A lindona da nossa Nighshade, já nos enviou o docinho.
Ora vejam!
Immortal
Capítulo 18
Sissy acordou com um valente despertador: quente, mãos fortes a acariciá-la... a rodearem-na.
Ela gemeu quando o seu seio nu foi capturado, e o arco que fez para trás fê-la ir contra algo duro e quente.
A erecção de Jim.
Abrindo os olhos, ela depara-se com o brilho matinal da Primavera, Jim atrás dela, pressionou e sim, foi um eclipse total. De repente, deixou de ver, ouvir e sentir tudo, excepto Jim.
Virando-se para o encarar, ela ia falar, mas ele claramente, ainda dormia. Os seus olhos estavam fechados e balbuciava algo que ela não conseguiu perceber.
- ... Sissy...
O som do seu nome fê-la sorrir.
- Estou aqui...
Falando em acordar. Os olhos de Jim abriram-se instantaneamente, ficando totalmente consciente, os olhos azuis em alerta, os músculos tensos... como se muitos dos seus acordares não tivessem sido da natureza mais benigna.
- Olá - disse ela.
- Olá. - Ele moveu ligeiramente os seus quadris para trás. - Ah... Bom dia.
- Devias ter-me acordado ontem à noite.
- Gostei de te ver a dormir.
O rubor que a atingiu nas faces desceu pelo seu corpo.
- Foi o cherry. Não sei beber muito bem.
- Não me arrependo de nada. - Ele moveu uma mecha de cabelo para trás do ouvido dela. - Como te sentes?
- Excitada.
Quando Jim tossiu como se se tivesse engasgado, ela teve que rir.
- Desculpa, estou em modo de honestidade.
- É bom. - Os olhos dele foram até aos lábios dela. - Isso é bom.
A cara dele tornou-se nítida, os seus olhos azuis, a sua boca, a maneira intensa de olhar, tudo em relação a ele a gravar-se no cérebro dela.
Abraçando-o, Sissy acaricia-lhe o queixo e depois o cabelo.
A auréola, um círculo de luz dourada, que mal se notava, tremeluziu à volta da cabeça dele.
- Tens a certeza que queres continuar? - Perguntou Jim com uma voz profunda.
Ela riu-se.
- És um cavalheiro.
- Não, não sou.
Sissy passou os braços à volta do pescoço dele.
- Bem, acho que és, e sim, tenho a certeza. Toda a gente devia de estar com um anjo na sua primeira vez.
- Eu vou fazer disto uma coisa boa para ti - murmurou ao inclinar a cabeça para baixo. - Prometo.
O beijo dele foi lento e demorado, e Sissy deixou a sensação de calor e luxúria percorrerem o seu corpo. Ele demorou o seu belo tempo, a sua língua a lamber o lábio inferior dela antes de mergulhar dentro da boca... e depois recuou para a beijar nos lábios mais uma vez.
Durante... uma eternidade.
No entanto, por mais que ela estivesse ali com ele, frustração começou a guerrear com prazer.
Mas ele estava atento. Quando ela ia para falar, uma das mãos dele deslizou e acariciou-lhe as costas, ombros, braços...
Quando ele descobre o seu seio, a sua fome pelo contacto fê-la arquear mais uma vez contra ele, amarrotando os lençóis... e descobrindo a erecção dele.
Ansiosa de o conhecer, ela inicia a sua própria exploração, indo com a mão para baixo, para as coxas inferiores dele.
Ele afasta-a, plantando um beijo no centro da palma dela e ficando por cima dela.
- Mas eu...
Jim cobre a boca dela com a sua e acaricia-lhe um seio. Depois lambe-a, descendo do pescoço até à clavícula.
- É bom?
- Deus... sim...
Ele chupa o mamilo, e a luxúria que a atinge faz estremecer o seu corpo e subir o seu peito, forçando o seio a entrar mais na boca dele. Com uma habilidade erótica, ele conduz a onda de prazer dela com as suas mãos grandes, encontrando caminho até às coxas dela. Separando-lhe as pernas, ela queria-o onde tinham estado na noite passada. E Jim, não a desapontou.
Os dedos dele foram até ao seu núcleo, e no instante em que a tocou, outra libertação, maior do que a primeira, ameaçou levá-la à loucura.
- Por favor - ela suspirou. - Por favor...
O massajar no centro, o sugar nos seus seios, a sensação da própria necessidade a levá-la ao limite. Mas ele em vez de a levar ao êxtase, recua quando ela está perto para avançar logo de seguida para que ela não perdesse o desejo.
Sissy enterra as unhas nos pesados ombros dele.
- Jim... não aguento mais...
A sua boca cobriu-a novamente e beijou-a... novamente longa e lentamente.
- Chio, querida. Eu vou tomar conta de ti.
Foi quando ele, finalmente se moveu sobre ela. Sissy estava tão atordoada que não tinha a certeza do que Jim estava a fazer. Mas depois, apercebeu-se que estava a descer as calças dele.
- Tens a certeza?
- Sim, Deus.
Tendo em conta a maneira como estava enlouquecida, a contorcer-se por baixo dele, ela não conseguia acreditar no controlo dele. Mas veio com um preço. O seu maxilar estava cerrado, a sua voz rouca e finos tremores assaltaram o seu corpo poderoso ao aproximar-se do centro dela.
Ela ainda não o sentia contra o seu sexo, até que as coxas dele pressionaram...
- Eu vou morrer se tu...
Ele calou-a com outro beijo, e depois, finalmente, teve o contacto que desejou. Algo pontiagudo e quente roçou contra o seu núcleo... e depois ele moveu-se, a sua mão entre os dois. Ele sabia perfeitamente para onde ir, e merda, ela tremeu.
Não de medo.
O polegar dele descobriu a ponta do sexo dela e começou a massajar em pequenos círculos. O orgasmo com que ele havia brincado, sabe-se lá durante quanto tempo, a acordar ferozmente, desta vez ele não pára. Continuou até o prazer dela estoirar e libertar-se, levando-a por uma montanha-russa mais escaldante e voraz do que aquela que havia tido no salão.
Foi quando Jim a penetrou.
Os espasmos da libertação dela eram tão grandes, que quando ele rompeu uma barreira, ela não sentiu qualquer dor. Nem quando ele recuou para depois avançar novamente. E depois estava completamente dentro dela... sem se mexer.
À medida que Sissy flutuava de regresso à realidade, ela tomou sentido do incrível preenchimento, que era ao mesmo tempo, estranho e desconhecido, e tão completamente perfeito que ela sentiu lágrimas nos cantos dos seus olhos. E depois, percebeu que Jim... estremecia. Da cabeça aos pés, o seu corpo maciço tremia, os músculos contraídos com espasmos e sacudidelas ao acaso.
- Jim?
Movendo a cabeça para o lado, ela olha para ele. Jim estava concentrado na cabeceira da cama, os seus olhos, ao mesmo tempo, extasiados e vidrados, o seu maxilar cerrado e a ranger, a sua respiração rouca e descoordenada.
- Jim... o que se passa?
Quando ela se moveu por baixo dele, ele silvou:
- Não te mexas!
- Okay - disse ela lentamente.
- Foda-se!
- O que...
Ele sai de dentro dela, mas não vai para longe.
A cabeça dele esmaga-se no colchão, próxima dos ombros dela e ao arquear os seus braços, os grandes músculos dos bíceps aglomeram-se por baixo da sua pele. Depois as suas coxas desceram com força, o estômago dele a empurrar a pélvis dela.
Agora contraía-se, todo de uma só vez. Foi tão violento, que a cama bateu contra a parede com força, uma... duas... três vezes.
Jim tornou-se frouxo como uma corda, caindo em cima dela enquanto exalava para a almofada.
Sem saber o que dizer, Sissy tentou abraçá-lo, envolvendo-o com os seus braços, mas ele rebolou de cima dela e virou-se.
Tudo o que ela conseguia ver era a tatuagem dele, a da Ceifeira que cobria as suas costas, a grande figura de capa negra com a foice e a mão ossuda.
Claramente, Sissy deve ter feito alguma coisa errada.
***
Em baixo, na cozinha, Adrian senta-se à mesa e olha para o relógio, outra vez. Dez da manhã.
Toca a acordar, pessoal, pensou ao olhar fixamente para o tecto.
Mas não, o par de pombinhos, aparentemente aconchegaram-se e estavam a fazer tempo na cama. Entretanto, ele estava ali com dois sacos de McMuffins, já secos e muito café a arrefecer.
Não que ele se queixasse.
Okay, queixava-se.
Sexo era uma coisa fácil de se esquecer se não o tivéssemos à nossa volta e se pensássemos numa forma de sobreviver em vez de pensar em truca-truca. Mas esse tipo de amnésia é difícil de manter, se o que nunca mais vais ter, estar a acontecer sob o mesmo tecto onde vives.
Porra, talvez isto tudo o fizesse sentir mais saudades de Eddie.
Ele havia escolhido sempre a melhor altura para se trazer mulheres para casa. Eddie havia sempre sido bom a tudo, o guardião do conhecimento, o lutador perfeito, a voz da razão num mar de caos. Mas por outro lado, no que se referia a miúdas, estas eram a sua desgraça. Um simples olhar de uma rapariga e ele fechava-se logo em copas, como um astrofísico numa convenção de sexo. No entanto, tinha o apetite sexual de um leão. E era aí que Adrian entrava em acção.
A maior parte do tempo, ele sentia-se como um fardo para Eddie, mas quando se preparava para arranjar uma voluntária ou duas, era o melhor que podia haver e Ad apreciava a inversão de papéis.
Algo bastante patético, ser apenas isso que conseguia trazer para a relação. Considerando tudo o que Eddie conseguia fazer.
Tinha conseguido fazer.
- Bom dia.
Ad vira-se, atento. Bem, quem diria, menos um, agora só falta o outro, pensou à medida que Sissy entrava na cozinha. O cabelo dela estava húmido, mas penteado, e ela sorriu-lhe da mesma maneira quando ele lhe comprou o champô e amaciador, dois em um, durante aquela infame viagem ao Target com Devina. Pantene qualquer coisa.
- Olá - disse. - Fui buscar o pequeno-almoço há uma hora atrás. Acho que já teve melhores dias, o que provavelmente até é verdade, no minuto em que o comprei.
- Obrigado, mas não tenho assim tanta fome. - Ela puxa de uma cadeira e senta-se. - Café seria bem-vindo.
A avaliar pela forma como ela olhava constantemente para a porta, para ver se o homem dela chegava, Ad decidiu que o assunto da virgindade tinha sido despachado.
Meu, Jim era um filho da puta sortudo. Ad não queria nada com a rapariga, era só que... uau! Estar com uma mulher na sua primeira vez... tratá-la bem e fazer bem para ela. Que honra.
Ele bebeu um trago do seu copo de take away. Olhem para ele, a ficar todo sôfrego.
- Onde está Jim? - Ele pergunta.
- Lá em cima... talvez no duche. Sei lá.
- Oh. - Sarilhos no paraíso? - Ouve, eu vou até ao Home Depot buscar algum contraplacado.
- Óptimo - disse ela abruptamente, levantando-se com o seu café. - Vamos embora.
Okaaaay, talvez ele estivesse errado sobre o porquê de terem ficado mais tempo ocupados. - Está bem, deixa-me avisar o Jim. A não ser que queiras...
- Não, vai tu. Tens as chaves? Eu vou ligando o carro.
- Sim, claro. - Ele inclina-se para o lado e tira-as. Ao atirá-las com um arco, ele viu-se surpreendido por querer virar conselheiro de casais para eles os dois. O bom tio Adrian. Mas como se ele tivesse algum caralho de ideia? - Vou ter com Jim.
- Óptimo.
Com Sissy a marchar da cozinha para fora, com o cabelo e ombros voltados para ele, ponderou no que teria, realmente acontecido. E depois, chega Jim com um olhar de quem deixou um cão mijar nas calças: olhos sombrios, sobrancelhas caídas, uma atitude «sou-mau-como-as-cobras».
- Pequeno-almoço? - Ad pergunta secamente.
- Não, obrigado, não tenho fome. Mas café seria uma maravilha.
- Sim, és o segundo a agir assim.
Jim nem se deu ao trabalho de o olhar. Provavelmente pelo melhor. O olhar do gajo mais parecia uma arma apontada à cabeça.
- Então, eu e a Sissy vamos até ao Home Depot.
- Agora?
- Não. No próximo mês. - Ad levanta-se. - É claro que é agora. Queres ficar aqui e...
- Eu também vou.
Jim foi em frente até à porta e deixou a coisa bater atrás dele. Até deixou o café em cima da mesa, o que iria melhorar, e em muito, o seu «bom-humor». Não haja dúvidas.
- Fantástico - murmura. - Maaaal posso esperar para estar fechado num espaço pequeno com aqueles dois. Espectacularmente fantástico.
Delicioso, não é?