Que posso eu dizer que não tenha
já dito?
Esta é a parte em que eu vos faço um sermão com missa cantada:
Quantas vezes é preciso dizer que
para aparecerem coisas de interesse neste blogue, é preciso darem ao dedinho e
pedirem? (Pedir a tradução completa do
Lover at Last não é pedido, é ABUSO) Ok, não querem comentar no blogue:
facebookem. Não sou assim tão difícil de encontrar! Posso não facebookar todos
os dias por escrito, mas facebooko com os olhinhos para ver se há sugestões… E
agora até há um chato neste blogue! Está do vosso lado direito. Já viram?
Inventem um nome (Maria dos Anzois, Alcoólico António…) e espetem lá coisas.
Também há e-mílios… Qualquer dia, ainda vos dou a morada da gruta!
Ai, ai, ai!
Curiosidades
minhas:
Porque é que se riem da minha
infelicidade? Serei um saco de pancada?
E que história é essa, Srª Nasan, de ter o Qhuinn a secretariá-la? Queres que eu te
espanque? É por isso que ele não me aparece na gruta? Não partilhar os lucros é forma de
tratar os subalternos como eu?
Porque é que a Santa Padroeira dos
Morcegos não me atende as súplicas? Eu nem tenho tempo de pecar!... Nem oportunidade…Sou praticamente uma santa, aliás, eu sou uma mártir!
Como é que ainda ninguém comentou
o livro da Payne? Meu Deus, o meu Vishous parece um hotspot... hot… hot… e nem uma palavrinha? Analfabetaram-se?
Enfim, hoje é mais um dia de
trabalho para mim e de pequeno entretenimento para vocês. É quarta-feira, o sol
brilha, prevê-se 33º para a minha terra (menos mal...), o ar condicionado está ligado e a minha garganta ressente-se,
é lua cheia…
Preparei um miminho para todos os
sedentos de coisas boas. Espero que gostem.
E vai servir de intervalo na indução do meu Qhuinn-tentação-dos-demónios.
E não quero saber se ficam a chorar! É bem feito! Eu quero férias e o
Qhuinn na gruta à minha espera e ninguém me dá nadinha! Para os outros? Tudo. Para o morCeGo? Nada.
Boas leituras.
Beijos bons.
SPOILERS______SPOILERS
Lover at
Last
Podia ter privacidade por algum
tempo… e isso era uma bênção. Deus sabia que não ia tentar entrar agora na
mansão. Com a sorte que tinha ainda se encontrava com o Qhuinn, e a última
coisa que precisava era de estar à beira do tipo.
Indo para trás da secretária,
sentou-se na cadeira almofadada e levantou as pernas, esticando-as na
superfície plana que devia ter tido um computador, uma planta, um suporte cheio
de esferográficas. Em vez disso, estava vazia, apesar de não ter pó. Fritz
nunca o permitiria mesmo num espaço desocupado.
A esfregar o ponto dorido no
tornozelo à frente, era óbvio que havia de ir para o inferno com uma nódoa azul
e preta. Mas ao menos a dor distraía-o do que o levou ali abaixo.
Mas não por muito tempo.
Enquanto reclinava a cadeira para
trás e fechava os olhos, o cérebro voltava aos cacifos.
A tortura não acabava? Pensou ele.
E, Deus, o pénis latejava.
Considerando as hipóteses que
tinha, apagou as luzes com o pensamento, fechou os olhos e ordenou ao cérebro
que se apagasse e dormisse. Se conseguisse dormir uma hora ou duas, acordaria
sóbrio, flácido e pronto para enfrentar o pessoal outra vez.
Isto era um bom plano e estava no sítio certo. Escuro, ligeiramente
fresco, extremamente sossegado e estava na passagem para as instalações
subterrâneas.
Encolhendo-se mais no fundo da
cadeira, cruzou os braços sobre o peito e preparou-se para o comboio do sono o
empurrar até à estação.
Quando não funcionou, começou a
imaginar todo o tipo de situações deprimentes, como aspiradores desligados da
parede, fogos a extinguirem-se com a água, ecrãs de televisão a ficarem negros…
Qhuinn parecera-lhe altamente
comestível como estava, o corpo liso, suave esculpido de músculos, o sexo
grosso e orgulhoso. Aquela água toda devia tê-lo posto simultaneamente
escorregadio e quente… e, querida Virgem Escrivã, Blay teria dado quase tudo
para atravessar os azulejos, pôr-se de joelhos e pô-lo na boca, a sentir aquela
glande com o pírcingue a acariciar-lhe a língua enquanto ele subia e descia…
O som de desprezo que emitiu ecoou
em redor, a soar mais alto do que provavelmente fora.
Abriu os olhos, a tentar afastar
todas as fantasias que envolviam sucção da cabeça. Mas aquela escuridão não
ajudou, só proporcionava a tela perfeita para continuar a projetar pensamentos.
A praguejar, experimentou aquela
coisa do yoga, em que se relaxa a tensão em todas as partes do corpo, começando
na eterna ruga no meio das sobrancelhas, depois nas rígidas cordas que saiam
dos ombros até à base do crânio. O peito também estava tenso, os peitorais
contraídos sem motivo algum, os bíceps a fincarem-se nos braços.
A seguir, era suposto focar-se nos
abdominais e depois no rabo e nas coxas, joelhos, tornozelos…
Não foi longe.
Mas, para tentar razoabilizar com
a excitação teria de possuir poderes de persuasão que o seu cérebro meio bêbedo
não possuía.
Infelizmente, só havia um modo
infalível de se livrar do Sr. Feliz. E no escuro, sozinho, com o véu do
ninguém-vai-saber a protegê-lo, porque é que não havia de dar conta daquilo,
esgotar a queimadura e desmaiar? Não era diferente de acordar ao cair da noite
com uma ereção – porque Deus era testemunha que não havia nada de emocional
envolvido. E ele estava sob a influência do álcool, certo? Era só mais uma vez.
Não estava a trair o Saxton, disse
a si próprio. Ele não estava com o Qhuinn
– e Saxton era quem ele queria…
Durante um tempo, continuou a
discutir os prós e os contras, mas, eventualmente, a mão decidiu por ele. Antes
de se aperceber, a mão descia pelo cós e…
O silvo que deixou escapar quando
se sentiu foi um tiro no silêncio, tal como o gemido da cadeira quando os
ombros empurraram a pele do estofo para trás com o impulso dos quadris. Quente
e duro, grosso e longo, o pénis pedia atenção… mas a posição estava toda mal e
não havia espaço para nada dentro dos malditos calções.
Por algum motivo, a ideia de se
despir para baixo fê-lo sentir-se sujo, mas o seu sentido de propriedade foi à
merda rapidamente quando a única coisa que podia fazer era espremer. Levantou o
rabo e tirou os calções… e deu-se conta de que ia precisar de alguma coisa para
se limpar.
A t-shirt saiu a seguir.
Nu no escuro, esparramado pela
cadeira e pela secretária, rendeu-se, afastando as coxas, a acariciar-se para
cima e para baixo. A fricção fez com que os olhos se revirassem, fê-lo morder o
lábio inferior – Deus, as sensações eram tão intensas que fluíam através do
corpo.
Foda-se.
Qhuinn estava-lhe no pensamento.
Qhuinn estava-lhe nos lábios… Qhuinn estava dentro dele, os dois moviam-se em
sintonia…
Isto estava mal.
Estacou. Apenas parou
completamente.
- Merda.
Blay largou o pénis, apesar de
estar a meio do processo de se deixar ir, a traição fez com que cerrasse os
dentes.
Abriu os olhos, fitou a escuridão.
O barulho da respiração a sair e a entrar no peito fê-lo praguejar outra vez.
Tal como a necessidade urgente de se vir – à qual se recusava a obedecer.
Ele não iria mais além…
Surgida do nada, aquela imagem de
Qhuinn arqueado sob a cascata de água bateu-lhe no cérebro, arrasando tudo.
Contra o seu grande poder de raciocínio, e a sua lealdade, e o seu sentido de
justiça… o corpo entrou numa instantânea sobrecarga, o orgasmo disparou-se-lhe
do membro antes de o conseguir deter, antes de lhe poder dizer que não, que não
estava correto… antes de ele poder dizer outra vez não. Nunca mais.
Oh, Deus. A doce sensação de dor repetia-se
uma e outra vez até ele pensar que não iria acabar, embora não tivesse contribuído
para que a coisa se processasse.
Esta reação física podia estar
para lá do seu controlo. A sua resposta a ela não estava.
Quando finalmente acalmou, a
respiração estava pesada e a sensação de frio sobre a pele despida sugeria que
tinha transpirado… e à medida que o corpo recuperava da investida, a
consciência regressava – a ereção diminuída era como um barómetro do seu estado
de espírito.
Esticando o braço, tateou a
secretária até encontrar a t-shirt, amarrotou-a e pressionou a coisa na junção
das coxas.
O resto da porcaria em que estava
não ia ser tão fácil de limpar.
Como eu entendo o Blay!
Quando quero dormir também me aparecem visões à frente…
(E eu que estou SEMPRE com vontade de dormir)
Ahhhh… Qhuinn…
(Ele que me aparecesse que o sono passava-me logo, logo)