Ai que bem-disposta estou! (E já
imaginam porquê… Ai, que hoje é que vai for!)
A publicação de hoje tem 4 objetivos: Cada um melhor que outro!
1 – Matar de vez quem cá vem. (chamo-lhe
teste de resistência)
2 – Mostrar que o mês de Julho está mais do que longe do que aquilo que se pensa.
3 – Abrir o apetite para mais… muito mais… (e mais… mais…mais…)
4 – Mostrar que está complicado eu calar-me. (e já me prometeram injeções…)
Alex
Nason, esta é dedicada a ti!
Se não morres desta, vou desistir. Há
gente que desafia os limites da existência… Esta Alex é, no mínimo, uma semideusa.
Amantes de Vishous, hoje é o vosso dia! (Mim! Mim!)
SPOILERS ____ SPOILERS
Lover Unleashed
a publicar em Portugal, em Julho (dizem…)
[Lembram-se do V com a vela
negra? (se não sabem, vasculhem o blogue)
Jane encontrou umas calças dele, cobertas de sémen escondidas no fundo do
armário. Como ele não dormiu na mesma cama que ela nessa noite, nem nessa
semana toda, que pode uma mulher pensar?]
(Final do Capítulo 17)
Nas últimas semanas, ela viu e reviu aquela noite em que tudo piorou. E
apesar de a maior parte ser uma desilusão e a deixar ansiosa, havia uma coisa
que não fazia sentido.
Quando se encontraram no túnel, Vishous usava uma camisola de gola
alta. Ele nunca usava camisolas de gola alta. Odiava-as por achá-las sufocantes
– o que era irónico dado que a sufocação às vezes o excitava. Normalmente usava
t-shirts cavas ou andava nu, e ela não era parva. Podia ser um depravado, mas a
pele dele feria-se como qualquer outra.
Disse que tinha estado numa briga, mas ele era perito em combate sem
armas. Pelo que se estava cheio de nódoas negras da cabeça aos pés, isso
aconteceu por um único motivo: porque ele tinha deixado.
E ela questionava-se quem o teria feito.
- Estás bem? – Perguntou V.
Ela estendeu a mão e pôs-lha na cara.
- E tu?
E nós?
Sem pestanejar: - Com que é que sonhavas?
- Vamos ter que falar, V.
Ele estreitou os lábios. Apertou-os ainda mais enquanto ela esperava
resposta.
Finalmente disse: - Payne está como está. Só passou uma semana e…
- Não estou a falar dela. Estou a falar da noite em que saíste sozinho.
Agora ele inclinou-se para trás, afundou-se nas almofadas e cruzou as
mãos sobre os duros abdominais. À fraca luz, os músculos e as veias do pescoço
lançavam sombras afiadas.
- Estás a acusar-me de ter estado com outra pessoa? Pensei que já
tínhamos ultrapassado isto.
- Não desvies o assunto. – Olhou para ele fixamente. – E se queres
começar uma guerra, vai atrás dos minguantes.
Com outro macho, a forma como respondeu tinha-lhe garantido uma
discussão, com todos os dramas associados. Em vez disso, Vishous voltou-se para
ela e sorriu.
- Ouve o que estás a dizer.
- Preferia que falasses comigo.
O brilho sensual a que estava tão habituada, mas que não via há uma
semana, fervia nos olhos dele quando ele se voltou para ela. Depois as
pálpebras baixaram e fitaram os seios dela por baixo da t-shirt com que tinha
adormecido.
Ela pôs-lhe a cara à frente, mas também sorria.
As coisas tinham estado tão densas e tensas entre eles. Isto assim era
bom.
- Não vou deixar que me distraias.
Quando o calor emanou em ondas do seu grande corpo, ele delineou-lhe o
ombro com um dedo. Entreabriu a boca a exibir a ponta das suas presas brancas que
iam alongando quando humedeceu os lábios.
Sem se saber como, o lençol que o cobria começou a descer pela delineada
barriga dele. Cada vez mais para baixo. E ainda mais para baixo. Era a mão
enluvada que estava a fazer aquele serviço e, por cada centímetro descoberto,
os olhos dela tinham cada vez mais dificuldade em olhar para outro lado. Parou
mesmo antes de lhe revelar a enorme ereção, mas ele fez-lhe uma exibição: As
tatuagens da virilha esticavam e endireitavam-se com os movimentos dos quadris
a girar e a relaxar, girar e relaxar.
- Vishous…
- Sim.
A mão enluvada escondeu-se debaixo dos negros lençóis de seda e ela não
precisou de ver para onde se dirigia para saber que ele se acariciava: ao
arquear-se para trás disse tudo o que precisava de saber. Isso e a forma como
mordia o lábio inferior.
- Jane…
- Sim.
- Só vais observar, não é?
Deus, ela lembrava-se da primeira vez que o vira assim, deitado na
cama, ereto, pronto. Tinha-lhe dado um banho de esponja e ele leu-a como a um
livro: e por muito que não o quisesse admitir, estava morta para o ver a ejacular.
E ela fez de tudo para que ele o fizesse.
Sentindo-se excitada, inclinou-se sobre ele, baixando os lábios quase a
tocar nos dele.
- Continuas a desviar o assunto…
Num ápice, a mão livre dele segurou-lhe a nuca, prendendo-a. E não é
que isso foi diretamente ao centro das coxas dela?
- Sim. Estou. – A língua dele incendiou-lhe o lábio que percorreu. –
Mas podemos falar depois de acabarmos. Sabes que eu nunca minto.
- Pensei que a expressão era mais do tipo… nunca te enganas.
- Bem, isso também é verdade. – Um rugido saiu de dentro dele. – E
agora… tu e eu precisamos disto. – Dele – E agora… tu e eu precisamos disto. – Desta
vez disse-o sem paixão, mas com toda a seriedade que ela precisava de ouvir. E
quem diria que tinha acertado. Os dois tinham andado às voltas na última
semana, sempre com cuidado, a evitar o campo de minas que existia no centro do
relacionamento. Unindo-se assim, pele com pele, iria ajudá-los a ultrapassar o
que ainda não tinham discutido.
- Então, que dizes? – Murmurou ele.
- De que estás à espera?
A gargalhada que deu era baixa e satisfeita e o antebraço ficou tenso e
depois relaxado quando começou a masturbar-se.
- Tira o lençol, Jane.
O comando rouco, mas percetível, abalou-a. Como sempre.
- Tira, Jane. Observa.
Ela pôs-lhe a mão nos peitorais e desceu-a, sentindo-lhe as costelas e
as duras ondas dos abdominais, a ouvir o silvo que lhe escapava pelos dentes
numa inspiração mais profunda. Levantando o lençol, teve que engolir em seco
quando a cabeça do membro sobressaia do punho, soltando-se e oferecendo-se com
uma lágrima transparente.
Quando ela ia para o tocar, ele prendeu-lhe o pulso e não deixou.
- Olha para mim, Jane… - disse num gemido. – Mas não tocas.
Filho da mãe. Odiava quando ele fazia isso. Mas também adorava.
Vishous não a largou enquanto se dedicava à sua ereção com a mão
enluvada, o corpo fantástico a encontrar o ritmo da mão. A luz das velas
transformou aquele episódio todo em algo misterioso, mas, afinal… era sempre
assim com V. Ela nunca sabia o que esperar dele e não era só por ele ser o
filho de uma divindade. Ele era sempre sexo elevado ao extremo, excitação e
astúcia, perversão e exigência
E ela sabia que só lhe conhecia a versão aguada.
Havias grutas mais profundas nos seus labirintos interiores, sítios que
nunca visitou e onde nunca chegaria a entrar.
- Jane. – Disse bruscamente. – Seja lá o que for que estiveres a
pensar, esquece… Fica comigo aqui e agora, não vás por aí.
Ela fechou os olhos. Ela sabia com quem estava e do que ela gostava.
Quando se comprometeu com ele para a eternidade, tinha perfeita consciência dos
homens e das mulheres do passado e de como ele os tivera. Só nunca pensou que
esse passado se intrometeria entre eles.
- Não estive com ninguém. – A voz forte e segura. – Naquela noite. Juro-te.
Abriu os olhos. Ele tinha parado e estava deitado e quieto.
Subitamente, a visão que tinha dele ficou obscurecida pelas lágrimas.
- Desculpa, - disse ela – Eu só precisava de ouvir isso. Eu confio em
ti, a sério que sim, mas…
- Shh… não faz mal. – A mão enluvada ergueu-se e limpou-lhe a lágrima
da face. – Não faz mal. Porque é que não havias de questionar o que se passa
comigo?
- Porque está mal.
- Não, eu é que estou mal. – Respirou fundo. – Estive toda a semana a
tentar obrigar-me a falar. Odiei essa merda, mas não sabia que diabo dizer para
não tornar tudo pior.
Até certo ponto, ela estava surpreendida com a compaixão e a
compreensão. Ambos eram demasiadamente independentes e era por isso que a
relação funcionava: ele era reservado e ela não precisava de grande suporte
emocional e, geralmente, isso funcionava maravilhosamente.
Não nesta última semana.
- Eu também te peço desculpa, - murmurou ele. – Gostava de ser um macho
diferente.
De certa forma, ela sabia que ele estava a falar de muito mais do que a
sua natureza reservada.
- Não há nada que não me possas dizer, V. - Quando só obteve um “Hmm”
de resposta, disse, – Estás numa situação muito stressante. Eu sei. E eu faria
qualquer coisa para te ajudar.
- Amo-te.
- Então tens que falar comigo. A única coisa que garantidamente não
funciona é o silêncio.
- Eu sei. Mas é como olhar para um quarto escuro. Quero-te dizer umas
merdas, mas não consigo… não consigo ver nada do que sinto.
Ela acreditou… e reconheceu aquilo como algo que as vítimas de abuso
infantil tendem a debater-se na idade adulta. Um dos mecanismos de
sobrevivência iniciais é a compartimentalização: quando as coisas são demais
para aguentar, fraturam o eu interior e atiram as emoções para um lugar muito,
muito distante.
O problema, obviamente, era a pressão que ia aumentando.
Pelo menos já tinham quebrado o gelo entre eles. E agora estavam mais
ou menos serenos.
Ganhando vida própria, os olhos dela baixaram até à ereção dele, que se
mantinha encostada à barriga até bem depois do umbigo. De repente, ela
precisava tanto dele que nem conseguia falar.
- Toma-me, Jane, - sussurrou ele. – Faz o que quiseres comigo.
O que ela queria era chupá-lo e foi o que fez, dobrando-se sobre os
quadris dele, levou-o aos lábios, levando-o até ao fundo da garganta. O som que
fez era animal, e os quadris projetavam-se, empurrando-se mais para dentro
dela. Um dos joelhos elevou-se abruptamente e ele não estava só inclinado, mas
aberto, entregando-se completamente a ela, segurando-lhe a nuca à medida que
ela encontrava um ritmo que o excitava cada vez mais.
A mudança de posição foi em simultâneo rápida e suave. Com a sua força
tremenda, V reposicionou-a num piscar de olhos, voltando-a e atirando os
lençóis do caminho para lhe poder erguer as ancas sobre o tronco dele. Tinha as
pernas abertas por cima do rosto dele e…
- Vishous, - disse ela em torno da ereção.
A boca dele estava quente e húmida e no sítio certo, fundindo-se nela, prendendo-a
e sugando-a antes da língua serpentear e a lamber. O cérebro dela explodiu mais
do que se desligou e sem mais nada em que pensar, ela perdeu-se
maravilhosamente no que estava a acontecer e não no que tinha acontecido. Pressentia
que V sentia o mesmo… ele acariciava, lambia, explorava-a, as mão a segurar-lhe
as coxas e gemia o nome dela no seu íntimo. E era extremamente difícil
concentrar-se no que ele fazia quando ela lhe fazia o mesmo em simultâneo. A
ereção dele estava quente e firme na boca dela e ele era veludo puro entre as
suas pernas e as sensações eram a prova de que sendo fantasma, as reações
físicas eram as mesmas de quando estava “viva”.
- Merda, eu quero-te, - praguejou.
Noutra rápida explosão de poder, Vishous ergueu-a como se não pesasse
mais do que o lençol e a mudança não foi uma surpresa. Ele sempre tinha
preferido vir-se dentro dela, bem dentro dela, afastou-lhe as pernas antes de a
instalar em cima dele, a redonda cabeça a penetrá-la… chegando a casa.
A invasão não era apenas sexo, era uma forma de a reivindicar e ela adorava
isso. Era assim que devia ser.
Inclinando-se para a frente, apoiou-se nos ombros dele, olhou-o nos
olhos enquanto se moviam em sintonia, o ritmo sincopado até se virem ao mesmo
tempo, ambos a ficarem rígidos enquanto ele ejaculava dentro dela e ela o comprimia.
Então, V voltou a colocá-la de costas, desceu-lhe pelo corpo, regressando ao
local onde tinha estado, os lábios nela, as mãos nas coxas, a devorá-la.
Quando atingiu o clímax, não houve pausas, nem intervalos. Ele avançou
para ela, abrindo-lhe as pernas e penetrando-a num golpe firme. O corpo dele
era uma máquina compacta sobre ela, o cheiro de vinculação a dominar o quarto
quando ejaculou fortemente, a semana de abstinência a desaparecer numa sessão
gloriosa.
Enquanto o orgasmo disparava através dele, ela observou-o a vir-se,
adorando tudo nele, inclusivamente aquilo com que lutava para compreender.
E ele continuou. Mais sexo. E mais ainda.
Aproximadamente uma hora depois, estavam finalmente saciados, deitados
muito quietos e a respirar fundo à luz da vela.
Vishous rolou-os a ambos, mantendo-os unidos, os olhos a percorrer-lhe
o rosto por um longo tempo.
- Não tenho palavras. Dezasseis línguas, mas nenhuma palavra.
Havia tanto de amor como desespero na voz. Ele era mesmo deficiente no
que dizia respeito a emoções, e ter-se apaixonado não tinha mudado nada… pelo
menos quando as coisas estavam tensas como agora. Mas não fazia mal… depois
deste tempo juntos, não fazia mal.
- Não faz mal. – beijou-lhe os peitorais. – Eu compreendo-te.
- Gostava que não tivesses que o fazer.
- Tu percebes-me.
- Sim, mas tu és das fáceis.
Jane soergueu-se.
- Sou um puto de um fantasma. Para o caso de não teres reparado. Não é
coisa que muitos homens consigam entender.
V puxou-a para um beijo rápido e forte.
- Mas tenho-te para o resto da minha vida.
- Isso é verdade.
Apesar de tudo, os humanos não viviam um décimo do que viviam os
vampiros.
Quando o alarme soou, V olhou para a coisa.
- Agora já sei porque é que durmo com uma arma por baixo da almofada.
Enquanto tentava chegar ao despertador para o desligar, ela teve que
concordar.
- Podias disparar sobre ele, sabias.
- Nãã, o Butch vinha por aí e não quero uma arma na mão se ele te vir
sem roupa.
Jane riu-se e reclinou-se quando ele saiu da cama e foi à casa de
banho. À porta, parou e olhou por cima do ombro.
- Eu vim ter contigo, Jane. Todas as noites desta semana. Não queria
que ficasses sozinha. E eu não queria dormir sem ti.
Dito isto, fugiu para a casa de banho e pouco depois ela ouviu o
chuveiro.
Ele era melhor com as palavras do que pensava.
“Era sempre sexo elevado ao
extremo”… porque é que isto se me colou ao cérebro?
V… de Vício… de Vampiro… de Vem a
mim coisa linda…
Preciso de um exorcismo de
urgência para me livrar destas imagens que me vêm à mente…
Ou então que o livro venha depressa para aliviar os sintomas da coisa.