Pois, pois.
As lindas só querem Z.
As lindas só querem Quinn e Blay.
As lindas vão ter Wrath com três bolinhas vermelhas!
Olha as bolinhas...
O O O
Três bolinhas.
Três.
(basicamente é a minha boca aberta, a da Nasan e a vossa... e todas a salivar profusamente.)
O Z, que já tem donas *choro*, como bem disse a margarida, volta para a semana em força.
E quanto a ficarem doentes de ansiedade... pensem que o Blay gosta quando o Qhuinn está ansioso, ou quando tem de esperar... para a semana também vos mostro isso...
he he he... *riso malévolo*
Meus amores, boas leituras!
Beijos bons.
Wrath e o abre cartas - Segunda Parte
***
Muito tempo depois, de volta à mansão, Beth andava às voltas na sala do
bilhar. Durante a noite, transformou a mesa de bilhar no centro do seu
universo: o feltro verde e quadrado com os seus buracos e bolas coloridas eram
o sol do seu sistema solar e ela girava e girava…
Deus. Não sabia como é que a Mary e a Bella aguentavam… saber que os
seus hellrens estavam fora na noite malévola
a lutar um inimigo sem fim, um inimigo com armas que não só incapacitavam como
também matavam.
Quando Wrath lhe disse o que queria fazer, o que precisava de fazer,
teve que se obrigar a não lhe gritar. Mas, Cristo, ela já o tinha visto deitado
numa cama de hospital, ligado a fios e máquinas e tubos, ferido, a morrer, a ir
e a vir entre a vida e o nada.
Não tinha vontade nenhuma de reviver o pesadelo.
Claro que ele fez o melhor que pode para lhe dar confiança. Disse-lhe
que ia ser cuidadoso. Lembrou-lhe que lutou durante trezentos anos, que tinha
treinado e exercitado e que tinha sido criado para aquilo.
Como se isso interessasse. Ela não estava a pensar nos trezentos anos
em que ele regressou a casa a salvo ao amanhecer. Apesar de tudo, ele era de
carne e osso e havia um limite para a vida, um limite de tempo que podia
desaparecer a qualquer instante. Bastava uma bala no peito, ou na cabeça, ou…
Desceu o olhar e apercebeu-se de que já não se mexia. O que até fazia
sentido. Era evidente que os pés se tinham colado ao chão. Ao forçá-los a andar
outra vez, disse a si própria que ele era o que era: um guerreiro. Ela não se
tinha casado com a porcaria de um boneco. Tinha sangue de guerreiro e tinha
sido acorrentado à casa no último ano, pelo que só podia quebrar.
Mas, ó Cristo, tinha de sair e…
O relógio do avô começou a tocar. Cinco horas.
Porque é que não tinham voltado…
A porta da entrada abriu-se e ouviu Zsadist e Phury e Vishous e Rhage
entrar. As vozes graves saltavam, as palavras rápidas com força e vida. Tinham
sido energizados por causa de alguma coisa, reforçados.
Se Wrath estivesse ferido, de certeza que não se comportavam assim. Certo?
Certo?
Beth foi até à entrada… e teve que se segurar. Z estava a sangrar, a
camisola justa de gola alta ensopada de vermelho, as adagas também molhadas e
brilhantes. Mas não foi isso no que ela reparou. A cara resplandecia, uma
faísca iluminava-lhe os olhos. Diabo, ele vinha como se tivesse duas picadelas
de bicho no corpo em vez de duas feridas abertas.
Sentindo-se atordoada, porque ela achava que alguém devia estar assim
por causa dele, viu os quatro a seguir para a porta escondida por baixo da
escadaria. Sabia que estavam a fazer fila para a zona de primeiros socorros no
centro de treinos e imaginava o que Bella sentiria se visse o Z assim. Mas,
conhecendo os Irmãos, ela nunca o veria assim. Os machos acasalados da casa
eram sempre cuidadosos levavam pontos e lavavam-se antes de ir ter com as shellans.
Beth foi até ao centro, incapaz de aguentar mais tempo.- Onde está ele?
– Perguntou alto.
O grupo parou e os rostos ficaram sérios, como se não quisessem
ofendê-la por estarem naquele estado.
- Ele já vem, - disse Phury, os olhos amarelos bondosos, o sorriso
ainda mais simpático. – Ele está bem.
Vishous sorriu sombriamente.
- Está mais do que bem. Ele, esta noite, está vivo.
E deixaram-na sozinha.
Quando estava mesmo a enfurecer-se, a porta da frente abriu-se e uma
rajada fria expandiu-se na entrada como um tapete que se desenrolasse.
Wrath entrou na mansão e os olhos dela esbugalharam-se. Ela não o tinha
visto a sair, não conseguiu, mas via-o agora.
Cristo Santíssimo, ela agora via-o a sério.
O seu hellren estava como
quando o tinha conhecido naquela noite em que ele fora ao seu velho
apartamento: uma ameaça assassina vestida de negro, as armas amarradas ao corpo,
tão importantes como a pele e os músculos. E nas suas roupas de guerra, ele irradiava
poder, do tipo que parte ossos e abre gargantas e desfaz caras. Na sua roupa de
guerra, ele era um horror, um pesadelo… e era, nem mais nem menos, o macho que
ela amava e tinha acasalado e com quem dormia sempre, que a alimentava à mão,
que a abraçava durante o dia, que se entregou a ela de corpo e alma.
A cabeça de Wrath rodou naquele seu pescoço grosso até a fitar. Numa
voz distorcida, uma que ela mal reconhecia de tão baixa, disse,
- Preciso de te foder já. Eu amo-te, mas preciso de te foder esta
noite.
Ela só teve um único pensamento: Corre. Corre porque é isso que quer
que faças. Corre porque ele quer ir atrás de ti. Corre porque só estás um
bocadinho assustada e isso excita-o como o diabo.
Ao saber que cheirava à sua própria excitação, Beth desatou a correr de
pés descalços, disparada em direção às escadas, subindo-as depressa, as pernas
uma mancha. Em segundos, ouviu-o atrás dela, as botas a bater como um trovão, a
ameaça erótica dele a persegui-la, a tentá-la até não conseguir respirar, não
de cansaço mas por saber o que ia acontecer mal ele lhe pusesse as mãos em
cima.
Quando chegou ao segundo andar, ele foi por um corredor à sorte, sem
saber para onde ela tinha ido, sem querer saber. Por cada metro que ela cobria,
Wrath aproximava-se mais … ela podia senti-lo mesmo atrás, um onda prestes a
formar-se sobre ela, a abater-se sobre ela, a arrastá-la e a levá-la ao fundo.
Entrava pela sala de estar do segundo andar e…
Ele apanhou-a pelo cabelo e por um braço, puxando-a de volta,
elevando-a e atirando-a ao chão.
Mesmo antes do impacto, ele contorceu-se para o seu corpo absorver a
queda e protegê-la. À medida que ela lutava para se libertar, teve a leve
sensação de que estava de costas para ele, o tronco por baixo dos ombros dela,
a ereção exatamente onde devia estar.
E deixou de pensar.
As pernas de Wrath seguraram-na, afastaram-lhe as pernas, prenderam-na.
Autoritariamente rudes, as mãos dele apareceram nos meios das suas coxas, ela
contorceu-se e ele gritou quando soube exatamente o quanto ela estava excitada.
Quando ela parou de lutar, as portas duplas que tinha à frente fecharam-se com
estrondo e ele virou-a ao contrário, ficando com a cara no chão. Ele estava por
cima, mantendo-a imóvel com uma mão na nuca e com as pernas por cima. De perto,
ele cheirava a transpiração limpa e ao aroma da vinculação e ao cabedal das roupas
e à morte dos inimigos.
Quase teve um orgasmo.
Wrath, tal como ela, respirava com dificuldade, quando se ergueu e
rasgou os velhos calções mesmo na virilha, o tecido gasto a não dar resistência
como se não se atrevesse a desobedecer-lhe.
Jesus, ela sabia o que isso era.
Ar frio chegou-lhe ao traseiro quando uma das presas atravessou um dos
lados das cuecas e depois ouviu-se o som de um fecho. As mãos dele posicionaram-lhe
as ancas e a cabeça do membro entrou onde já era aguardado, entrou no que era
seu por direito.
Penetrou-a tão duro como uma tábua e largo como um punho cerrado.
Beth afastou as mãos no chão de mármore, ele trancou-se no seu corpo e
começou a bombear com um ritmo feroz, cento e vinte quilos de sexo em cima
dela, cobrindo-a, expandindo o seu interior. As mãos chiavam de encontro ao
mármore quando o primeiro orgasmo a atingiu.
Ainda estava a meio dele quando ele lhe agarrou no queixo com a mão e
lhe voltou os lábios. O ritmo tão forte não permitiu que a beijasse…
Então, silvou e mordeu-a na jugular.
Susteve-se a meio e começou a alimentar-se, chupando com avidez,
sugando-lhe a veia com uma supremacia selvagem. A dor rodopiava e picava,
misturada com o orgasmo iminente, trazia-lhe outra vaga de prazer. A seguir
montava-a outra vez, o baixo-ventre a esfregar-se no seu rabo, os quadris a
embaterem contra ela, um rugido de amante…
E de animal.
Rugiu tão alto como uma fera quando se veio, a ereção a entrar nela
como se fosse uma coisa com vida e pensamento próprios. O cheiro da vinculação
surgiu ainda mais forte enquanto ele a preenchia, impulsos quentes como brasas,
espesso como mel.
No momento em que terminou, voltou-a, e fitou-a entre as pernas, o sexo
brilhante e orgulhoso e completamente ereto. Ele ainda não tinha acabado com
ela. Passando um dos antebraços tatuados por trás de um dos joelhos dela,
elevou-lhe a perna e penetrou-a de frente, os braços enormes tensos para se
suster por cima do corpo dela. Ao olhar para ela, o cabelo veio-lhe para a
frente, enormes cascatas negras que saíam do bico de viúva e que se emaranharam
nas armas que trazia.
As presas tão grandes que ele não conseguia manter a boca fechada e,
quando o maxilar se moveu e se preparou para a morder outra vez, ela tremeu.
Mas não de medo.
Esta era a versão crua dele, a realidade do que ele era por baixo das
roupas que vestia e da vida quotidiana que levava. Este era o seu companheiro
na sua versão mais pura, na sua essência destilada: Poder.
E, Deus, ela amava-o.
Especialmente assim.
***
Wrath tomava Beth freneticamente, o pénis duro como osso, as presas
como pregos de marfim introduzidos profundamente no seu pescoço. Ela era tudo
quanto precisava e tudo quanto alguma vez quis: a aterragem suave da sua
agressividade, o sexo feminino que o abraçava, o amor que o cativava e o
prendia.
Ele era a tempestade que caia sobre ela; ela era a terra com força
suficiente para aguentar o que ele libertava.
Quando ela cantou outra vez com o corpo estilhaçado de prazer, ele voou
com ela. Os testículos apertados com força e o orgasmo disparou… bang, bang,
bang, bang…
Largando-lhe a veia, ruiu entre o cabelo dela a estremecer e a tremer.
E ficou só a respiração ofegante de ambos.
Atordoado, fora de si, saciado, ergueu a cabeça. Depois o braço.
Mordeu a própria veia e levou-a aos lábios dela. Enquanto ela se
alimentava em silêncio, ele acariciava-lhe o cabelo com uma mão delicada e
sentiu a merda do impulso de chorar como um estúpido.
Os olhos azuis-escuros ergueram-se para os seus e desapareceu tudo. Os
corpos desmaterializaram-se. O quarto onde estavam deixou de existir. O tempo
parou.
E no vazio, no buraco negro, o peito de Wrath abriu-se tal como se
tivesse sido baleado, uma dor terrível a lamber-lhe os terminais nervosos.
Soube, então, que havia muitas formas para o coração se partir. Às
vezes era por causa das obrigações da vida, a pressão da responsabilidade e do
direito de nascimento e o fardo que espremia até cortar a respiração. Mesmo
quando os pulmões estavam a trabalhar bem.
Às vezes era a crueldade infeliz de um destino que nos afastava de onde
pensávamos que acabaríamos os dias.
Às vezes era a idade perante a juventude. Ou a doença perante a saúde.
Mas às vezes era só porque se olhava para dentro dos olhos da pessoa
amada e a gratidão por tê-la na vida arrebatava… porque ao mostrar o que se era
por dentro não a fazia fugir assustada ou virar as costas, aceitava e amava e
confortava no meio da paixão ou do medo… ou na combinação de ambos.
Wrath fechou os olhos e concentrou-se nos suaves puxões no pulso. Deus,
eram exatamente como os batimentos do seu coração. O que fazia sentido.
Porque ela era o centro do seu peito. E o centro do seu mundo.
Abriu os olhos e deixou-se cair naquele mar azul-escuro.
- Eu amo-te, leelan.
Ai, Ai.
Eu gosto do Wrath... mas acho que preferia só a opção observar (tipo fixação científica) a levar com ele em cima...
Eu não sou a Beth... eu tinha medo...