Gud mórnim!
Hoje vou falar em estrangeiro.
Podiam achar que era por ser chique, mas não. Disseram-me que, em estrangeiro,
chique significa… galinha? Franga? Ah, já sei: pita! E eu estou muito acima
dessas coisas. Em primeiro lugar, porque voo mesmo, em segundo porque sou mais
fofa e, em terceiro, porque tenho maminhas. Sim, a vantagem de ser mamífero é ter
disso. As crias gostam e os machos agradecem. He he he
Voltando ao assunto. Tenho que
arranjar um emprego onde ganhe mais e seja menos explorada. Disseram-me que
aumentar o meu curridículo, ou lá como se chama, e que aprender estrangeiro era
uma boa opção. Trungas! Não pensei duas vezes e matriculei-me num coiso para
aprender disso. Mas não está fácil, embrulham a língua toda para falar, tenho
de a dobrar para todos os lados… Não é
que o treino da língua não seja uma coisa interessante para pôr em prática em… em…
em sítios… interessantes… He he he
Com isto tudo, ponho a língua a
mexer na boca, ponho-me a falar e não treinei nada que prestasse. É por isso
que vou continuar a ganhar misérias… morcego totó!
Dedico esta publicação pequena
à minha Bea dos olhos lindos, a
quem desejo o melhor do mundo
à minha Viviana, fiel comentadeira da palavra amiga
à Alex que segurou as pontas do
blogue e para que não fuja de nós
à Nasan sempre alerta que
procura o muso inspirador da escrita
à Marta Lourenço
à Gisele Fernandes
à Cristina Neto – o trio que
deixou comentários no fiçubuco e que se apanharem o livro traduzido o
esfarrapam às dentadas!
Para elas, um beijo muito
especial.
Para todos os outros: Beijos grandes
e bons. Voltem sempre.
SPOILERS
PARA ALGUNS
Lover
Reborn
[Continuação da conversa Layla e Qhuinn em que
ela se sente inquieta e de estômago embrulhado]
Achei que queriam saber o que aconteceu a seguir… He he he… acertei?
- Devo deixar-te, - anunciou ela.
- Nã, está-se bem. Acho que também
estou de mau humor.
Ele levantou-se do balcão com os
pratos, os olhos dela viajaram pelo corpo dele abaixo e abriram-se. Ele estava…
excitado.
Exatamente como ela.
Eram claramente resquícios da
necessidade de Autumn.
A onda de calor atingiu-a com tal
força que mal teve tempo para se agarrar ao granito do balcão para permanecer de
pé, e não conseguiu responder quando Qhuinn a chamou aos gritos ao longe.
A necessidade agarrou-lhe o corpo,
esmurrou-lhe o ventre, fê-la vergar sob a sua força.
- Ó… querida Virgem Escrivã…
Entre as suas pernas, o sexo
abriu-se, o despertar nada tinha a ver com Xcor, nem com Qhuinn nem com nenhuma
força exterior.
A excitação vinha de dentro dela.
Da sua necessidade…
Não fora o suficiente. As visitas
ao Santuário não tinham sido o suficiente para a proteger de ser apanhada pela
necessidade de Autumn…
A onda seguinte de desejo ameaçou
pô-la de joelhos, mas Qhuinn estava lá para a amparar antes de bater no chão
duro. Enquanto a puxava para os braços, ela soube que não tinha muito tempo
para raciocinar. E soube que a solução que de repente lhe surgiu era
absolutamente injusta e completamente inegável.
- Serve-me, - disse ela,
interrompendo o que quer que seja que ele lhe estivesse a dizer. – Eu sei que
não me amas, e eu sei que não ficaremos juntos depois, mas serve-me para que eu
possa ter algo de meu. Para que tenhas algo de teu.
À medida que a cor lhe desaparecia
do rosto e os olhos desencontrados saiam das órbitas, ela continuou, a falar
entre arquejos.
- Nós não temos uma família de
verdade. Estamos os dois sozinhos. Serve-me… Serve-me e isso muda tudo.
Serve-me para que tenhamos um futuro, pelo menos em parte, nosso… Serve-me,
Qhuinn… Eu peço-te… serve-me…
Qhuinn estava quase convencido que
estava num universo paralelo. Era impossível que Layla estivesse a passar pelo
período de necessidade… e que se virasse para ele para a ultrapassar.
Nã.
Isto era a imagem invertida da
realidade… de um mundo onde os biologicamente puros ficavam com outros iguais
de modo a criarem gerações biologicamente puras e, por consequência, superior.
- Serve-me e dá-nos algo que seja
nosso… - As hormonas elevaram-se a um grau superior, cortando-lhe a voz.
Depressa regressou, com as mesmas palavras. – Serve-me…
Ele começou a ficar ofegante, não
se sabia se era o sexo no sangue, ou a vertigem criada pela repentina ravina em
que se via pendurado.
A resposta era, obviamente, não.
Não, absolutamente não, nada de filhos, muito menos com alguém que não amava,
muito menos com uma Escolhida virgem.
Não.
Não…
Foda-se, não, merda, não, Meu
Deus, não, caralho, não…
Bem, na verdade, isto não era a
verdade… a primeira parte, pelo menos. Qualquer macho na casa – ou no planeta –
podia tratar disto. E, claro, depois, teriam de responder ao Primale.
Não era uma conversa para a qual ele
se iria voluntariar.
Só eu, burrinha como uma porta, voluntariava-me para tanta coisa…
Eu sou muito dada…
Tão dada, que já fui acusada de oferecida…
Calúnias, claro.
Eu sou… como hei de dizer… generosa.
Muito generosa.
Então se eu apanhasse a jeito uns quantos que eu cá sei…
Chegava-me um…
Ahhhh…
:D