Ui! Ficou tudo
bravo com a publicação de ontem! E com
uma imaginação espantosa…
E continuo a
ser eu quem sabe o que se passou… *riso muito malandro*
Prometo que se
se portarem bem, volto a publicar o spoiler sem aquelas omissões horríveis e
numa versão alargada.
Mas têm que se
portar muuuuuuito bem…
Hoje, temos
mais uma dose de Zsadist (Coisa linda e
fofa!) para alegrar um bocadinho o vosso dia e recarregarem baterias para enfrentarem
a vida.
Até amanhã.
Boas leituras.
Beijos bons.
Capítulo Oito
Assim que Zsadist abriu a porta do
berçário, verificou outra vez se a camisa estava decentemente enfiada nas
calças.
Caramba, adorava o cheiro do
quarto. Inocência com aroma a limão era o que lhe chamava em pensamento. Doce
como uma flor, mas sem ser enjoativo. Puro.
Bella apertou-lhe a mão e levou-o
ao berço. Rodeada de fitas de cetim maiores do que ela, Nalla estava virada de
lado, com os braços e as pernas muito apertados, os olhos muito fechados como
se estivesse diligentemente a fazer de tudo, tudo, tudo para dormir.
No instante em que Z olhou para o
berço, ela mexeu-se. Fez um barulhinho. A dormir, estendeu a mão, mas não na direção
da mãe, mas na dele.
- O que é que ela quer? – Perguntou
como um idiota.
- Quer que tu lhe toques. – Como
ele não se moveu, Bella murmurou, - Ela faz isto quando dorme… parece saber
quem está perto dela e quer ser mimada.
A shellan não o obrigou a fazer nada.
Mas Nalla não estava feliz. A
mãozinha e o braço esticaram-se mais para ele.
Z limpou a mão à frente da camisa,
esfregou-a algumas vezes nas calças. Ao esticar a mão, os dedos tremiam-lhe.
Nalla fez a ligação. A filha
agarrou-lhe no polegar e segurou-o com tanta força que ele sentiu uma lança de
orgulho puro a atravessar-lhe o peito.
- É forte. – Disse, a aprovação a
sentir-se claramente nas palavras.
Bella fez um pequeno som.
- Nalla? – Sussurrou ao
inclinar-se. A filha apertou os lábios e agarrou-se com mais força.
- Não acredito na força que tem. –
Deixou o indicador passar suavemente no pulso da filha. – Macia… ó meu Deus,
ela é tão macia…
Os olhos de Nalla abriram-se. E
quando viu uns olhos a fitá-lo exatamente com o mesmo tom dourado dos dele, o
coração parou-lhe.
- Olá…
Nalla pestanejou e abanou-lhe o
dedo e transformou-o: Tudo parou quando ela mexeu, não só com a sua mão, mas
com o seu coração.
- Tu és como a tua mahmen, - sussurrou. – Para mim, tu
fazes o mundo desaparecer.
Nalla continuava a abanar-lhe a
mão e palrou.
- Não consigo acreditar na força…
- olhou para Bella. – Ela é tão…
As lágrimas caíam pelas faces de
Bella, abraçava-se a si própria como se tentasse não se desfazer em bocados.
O coração dele comoveu-se outra
vez, mas por motivos diferentes.
- Anda cá, nalla, - disse,
abraçando a sua shellan, encostando-a
a si com a mão livre – Anda cá ao teu macho.
Bella enterrou o rosto no peito
dele e a mão dela encontrou a dele.
Ali, a segurar tanto a filha como
a sua companheira, sentiu-se um gigante, mais rápido que o seu Carrera e mais forte do que um exército.
O peito inchava-lhe com um
objetivo renovado. Ambas eram dele, aquelas duas. Dele e só dele, e ele tinha
que cuidar delas. Uma era o seu coração, a outra era uma parte de si mesmo e elas
completavam-no, preenchiam vazios que ele nem sequer sabia que tinha.
Nalla olhou para os pais e o som
mais adorável saiu-lhe da boquinha em botão, uma espécie de Bem, não é bom como isto acabou?
Mas a seguir a filha estendeu a
outra mão… e tocou-lhe nas marcas de escravo.
Z encolheu-se. Não conseguiu
evitar.
- Ela não sabe o que são, - disse
Bella suavemente.
Respirou fundo com dificuldade.
- Mas vai saber. Qualquer dia ela
vai saber exatamente o que elas são.
Antes de Z descer para ver a Dr
Jane, passou algum tempo com as senhoras. Pediu comida para Bella e, enquanto
não vinha, viu pela primeira vez como a filha era alimentada. Nalla aterrou
logo a seguir, o que era perfeito, Fritz acabava de chegar com a comida. Z
alimentou a sua shellan da sua própria
mão, com uma satisfação especial quando lhe escolhia as melhores partes do
peito de frango e do rolos caseiros e dos brócolos.
Quando o prato ficou limpo e o
copo de vinho vazio, limpou a boca de Bella com um guardanapo de damasco à
medida que as pestanas lhe caiam. Aconchegou-a, pegou na bandeja e na bota do
pé direito e saiu.
Fechou a porta sem fazer barulho e
ouviu o clic do trinco, um brilho de contentamento lavava-o. As suas fêmeas
estavam alimentadas, a dormir e seguras. Tinha feito bem o seu trabalho.
Trabalho? Era a melhor missão da
sua vida.
Espreitou para a porta do berçário
e perguntou-se se, como macho, se vincularia aos filhos ou não. Sempre ouvira
dizer que era só com a shellan… mas
estava a começara sentir sérios instintos protetores relativamente a Nalla. E
ainda não tinha pegado nela. Duas semanas de familiaridade com ela? Havia de
ser uma bomba H se alguma coisa a ameaçasse.
Era isto ser pai? Não sabia. Nenhum
dos Irmãos tinha crias e não se lembrava de mais ninguém a quem perguntar.
A caminho das escadas, foi a
mancar pelo corredor das estátuas, bota, gesso, bota, gesso, bota, gesso… e
olhava para os pulsos pelo caminho.
Em baixo, levou os pratos à
cozinha e agradeceu a Fritz, foi pelo túnel que levava ao centro de treinos. Se
a Dr Jane se tivesse fartado de esperar, havia de cortar o gesso ele próprio.
Saiu pelo armário do escritório,
ouviu o barulho da serra elétrica e seguiu-lhe o grito até ao ginásio. Estava
ansioso por ver como estava a ir a nova clínica da Dr Jane. Os três postos de
tratamento, que estavam a ser construídos a partir de um dos auditórios do
complexo, foram desenhados para servir, quer como salas de cirurgia, quer como
quarto de pacientes, e o equipamento seria de topo. A Dr Jane investira em
equipamento de TAC, Raio X digital e tecnologia ultrassom, conjuntamente com um
sistema de registo médico eletrónico e uma série de instrumentos cirúrgicos de
alta tecnologia. Com uma despensa digna de um departamento de emergência, o
objetivo era evitar que a Irmandade tivesse de usar a clínica do Haver.
O que era muito mais seguro para
todos. O complexo da Irmandade estava rodeado pelo mhis, graças ao V, o que não acontecia com o sítio onde o Havers
trabalhava… como se comprovou quando a clínica foi assaltada no verão anterior.
Partindo do princípio que os Irmãos podiam ser seguidos a qualquer altura, era
inteligente manter as coisas o mais possível dentro da casa.
Z abriu uma das portas de metal do
ginásio e parou. Uau. A Dr Jane tinha um evidente e sério programa de “Mudei a
Casa” dentro dela.
Na noite anterior, quando Z lá
entrou, estava tudo como sempre esteve. Agora, em menos de vinte e quatro
horas, tinham aberto um buraco de cerca de quatro por dois na parede de cimento
do outro lado da sala. A abertura mostrava a sala de audiências que ia ser
transformado e, mesmo à frente, a companheira de V cortava tábuas de madeira,
as mãos sólidas, o resto fantasma transparente.
Quando viu Z, acabou o que estava
a fazer com a tábua e desligou a máquina.
- Ei! – Chamou ela quando o
barulho se desvaneceu. – Estás pronto para tirar o gesso?
- Sim. E pelos vistos és boa com
as serras.
- É bem que acredites. – Riu-se e
fez um gesto em direção ao buraco. – Gostas da minha decoração de interiores?
- Tu não brincas.
- Que posso eu dizer? Os martelos pneumáticos
são o máximo.
- Estou pronto para a tábua
seguinte, - gritou V do auditório.
- Está pronta.
V apareceu com um cinto de
ferramentas com um martelo e uma série de cinzeis. Ao aproximar-se da fêmea,
perguntou:
- Ei, Z, como vai a perna?
- Ficará melhor assim que a Dr
Jane me tirar este peso morto. – Z apontou com a cabeça para o outro lado. –
Caramba, vocês trabalham bem.
- É, Devemos conseguir terminar as
madeiras esta noite.
A Dr Jane passou a tábua ao macho
e deu-lhe um beijo rápido, a cara a tornar-se sólida com o contacto.
- Eu já volto. Só lhe vou tirar o
gesso.
- Sem pressa. – V acenou a
Zsadist. – Pareces-me bem. Estou contente.
- A tua fêmea faz milagres.
- É verdade.
- É verdade.
- Ok, já chega de masturbações ao
ego, rapazes. – Sorriu e beijou o companheiro outra vez. – Anda, Z. Vamos a
isso.
Ao voltar-se, os olhos de V
seguiram-lhe o corpo… o que significava sem sombra de dúvidas que mal Zsadist
saísse dali, não iriam só trabalhar para a clínica.
Quando a Dr Jane e Z chegaram à
sala de primeiros socorros, ele entrou e saltou para cima da maca.
- Pensei que ias usar a serra
elétrica em mim.
- Nãa. Já tens uma pessoa da tua
linhagem sem uma perna. Dois era demais. – O sorriso era simpático. – Tens
dores?
- Não.
Trouxe uma máquina portátil de
Raio X.
- Põe a perna para cima… perfeito.
Obrigada.
Quando regressou com uma placa de
chumbo, ele tirou-lha e colocou-a no colo.
- Posso fazer-te uma pergunta?
- Podes. Mas deixa-me fazer isto
primeiro. – Compôs a lente da máquina e tirou a fotografia, um zumbido breve
levantou-se na sala. Depois de verificar um computador do outro lado, disse, -
Põe-te de lado, por favor.
Ele virou-se e ela endireitou-lhe
a perna. Depois de outro rápido zumbido e uma verificação no computador, disse:
- Ok, podes-te sentar. A perna
está ótima, pelo que vamos livrar-te desta obra fenomenal de gesso que eu fiz.
– Passou-lhe um cobertor e virou-se de costas para ele tirar as calças. De
seguida, trouxe uma serra de aço inoxidável e cuidadosamente tratou do gesso. E
por cima do barulho perguntou: – Então, qual era a pergunta?
Z esfregou as marcas de escravo no pulso
esquerdo, depois esticou o braço para ela.
- Achas mesmo que consigo tirar
isto?
Jane parou com a serra ainda a
trabalhar, certamente a pensar quer do ponto de vista profissional quer do ponto
de vista pessoal. Fez um barulho, um pequeno “hãh” e acabou de lhe tirar o
gesso.
- Queres limpar a perna primeiro?
– Perguntou a passar-lhe um pano húmido.
- Sim. Obrigado.
Depois de ele se limpar
rapidamente, ela passou-lhe qualquer coisa para se secar.
- Importas-te que veja melhor a
tua pele? – Perguntou a apontar com a cabeça para o pulso. Quando acenou com a
cabeça, ela inclinou-se para o braço.
- A remoção de tatuagens de
humanos com laser é muito comum. Não tenho essa tecnologia aqui, mas se
quiseres, tenho ideia de como podemos tentar. E de quem o pode fazer.
Fitou a marca negra de escravo e
imaginou a mãozinha da filha naquela tinta negra compacta.
- Eu acho… Sim, eu acho que quero
tentar.
Quando Bella acordou e se espreguiçou
na sua cama de casal, sentiu-se como se tivesse tido um mês de férias. O corpo
revigorado e forte… e a doer nos sítios certos. E, apesar do duche, o cheiro de
Z permanecia nela toda e era simplesmente maravilhoso.
Pelo relógio da mesa-de-cabeceira,
esteve apagada durante duas horas, levantou-se, vestiu o robe, lavou os dentes
a pensar que dar uma espreitadela a Nalla e talvez ir comer qualquer coisa
seria uma boa ideia. Já ia a caminho do berçário quando Z entra no quarto.
Não conseguiu deixar de estar feliz
por ele.
- Estás sem gesso.
- Mmm-hmmm… anda cá, fêmea. – Foi
até ela, enlaçou-a, inclinou-a para trás de maneira a que ela se tivesse de
agarrar aos braços dele para não cair. Beijou-a devagar e demoradamente, a
tocar-lhe com o baixo-ventre e com a enorme ereção na junção das pernas dela.
- Tinha saudades. – Ronronou-lhe
na garganta.
- Mas ainda há duas horas…
A língua na boca dela silenciou-a,
assim como as mãos que acabaram no traseiro dela. Levou-a até uma das janelas,
sentou-a no parapeito, abriu o fecho das calças e…
- Ó… Deus, - gemeu ela com um
sorriso.
Agora sim… este era o macho que
ela conhecia e amava. Sempre esfomeado por ela. A querer estar sempre junto
dela. Assim que ele começou a mover-se devagar dentro dela, ela recordou o
início, quando ele finalmente se abriu para ela. Tinha ficado surpreendida com
o quanto ele queria ficar aninhado junto dela, quer fosse às refeições, ou
quando estavam com os Irmãos, ou durante o dia quando dormiam. Era como se
estivesse a compensar os séculos sem contacto quente e afetuoso.
Bella abraçou-se ao pescoço dele e
pôs a cara encostada à sua orelha, a maciez de bebé do cabelo curto a
acariciar-lhe a face com o movimento dele.
- Vou… precisar da tua ajuda –
disse a mover-se para a frente e a deslizar para trás.
- Sim… só não pares.
- Nem… em… sonhos… - o que disse
depois ficou perdido quando o sexo tomou o comando. – Ó Deus… Bella!
Quando terminaram, o seu macho
afastou-se um bocadinho, os olhos citrinos a brilhar como champanhe.
- É verdade… olá. Esqueci-me de
dizer quando entrei.
- Oh, eu acho que me
cumprimentaste muito bem, muito obrigada. – Beijou-lhe os lábios. – Agora…
ajuda?
- Vamos limpar-te, - disse a
arrastar as palavras, a luz no olhar amarelo a dizer-lhe que a limpeza era bem
capaz de levar a outro lado.
E levou.
Ambos saciados, e ela já ia no
terceiro duche, embrulhou-se no robe e começou a secar o cabelo com a toalha.
- Então, para que queres a minha
ajuda?
Z encostou-se à bancada de mármore
próximo dos lavatórios, esfregou a mão no cabelo e ficou muito sério.
Bella parou o que estava a fazer. Ele
permanecia calado e ela sentou-se na borda do jacuzzi para lhe dar espaço. Esperou, as mãos a espremerem-se no
colo.
Por algum motivo, sentada e a
pensar, apercebeu-se de que já tinham feito muita coisa naquela casa de banho.
Tinha sido aqui que ela o encontrou a vomitar depois de a ter excitado pela
primeira vez naquela festa. E depois… depois de a ter salvo do minguante, ele
lavou-a naquela banheira. E no chuveiro, do outro lado, foi onde ela se
alimentou dele pela primeira vez.
Pensou nesse período difícil das
suas vidas, ela acabada de ser resgatada e ele a lutar por se sentir atraído
por ela. Espreitando para a sua direita, ela recordava-se de o ter encontrado
debaixo da água fria, a esfregar os pulsos, por se achar conspurcado e incapaz
de a alimentar.
Ele demonstrou muita coragem.
Ultrapassar o que lhe fizeram e conseguir confiar nela era prova de muita
coragem. O olhar de Bella regressou a ele, e quando viu que ele estava a fitar
os pulsos, disse:
- Vais tentar tirá-las, não vais?
A boca torceu-se num meio sorriso,
o lado distorcido pela curva da cicatriz a levantar.
- Conheces-me tão bem.
- Como é que vais fazer isso? –
Assim que acabou de lhe contar, ela anuiu – Um plano excelente. E eu vou contigo.
Ele olhou para ela.
- Ótimo. Obrigado. Acho que não ia
conseguir fazer isto sem ti.
Ela levantou-se e foi até ele.
- Não precisas de te preocupar com
isso.
Se leram isto tudo até aqui, significa que são uns amores e que se portaram muito bem.
Cheira-me que amanhã vamos fazer uma visita à casa de banho! xD
Até lá!