IMMORTAL: Gostinho 43

Saudações Amantes da Irmandade!

Hoje temos mais um gostinho de IMMORTAL, como bem sabem é uma tradução livre, simpatia da nossa querida
Nightshade.



Anjos Caídos #6

Immortal

Capítulo 43

Uma hora e mais um duche depois, Sissy estava na cozinha a servir-se da última fatia de bolo de chocolate perfeitamente cozido por Eddie. Jim tinha apagado no seu quarto, porque foi até ali que eles tinham ido. Mesmo que o dela ficasse apenas a quatro ou cinco portas a mais no corredor, eles tinham sido muito ganaciosos e impacientes para fazerem a viagem.
Engraçado, tinha havido uma satisfação nova e diferente em deixá-lo enrolado naqueles lençóis, o seu corpo de combate todo saciado devido ao tanto que ele queria. Antes de ter saído ela tinha estado a observá-lo, inclinando-se e até a tocar com cuidado a pomba dourada dela que ele usava ao pescoço. Ele mexeu-se naquele ponto e foi por isso que saiu.
Por alguma razão, ela não conseguia sacudir a sensação de que algo muito mau ia acontecer.
- Portanto, sim - murmurou ao sentar-se na mesa e dar a primeira dentada.
Oh Deus, era fantástico: Todas as endorfinas no corpo dela com todos aqueles orgasmos e agora mais o bolo de chocolate e a cobertura de baunilha falsa? Euforia a mil à hora, mesmo com aquela picada de medo no centro do seu peito.
Havia uma cópia do Caldwell Courier Journal no outro lado da mesa e ela alcança-o só para os seus olhos terem o que fazer. O topo do jornal era só sobre notícias internacionais. Em baixo havia uma fotografia de uma propriedade de um magnata que aparentemente tinha decidido vender todas as suas posses e estava a causar um confusão na cidade.
Sissy franziu a testa e inclinou-se mais de perto para a fotografia a preto e branco. Depois decidiu que estava a ver coisas. Só que... não, o homem tinha um halo: Mesmo com a grainha natural da imagem, ela conseguia ver um círculo desvanecido por cima da cabeça do homem.
Vincent diPietro. E a foto tinha sido tirada no dia anterior, com ele a caminhar para o escritório do seu advogado com papéis para serem assinados.
Estranho, que ele também tivesse um. Mas considerando tudo o que tem acontecido ultimamente? Não era algo que ela ia dar muita importância.
Depois de ter acabado o seu lanche da meia-noite, ela coloca a loiça no lava-loiças. Depois dirigiu-se para as escadas, pronta para se enroscar em Jim... porque só Deus sabia o que a manhã podia trazer.
Só que ela nem fez o primeiro patamar da escada.
Ela acabou no salão destruído.
O contraplacado nas janelas faziam um bom trabalho a evitar que a chuva entrasse, mas não isolavam, portanto a devisão estava mais fria e húmida que o resto da casa. E mesmo com as correntes de ar, o cheiro a pinho do contraplacado recém-cortado permanecia no ar, como se alguém tivesse colado difusidores com cheiro a pinhal por todos os apliques.
Enquanto os seus pés descalços passavam silenciosamente sobre o soalho frio e nu, não havia nenhuma lâmpada para acender, porque todas haviam sido sugadas juntamente com as mesas e sofás em que eles se sentavam. Havia, no entanto, alguma iluminação que dava para ver: Graças aos dispositivos eléctricos que tinham sido montados no exterior da casa, a luz artificial sangrava através das folgas que o contraplacado fazia nas aberturas das janelas, como se lhe dessem portas de passagem para outro plano de existência.
Ela descobriu o que queria no parapeito de mármore da lareira. O livro de Devina mal cabia ali, a sua capa de couro esfarrapada a pender quase ao ponto de cair. Ela achou que Adrian o tivesse colocado ali enquanto trabalhava na sala. Ou talvez a coisa tivesse escalado e repousado ali.
Ela odiava o peso do volume nas suas mãos, e a sensação da pele de homem velho da capa. Odiava estar perto daquilo. Antes, não tinha sido mais nada do que um livro qualquer; agora parecia que transportava um braço cortado para a luz.
Teve de suspirar duas vezes antes de conseguir abrir a coisa. E mais duas vezes antes de olhar e...
- Mas que porra?
Franzindo a testa, ela folheou por entre as páginas e... nada, ela não reconhecia nada. Agora, a escrita parecia-lhe estrangeira, uma mistura de símbolos e letras estranhas que eral ilegíveis, tanto quanto sabia.
Fechando o volume, ela devolveu-o ao lugar onde estava na lareira.
O alívio era tão grande, que ela ficou tonta.
Subindo as escadas, estava a meio quando algo que Jim tinha dito lhe surgiu. Tinha sido quando eles tiveram sentados lá fora e ela lhe havia perguntado «O que acontece agora?».
«Contigo? Nada.».
Naquela altura, ela falava sobre a guerra, não no futuro dela, mas a resposta dele tinha sido para ela e só para ela.
Assumindo que ele ganhava a guerra, e ela tinha que acreditar que sim, porque a alternativa de tudo e todos se tornarem posses de Devina era horrífica demais para contemplar. Então, e depois? Ela tinha que pensar que se fosse bem-vinda ao Céu, já tinha ido lá parar depois do ritual naquela banheira. Mas não, ainda estava ali.
Parece que a eternidade numa nuvem não estava no futuro dela.
Então, onde é que isso a deixava? Anos intermináveis a vaguear na Terra como um fantasma? Porque, auréolas à parte, era o que ela era, para todos os efeitos.
Continuando a subir, ela foi para o quarto de Jim, entrou de mansinho e despiu-se antes de ficar entre os lençóis. Quando braços fortes a puxaram para um abraço apertado, ela precisou do calor e de estar de pés assentes no chão.
Eles descobririam, disse ela a si mesma. Se conseguiam tirar Devina de dentro dela, eles eram capazes de fazer alguma coisa que resultasse.
Enquanto ela e Jim estiverem juntos, o Céu é onde eles se encontram.
***
Jim esperou até que a respiração de Sissy fosse lenta e regular, e depois ele ficou mais vinte minutos na cama. Quando ele finalmente decidiu virá-la de costas e retirar os braços, ela murmurou qualquer coisa, mas continuava a dormir.
Levantar-se e vestir-se sem fazer barulho não era um problema. Colocar o coldre da sua adaga à volta da sua cintura e enfiar a faca de cristal na coisa às escuras, fácil. Pegar na convencional SIG Sauer e enfiá-la atrás das costas, de olhos fechados.
Deixá-la é que era difícil.
Quando ele parou com a mão na maçaneta da porta, olhou para a cama. Não havia muita luz no quarto, mas ele sabia onde ela estava, ouvia a respiração dela contra as almofadas, imaginou-a a esfregar a cara a dormir. Em vez de hesitar para reconsiderar, ele forçou a sua determinação.
No entanto, antes de sair, ele teve um impulso no que dizia respeito à sua segurança, e ele cedeu ao impulso rápido e eficientemente. Depois saiu para a noite, passando pelo vidro da janela circular que dava para a área de estar. Angel Airlines a levá-lo pelo ar. Não foi até ele estar bastante longe de casa que desceu e começou a convocação.
Por uma vez, foi respondida imediatamente. Como se o demónio estivesse à espera dele.
Prosseguindo para o centro da cidade, ele não perdeu tempo com o caralhinho que estava atrás da recepção do hotel. Ele apenas aterrou no terraço da Penthouse e caminhou para as portas francesas. Quando tentou as maçanetas de bronze, estas estavam trancadas.
É claro que ela ia fazê-lo bater à porta.
Enquanto enrolava um punho e colocava os nós das mãos no vidro, ele manteve a calma. A única coisa que importava era entrar no espaço do demónio. O que tivesse de dizer ou fazer para isso acontecer? Ele estava disposto a qualquer merda.
Devina demorou o seu belo tempo. Com o vento frio a soprar tão alto, ele bem que podia ter ficado gelado até aos ossos, mas ele estava irritado demais para se importar se estava ou não no maldito Ártico.
Devina, finalmente apareceu na sala de estar, pousando no bar como se tivesse a tirar uma foto para a Vogue, ou talvez para a Hustler. Ela estava de cuecas e sutiã que eram mais renda preta que cetim, um robe fino a cair dos ombros até ao chão. O cabelo estava solto e ondulado, e a maquilhagem era de um filme noir, olhos escuros e lábios vermelho-sangue. E para acabar? Os saltos-altos cor de pele tinham a altura de um andar, e eram feitos com alguma coisa que pareciam diamantes. Oh, e havia algum tipo de liga envolvida.
Para ele, ela era tão sexualmente atraente como uma mulher de noventa anos desdentada.
Mas era óbvio que ela não sabia disso. Aparentemente, decidiu que ele já tinha visto o suficiente, ela andou para a frente, as coxas a abanarem, o cabelo a balançar com aqueles duplos D dela, a língua a lamber os lábios. Quando ela abriu as portas e ele entrou, ela passou as mãos pelo peito e ombros dele.
E ele deixou-a fazer isso.
- Em que posso ajudar-te - disse ela a arrastar as palavras enquanto os trancava lá dentro.
Ele manteve a sua voz casual enquanto examinava a sala, catalogando objectos.
- Precisamos de conversar.
- Finalmente - ela murmurou ao caminhar e sentar-se numa das suas poltronas. - Pensava que nunca mais vinhas.
Jim andou à volta, pondo as mãos para fora e deixando-as suspensas por cima da mesa lateral, atrás de outra poltrona, num candeeiro.
- Estive a pensar numa coisa.
- Sim?
Ele podia ouvir a esperança na voz dela.
- E decidi que estavas certa.
- Sim...?
Okay, agora ela estava praticamente sem fôlego. Ele parou de andar e virou-se para ela:
- Sim. Eu acho que devíamos de desistir.

Até breve... 

*Nasan

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