Bom dia e quase boa tarde!
Hoje de madrugada, levanto-me, ponho-me toda boa – daquelas coisas que só eu sei fazer – e vou para o trabalho. Chego bem-disposta,
sorridente, amorosa, com vontade de abraçar o mundo e dar-lhe beijos. Meia hora
depois, descubro que hoje deve ser o dia do I.
E o que é o dia do I?
É o dia em que, olhando em volta, só vemos Idiotas, Incompetentes,
Imbecis, Ignorantes, Istúpidos, Iparvos, Iatrasados I sabe-se lá mais o quê.
Resumindo e concluindo, pareço um monstro: dentes de fora a ameaçar tudo
de morte, toda desgrenhada e selvaticamente capaz de cometer uma série de
assassínios em série.
Coloquei um cartaz à porta “Não interromper sob NENHUM pretexto” e foi
graças a ele que consegui pôr isto aqui.
Trouxe-vos um miminho pequenino, mas importante para uma coisita que me
andam a pedir.
Boas leituras
Beijos bons
SPOILERS ____ SPOILERS
Lover at
Last
E aquela mão estendida partiu-lhe o coração.
Especialmente porque o irmão dele estava às portas da morte no quarto ao
lado.
Blay não apertou a mão oferecida.
Aproximou-se, agarrou no rosto do guerreiro e puxou Qhuinn para um
beijo.
Era suposto ser por um segundo – como se fossem os lábios a substituir o
aperto de mão. Quando quis afastar-se, Qhuinn segurou-o e manteve-o quieto.
Os lábios encontraram-se outra vez… outra vez… e uma vez mais, as cabeças
inclinadas, o contacto a prolongar-se.
- Não tens de quê, - Disse Blay roucamente. E sorriu um pouco. – No
entanto, não posso dizer que tenha sido sempre um prazer.
Qhuinn riu-se.
- Sim, posso imaginar que não foi tudo festa e diversão. – O macho ficou
sério. – Porque é que ficaste?
Blay abriu a boca, a verdade na ponta da língua…
- Oh. Merda. Ah… desculpem-me, rapazes, não queria interromper.
Qhuinn afastou-se tão depressa que quase arrancava a cabeça a Blay. Levantou-se
num salto e olhou para V que tinha saído do Bloco Operatório.
- Não há problema, não interrompeste nada.
A expressão de V mostrava descrédito, Qhuinn fitou o Irmão como se
desafiasse Vishous a ter uma opinião diferente da sua.
No silêncio que se fez entre os dois machos, Blay levantou-se mais
devagar e descobriu que estava zonzo, e não era por precisar de se alimentar.
(…)
Caramba. Hora errada. Sítio errado. E o V é a última pessoa que tu
queres que te veja aos beijos.
E, mais uma vez, tadinho do Blay! Qhuinn mau!
Temos que o mandar para a minha gruta para lhe
dar tau-tau no rabiosque!
Ai o rabiosque… ui, ui, o tau-tau que eu lhe
havia de dar… Até tenho uns óleos especiais de massagem, digo, de tau-tau…