Olá, coisas lindas!
Como o prometido é de vidro e se
não se cumpre, parte-se, vou falar acerca das minhas suspeitas acerca do Xcor (introdução
especial para a Margarida Ladeira e para a Bea.)
Em relação a ele, não sei mais do
que os outros que já leram os livros todos. Quando sei alguma coisa, eu dou
logo com a língua nos dentinhos… O que sei é que o Xcor tem todas as
probabilidades para se tornar uma personagem espetacular. É claro que pode sair
barraca… Vejam o Phury, o vampiro perfeito, quando lhe descobriram o passado,
ninguém perdoou. Aconteceria o mesmo a uma personagem como o Blay. Têm imagens
imaculadas, ninguém quer podres nas coisas boas. E tenho medo por Blay, porque a história dele
com Qhuinn não terminou. A Ward que não me estrague o casal maravilha! *rezo, rezo, rezo*
Xcor é uma personagem que se vai
desenvolver em, pelo menos, quatro livros (o da Payne, do Tohr, Qhuinn e Wrath
II). Aparece como uma máquina insensível de matar, mas demonstra sentido de honra e respeito para com
Payne e Throe. No Lover at
Last tem uma das cenas mais espetaculares do livro com a Layla. Sabemos que
foi afastado pela própria mãe, é analfabeto, um líder e que aguentou o
Bloodletter – o papá lindo de Vishous (hor)rores de anos – (só posso imaginar o que
foi capaz de suportar só para que não ser rejeitado). Para além disso, instila o
medo em quem o vê. As semelhanças com Z e V são mais do que evidentes.
Mais do que isto, o que me deixa a
tilintar é o já sabermos que acaba com Layla, que tem uma filha biológica de
Qhuinn. (e já sabem o que é uma cria fêmea para um vampiro pai) O que terá de provar um macho para Qhuinn permitir que a sua filha se
aproxime e conviva com ele? Em primeiro lugar, tem de ser um
guerreiro sem defeito, de uma frieza equivalente ou superior a ele no campo de
batalha, terá de ser fiel a Wrath e, acima de tudo, ter uma capacidade de amar
e uma sensibilidade fora do comum.
Pensem na escolha de Zsadist para
a sua Nalla. Phury é o espelho da sensibilidade de Z e, no campo de batalha, é
inúmeras vezes mais cruel que ele. Eu sei que ninguém prestou atenção ao livro
de Phury, mas lá sabemos que os corpos estraçalhados dos minguantes que todos
atribuíam a Z, eram de facto obra de Phury. O irmão gémeo encobriu-o sempre,
nunca desmentiu quem lhe atribuiu a fúria do desmembramento dos bichos
minguantes e isso só serviu para lhe aumentar a aura de terror. ( Z só despedaçou
minguantes quando Bella foi raptada.)
São estes os motivos que me levam
a pensar que Xcor tem fortes probabilidades para vir a surpreender.
Para já, continuamos com a
preparação da Cerimónia do Fade. Para todos, mas com uma nota especial para a Sílvia, a Marta e a Rute e, claro, para a Viviana (Lassi fofo, hein?!...) Está pequenino, mas pus a choradeira toda junta par amanhã :(
Boas leituras.
Beijos bons.
SPOILERS
PARA ALGUNS
Lover
Reborn
Tirando uma túnica branca, o Irmão
vestiu-a e voltou à cama para cingir a cintura com a fita magnificente que
Phury lhe trouxera. Depois, pegou no pedaço de pergaminho que Z lhe deu,
prendeu-o no nó e cruzou a fita no peito colocando as duas espetaculares adagas
negras de V. O anel foi para o dedo médio da mão esquerda, o diamante negro
para o polegar da mão com que lutava.
Com a sensação estranha de
trabalho bem feito, Lassiter pensou em todos aqueles meses em que regressou à
terra, recordando como ele, Tohr e Autmun trabalharam juntos para salvar a
fêmea que, em troca… de formas diferentes, os libertaria a todos.
Sim, o Criador sabia o que fazia
quando o enviou nesta missão: Tohr já não era o mesmo. Autumn não era a mesma.
E ele, Lassiter, não era o mesmo:
era-lhe simplesmente impossível desligar-se disto, ser distante, fazer de conta
que nada lhe importava… e o engraçado era que ele realmente não queria ir
embora.
Caramba, havia muitos purgatórios
a serem expurgados esta noite, pensou com tristeza, tanto no sentido literal
como no figurativo: quando Wellsie fosse para o Fade, ele seria libertado
finalmente da sua prisão. E com a libertação dela, significava que o fardo de
Tohr desapareceria e ambos seriam livres.
E Autumn? Bem, com alguma sorte,
permitir-se-ia amar um macho de valor, e ser correspondida, por isso, depois de
todos estes anos de sofrimento, ela poderia finalmente começar a viver outra
vez: ela renasceria, ressuscitaria dos mortos…
Lassiter franziu o sobrolho, um
estranho alarme começou a soar-lhe na cabeça.
Olhando em volta, quase esperava
ver minguantes a descer por cordas pelas paredes da mansão, a aterrarem nos
jardins, vindos de um helicóptero. Mas não…
Renascimento, ressurreição…
regressar dos mortos.
Purgatório. O in Between.
Sim, disse a si próprio. Onde
Wellsie estava. Hello?
Assim que um estranho pânico
incorpóreo se apoderou dele, pensou que caralho tinha…
Tohr estacou e olhou para o canto.
- Lassiter?
Com um encolher de ombros, o anjo
achou que seria melhor tornar-se visível. Não havia motivos para se esconder…
no entanto, enquanto tomava forma, deixou o medo para si próprio. Meu Deus… que
diabo tinha ele? Estavam na linha de meta. Autumn só tinha de aparecer na
cerimónia do Fade… e, pela forma como escolhia roupas quando ele saiu, era
óbvio que não iria passar a noite a esfregar o soalho.
- Ei, - disse o irmão. – Acho que
está tudo.
- Sim. – Lassiter esforçou-se por
sorrir. – Sim, de certeza que sim. Por falar nisso, estou orgulhoso de ti.
Portaste-te bem.
- Grande elogio. – Estendeu os
dedos e olhou para os anéis. – Sabes uma coisa? Estou mesmo preparado para
fazer isto. Nunca pensei vir a dizer isto.
Lassiter assentiu assim que o
Irmão se virou e se dirigiu para a porta. Antes de Tohr lá chegar, parou no
armário, levou a mão à escuridão e puxou a saia do vestido vermelho.
Ao acariciar o delicado tecido
entre os dedos, a boca movia-se como se falasse para a seda… ou para a antiga
companheira… ou, merda, talvez estivesse a falar consigo próprio.
De seguida largou o vestido,
deixando-o regressar ao vazio silencioso em que estava pendurado.
Saíram juntos, Lassiter abrandando
para um último apoio antes de abrir caminho e avançar pelo corredor das
estátuas.
A cada passo que o aproximava das
escadas, o alarme soava mais alto, até que o seu som reverberou pelo corpo do
anjo, o estômago a embrulhar, as pernas a ficarem cada vez mais fracas.
Que caralho se passava?
Esta era a melhor parte, o viveram
felizes para sempre. Então porque é que tinha a sensação de que a desgraça
estava à espera ao virar da esquina?
Quando Tohr passou pra a escuridão
do lado de fora do quarto, aceitou o rápido abraço do anjo e viu-o caminhar em
direção à luz do balcão do segundo andar.
Diabo, a respiração soava-lhe
ruidosa aos ouvidos. E as palpitações também.
Ironicamente, também tinha sido
assim quando acasalou com Wellsie, o sistema nervoso num farrapo. E, era
engraçado, o facto de a sua resposta fisiológica ser idêntica neste contexto
provava que o corpo era um sistema autónomo no que ao stress dizia respeito, a
adrenalina disparava do mesmo modo, independentemente de ser despoletada por
uma coisa boa ou má.
Pouco depois, começou a atravessar
o corredor até à grande escadaria, e era bom sentir em si todos aqueles
símbolos dos irmãos. Quando se acasala, vai-se sozinho: chega-se à fêmea com o
coração na boca e o amor nos olhos e não era preciso mais nada nem ninguém,
porque ela era tudo.
Quando se faz uma cerimónia do
Fade por ela, pelo contrário, tinha que se ter os irmãos por perto, não só no
mesmo espaço, mas o mais perto possível: os pesos nas mãos, à voltado pescoço e
a fita na cintura haveriam de o manter de pé. Especialmente quando a dor surgisse.
Ao chegar ao topo das escadas,
sentiu o chão mover-se numa onda, a grande curva a tirar-lhe o equilíbrio
quando ele precisava mesmo dele para se aguentar.
Lá em baixo, a entrada estava
enfeitada com grandes ornamentos de seda branca que caíam desde o teto, assim,
tudo, desde as características arquitetónicas, às colunas, paredes e chão
estava coberto. Todas as luzes estavam desligadas na mansão, e as grandes velas
brancas nos seus candelabros, juntamente com as lareiras, compensavam-nas.
Eu disse que era pequenito...
Não batam ao morceguito que ele anda muito combalido...