, transformou-se em duas horas de trabalhos,
vómito, alvoroço, amamentação, vómito, arroto, mudar fralda, alvoroço, maratona
de amamentação.
Quando Nalla, finalmente, parou,
Bella deixou a cabeça encostar-se à cadeira num estado familiar de exaustão e
satisfação.
Ser mãe era fantástico, transformador,
e um pouco viciante… e agora ela conseguia perceber como é que as fêmeas
ficavam demasiado concentradas nas crias. Tomar conta delas e estar lá para
elas também alimentava. Também se era super-poderosa quando se é A Mãe. Nalla
era tudo.
O problema é que sentia falta de
ser a shellan de Z. Sentia falta de
acordar com ele em cima dela quente e esfomeado. Sentia falta de sentir as
presas dele a enterrarem-se no pescoço. Sentia falta de como aquela cara com
cicatrizes olhava para ela depois de terem feito amor, toda corada e terna e
plena de reverência e amor.
O facto de ser tão duro com todos,
até com os Irmãos, fazia com a doçura dele para com ela fosse ainda mais
especial. Sempre.
Deus, aquele sonho dele. Não
estava disposta a dizer que tudo tinha mudado entre eles, mas mudou o
suficiente para ela agora não o deixar. Do que não tinha certeza é do que viria
a seguir. Z precisava de mais ajuda do que aquela que ela podia dar. Ele
precisava de um profissional, não apenas amor e apoio moral da companheira.
Talvez houvesse uma maneira de
Mary participar. Ela tinha experiência como conselheira e tinha sido ela a
ensinar-lhe a ler e escrever. Ele nunca na vida falaria com um desconhecido,
mas com Mary…
Ah, diabo, ele nunca haveria de
falar com a shellan de Rhage acerca
dos pormenores do passado. As experiências eram demasiado horríficas e a dor
profunda. Mais, ele odiava emocionar-se à frente dos outros.
Bella ergueu-se e deitou Nalla no
berço mais pequeno do berçário… na vaga esperança de Zsadist ainda estar na
cama, despido e com disposição.
Não estava. Estava na casa de
banho, e pela chiadeira e barulho da água, estava a aparar o cabelo no
chuveiro. Na mesinha de cabeceira estava um par de tesouras e as ligaduras, e
ela só conseguia pensar que queria ter feito aquilo por ele.
Não havia dúvidas, ele tinha
esperado e esperado e esperado por ela, e depois desistiu, não só do sexo como
também da ajuda. Deve ter guerreado para pôr a tesoura a cortar só com as
pontas dos dedos de fora…. Mas, pelas horas, ou tirava as ligaduras ou sairia
para lutar sem tomar banho.
Bella sentou-se na cama e
apanhou-se a compor o robe de forma a cruzar as pernas sem as destapar.
Apercebeu-se de que era um ritual familiar o esperar que ele saísse da casa de
banho. Quando Z terminasse e saísse de toalha, falariam de coisa nenhuma
enquanto ele se vestia no armário. Depois ele descia para a Primeira Refeição,
ela tomava banho e vestia-se com a mesma privacidade.
Deus, sentia-se tão pequenina. Pequenina
em comparação com os problemas que tinham e as exigências da filha e com o
querer um amante como hellren e não
um companheiro de quarto educado.
Bateram à porta e ela assustou-se.
- Sim?
- É a Dr Jane.
- Entra.
A médica espreitou pela porta.
- Ei, ele está? Pensei vir
tirar-lhe as ligaduras… Ok, é óbvio que vocês se entenderam.
A médica estava a tirar conclusões
precipitadas, Bella manteve a boca fechada.
- Ele deve estar a sair da casa de
banho. O gesso também pode sair?
- Acho que sim. Porque é que não
lhe dizes para se encontrar comigo lá em baixo na sala de Primeiros Socorros e
Terapia quando estiver pronto? Vou estar a trabalhar na ampliação das
instalações médicas, por isso vou andar de ferramentas na mão.
- Eu digo-lhe.
Durante um longo momento só se
ouviu o ruído da máquina e da água a correr.
A Dr. Jane franziu o sobrolho.
- Estás bem, Bella?
Forçou um sorriso e ergueu as mãos
num gesto defensivo.
- A minha saúde está ótima. Não
preciso de mais exames. Nunca mais.
- Acredito. – Jane sorriu, depois
olhou para a porta da casa de banho de relance. – Olha… se calhar devias ir lá
lavar-lhe as costas, se é que me estás a perceber.
- Eu espero.
Outro silêncio.
- Posso fazer uma sugestão
completamente intrusiva?
- É difícil de te imaginar ainda
mais intrusiva do que aquilo que tens sido. – disse Bella a piscar-lhe o olho.
- Estou a falar a sério.
- Está bem.
- Deixa o berço de Nalla no
berçário e deixa a porta fechada enquanto estiver a dormir. Arranja um
intercomunicador para a poderes ouvir. – A Dr. Jane deu uma vista de olhos ao quarto.
– Este é o quarto que tu e o teu marido partilham… tu tens de ser mais do que
mãe, e ele precisa de ti um bocadinho todos os dias. A Nalla vai ficar bem e é
importante que se habitue a dormir sozinha.
Bella olhou para o berço. A ideia
de o tirar dali para fora era estranha e irracionalmente terrível. Como se
estivesse a atirar a filha aos lobos. No entanto, se ela queria mais do que um
companheiro de quarto, precisava de espaço.
- Isso talvez seja uma boa ideia.
- Já trabalhei com muita gente que
teve bebés. O que é que queres que eu diga? Os médicos gostam de procriar.
Depois do nascimento do primeiro, há sempre um período de ajustamento. Isso não
significa que haja alguma coisa de errado com o casamento, mas é preciso
estabelecer outros limites.
- Obrigada… a sério, gostei de
ouvir.
A Dr. Jane acenou com a cabeça.
- Se precisares de alguma coisa,
vou estar sempre aqui.
Quando a porta se fechou, Bella
foi ao berço e alisou os laços multicolores que pendiam dele. Ao deixar
escorregá-los macios entre os dedos, ela recordou-se da cerimónia e de todo o
amor partilhado. Nalla haveria sempre de ser adorada nesta casa, acarinhada e
protegida.
Teve um momento de pânico quando
libertou os travões do berço e começou a levá-lo para o berçário… mas ela ia
ultrapassá-lo. Tinha de. E ia a correr comprar um monitor de bebés.
Estacionou o berço à beira do
outro que lá estava, no que Nalla nunca conseguia dormir bem. Mesmo agora, a
testa da criança estava enrugada, e agitava as pernas e os braços, sinal de que
iria acordar em breve.
- Shhh, mahmen está aqui.
Bella ergueu-a e colocou-a no
berço preferido. A bebé bufou e emitiu um som de agrado enquanto se enroscava
em si própria e punha a mãozinha através das grades para agarrar a fita
vermelha e negra de Wrath e Beth.
Isto era promissor. Respiração
pesada e barriguinha cheia eram sinónimo de um bom e longo sono.
Pelo menos Nalla não parecia que
se sentisse abandonada.
Bella voltou para o quarto. Não
havia barulho na casa de banho, pôs a cabeça lá dentro para espreitar, viu a
humidade deixada no ar pelo chuveiro e sentiu o aroma do champô de cedro.
Tinha saído.
- Mudaste o berço?
Voltou-se. Z estava à frente das
portas duplas do armário, calças vestidas e t-shirt preta na mão. O peito, com
as marcas da Irmandade e as argolas nos mamilos, brilhava à luz projetada sobre
os ombros.
Bella relanceou o sítio para onde
Nalla costumava dormir.
- Bem, este é… tu sabes, o nosso
espaço. E… ah… ela fica bem no outro quarto.
- Tens a certeza de que vais ficar
bem com a mudança?
Se isso significava que ia poder
estar com ele como a sua shellan?
- Nalla está bem, se precisar de
mim é só abrir a porta, e ela começa a dormir mais tempo durante o dia, por
isso… sim, estou bem.
- Tens a… certeza?
Bella ergueu os olhos para ele.
- Sim. Certeza absoluta.
Z atirou com a t-shirt ao chão,
desmaterializou-se até ela, e atirou-a contra a cama. O cheiro de vinculação
enlouquecido quando a boca dele se firmou na dela e o corpo duro e pesado a
empurrou de encontro ao colchão. As mãos foram duras com a camisa de dormir,
rasgando-a ao abri-la ao meio. Os seios nus e ele rugia grave e profundamente.
- Ó, sim… - gemeu ela, tão
desesperada como ele.
Com uma mão no meio dos corpos,
partiu uma unha ao desabotoar o botão e a abrir-lhe o fecho…
Z emitiu outro som animal e a
ereção saltou para a mão dela. Erguendo-se, ele quase rasgou as calças a tentar
tirá-las pelas pernas e por cima do gesso. Depois de lutar com elas, deixou-as
nos joelhos com um “Foda-se”.
Saltou outra vez para cima dela,
acabou de lhe rasgar a camisa e abriu-lhe amplamente as pernas. Só que parou,
com o rosto preocupado a ameaçar deixar a paixão de lado. Abriu a boca, prestes
a perguntar-lhe se ela não se importava de…
- Cala-te e entra dentro de mim. –
Ladrou, a agarrá-lo pela nuca e puxando-o para baixo para os seus lábios.
Ele rugiu e entrou, a penetração
era uma bomba que lhe explodiu no corpo, a disparar faíscas através dela,
incendiando-lhe o sangue. Agarrou-lhe no rabo com força e os quadris martelaram
até a acompanhar, vindo-se numa gigantesca contração do tronco.
Nesse instante, ele atirou a
cabeça para trás, as presas surgiram e silvou como um grande gato. Arqueando-se
na almofada, ela colocou a cara de lado, dando-lhe a garganta para que pudesse…
Mal ele a atingiu com força, ela
teve outro orgasmo e enquanto ele sugava da veia dela, o sexo continuava. Ele
era ainda melhor do que se lembrava, os músculos e os ossos a mover-se em cima
dela, a pele tão macia, o cheiro a cobri-la naquela especiaria sombria.
Quando terminou de se alimentar e
de ejacular pela… Deus sabe quantas vezes… o corpo dele imobilizou-se e selou a
ferida da mordidela com a língua.
Os vagarosos e deliciosos
movimentos da língua dele fê-la querer mais, e como se lhe lesse o pensamento,
deitou-se de costas e levou-a com ele, mantendo-os unidos.
- Monta-me, - pediu, os selvagens
olhos amarelos fixos nos seios dela.
Ela acariciou o que ele fixava e excitou os próprios mamilos
enquanto o montava devagar e maravilhosamente. Os gemidos dele e a forma como
as mãos se prendiam aos joelhos dela, fê-la sentir-se mais bonita do que todas
as palavras que ele pudesse dizer.
- Deus… senti a tua falta, - disse ele.
- Eu também – Deixando cair as mãos sobre os ombros dele,
ela inclinou-se para ele de modo a mover as ancas melhor.
- Ó, merda, Bella… toma-me a veia.
O convite foi aceite antes de ele argumentar e ela não foi
mais delicada do que ele. O sabor dele era espetacular, e mais forte do que
antes.
Desde o nascimento, quando ela se alimentava era… educado.
Mas assim era selvagem, o cocktail de champanhe de poder e sexo, não era só
nutrição.
- Eu amo-te, - suspirou ele quando ela o tomou.
Fizeram amor mais quarto vezes.
Outra vez na cama.
Duas vezes no chão a caminho da
casa de banho.
Outra vez no chuveiro.
No final, embrulharam-se numas
grossas toalhas brancas e voltaram para a cama.
Zsadist puxou-a para a sua beira e
deu-lhe um beijo na testa.
- Essa questão de eu ainda estar
atraído por ti está resolvida?
Ela riu-se, com a mão sentia-lhe
os peitorais e mais abaixo os abdominais. Ela podia jurar que conseguia sentir
os músculos dele a fortalecerem-se por baixo das mãos, o corpo dele a aproveitar
o que tinha recebido. Saber que o tornava mais forte, deixava-a orgulhosa… mas,
mais do que isso, fazia-a sentir-se ligada a ele.
A Virgem Escrivã tinha sido
esperta ao criar uma raça que precisava de se alimentar entre si.
- Então? Está? – Z rolou para cima
dela, a cara e a cicatriz num sorriso Eu-sou-o-tal. – Ou preciso de o provar
outra vez?
Ela percorreu-lhe os fortes
braços.
- Não, eu acho que… Z!
- O quê? - Disse preguiçosamente a
arranjar posição entre as pernas dela outra vez. – Desculpa. Não consigo
evitar. Ainda tenho fome.
Tocou-lhe nos lábios tão
suavemente como a brisa.
- Mmmm…
Os lábios desceram pelo pescoço e
acariciou com o nariz a marca que lhe deixou, como que a agradecer.
- Mmmm… minha, - rugiu.
Tão devagar, tão suave… os lábios
continuaram a descer até ao seio. Parou no mamilo.
- Estão sensíveis? – Perguntou, a
roçar a ponta do nariz neles e, depois, a lambê-los.
- Sim… - Tremeu quando ele soprou
por onde a língua tinha passado.
- Parecem. Todos rosados, duros e
lindos. – Ele era sempre tão cuidadoso com os seios dela, acariciando-os com as
mãos e a beijá-los suavemente.
Quando ele desceu ao nível da
barriga, ela começou a ficar excitada e ansiosa outra vez e ele ofereceu-lhe um
sorriso.
- Sentiste falta dos meus beijos, amada
companheira? Daqueles que gosto de te dar entre as coxas?
- Sim, - disse sufocada com a
antecipação que a percorria num arrepio. Pelo pequeno sorriso erótico que
trazia e o brilho malandro dos olhos amarelos, ele era outra vez um macho cheio
de planos e com uma agenda muito grande.
Elevou-lhe os joelhos.
- Abre-te para mim. Gosto de te
ver… ó… merda… sim. – Passava a mão nos lábios que se estivesse no aquecimento
– É isso mesmo.
Os ombros uniram-se quando se
inclinou como um gato para uma tigela de leite… enquanto ela se comportou como
uma ehros, entregando-se a ele e à
sua boca húmida e quente.
- Quero ir devagar, - murmurou
contra ela assim que ela gemeu o seu nome. – Não quero acabar depressa com o
meu prazer.
Isso não ia ser um problema,
pensou ela. Por ele, ela era um poço sem fundo…
A língua entrou dentro dela numa
penetração quente e regressou atrás aos seus doces e lentas carícias. Olhando
para o corpo, ela viu-o a olhar para ela com os olhos citrinos brilhantes… e
como se estivesse à espera que ela olhasse, ele passou-lhe a língua para a
frente e para trás.
Ver a língua dele nela lançou-a
outra vez para além dos limites.
- Zsadist… - gemeu, segurando-lhe
a cabeça e elevando as ancas.
Não havia nada mais delicioso do
que estar entre as pernas da nossa shellan.
Não era só o sabor; eram os sons e
os cheiros e a forma como olhava para ti com a cabeça de lado e os lábios
rosados abertos para poder respirar. Era o centro macio que se abria e que
fazia dela fêmea na tua boca e a confiança que permitia que te aproximasses
tanto. Era tudo íntimo e sensual e especial…
E o tipo de coisa que ele podia
fazer eternamente.
Quando a sua shellan libertou o mais incrível dos gemidos e atingiu o orgasmo,
Zsadist ergueu-se e colocou-se dentro dela para sentir as contrações.
Levou-lhe os lábios ao ouvido
quando a penetrou.
- És tudo para mim.
Enquanto descansavam, ele baixou o
olhar para os seios redondos, para a barriga e pensou em como o corpo dela era
extraordinário quando comparado ao dele. As curvas e a força feminina dela
tinham criado uma pessoa nova, providenciaram o sítio resguardado para a
alquimia de eles se encontrarem e criarem vida. Os dois.
- Nalla… - sussurrou. – A Nalla
tem…
Ele sentiu-a a ficar tensa.
- Tem o quê?
- A Nalla tem os meus olhos, não
tem?
A voz da shellan tornou-se suave e cuidadosa, como se não o quisesse
assustar.
- Sim, tem.
Z pôs a mão na barriga de Bella e fez
círculos na pele esticada, como ela tinha feito tantas vezes durante a
gravidez. Ele envergonhava-se de si próprio… envergonhado por nunca lhe ter
tocado na barriga. Estava tão preocupado com o parto que a redondez dela parecia-lhe
uma ameaça à vida de ambos, não um motivo de alegria.
- Desculpa-me. – Disse de repente.
- De quê?
Tiveste de fazer tudo sozinha, não
foi? Não foram só estes três meses, mas ainda antes. Quando estavas grávida.
- Tu estiveste sempre comigo…
- Mas não com a Nalla, e ela era
uma parte de ti. É uma parte de ti.
Bella levantou a cabeça.
- Ela é uma parte de ti também.
Ele pensou nos grandes e
brilhantes olhos amarelos da cria.
- Às vezes penso que ela se calhar
se parece também comigo.
- Ela é quase igual a ti. Tem o
teu queixo e as tuas sobrancelhas. E o cabelo… - A voz de Bella começou a ficar
entusiasmada, como se há muito quisesse falar com ele das parecenças. – O
cabelo dela vai ser exatamente igual ao teu e ao de Phury. E já viste as mãos
dela? O indicador é maior que o anelar, como tu.
- A sério?
Caramba, que espécie de pai era
ele que não sabia nada disto? Bem, esta era fácil. Ele não foi pai de espécie
alguma.
Bella estendeu-lhe a mão.
- Vamos tomar banho e depois vens
comigo. Deixa-me apresentar-te à tua filha.
Z respirou fundo. Depois assentiu.
- Eu gostava, - disse.
Definitivamente, vou rifar o morcegão que lá tenho na gruta, ofereço os morceguitos de brinde e vou arranjar um destes só para mim xD