E por agora é tudo o que tenho... Mas não fiquem desanimados, a nossa NightShade prometeu voltar assim que lhe fosse possível...
Reza a história de que a malta não vive do ar... E eu não sou rica para puder pagar um ordenado e exclusividade 😥
Ai ai.... Vamos lá!!!
Capítulo 10 - 1ª Parte
- Balas de borracha doíam como umas filhas da puta e Craeg, quando perdeu a conta das balas que lhe atingiram no peito, resolve oferecer as costas em vez da sua frente mais vulnerável. Ele agarra na mão de Novo e puxa-a para o chão da piscina, de barriga para baixo. A manter as cabeças baixas, eles rastejam para saírem dali. Só que, quando chegam às escadas da piscina, estas estavam electrificadas. Craeg olha para trás, para saber quanto tempo tinham antes dos Irmãos irem ter com eles.
- Faltava muito pouco tempo, ele tinha que pensar depressa. Desmaterializar seria a única solução. Ele controlou-se, ignorando as dores, a gritaria, o pânico, as imprecações. Ele precisava de se concentrar em alguma coisa, ou em alguém. Ele visualizou a recepcionista atrás daquela secretária, o seu cheiro, a sua beleza, quando ele ouviu a voz dela, quando ouviu o nome dela pela primeira vez… Paradise. O corpo dele desmaterializou-se, sem que desse por isso. E sem um destino, materializou-se contra uma parede. Novo já se encontrava com ele.
- Um a um, mais quatro recrutas, encharcados em água, conseguiram sair da piscina, o macho atlético do cavalo com arções, o tal que se parecia como um assassino em série, com os seus piercings e tatuagens num dos lados do rosto e do pescoço; o macho que teve o braço à volta da cintura de Paradise e mais um macho, alto e forte. Paradise foi a última a materializar-se.
- Craeg precisou de se virar para não olhar para ela, ou arriscava-se a exibir uma emoção inaceitável e concentrou-se nos outros cinco recrutas que ainda se encontravam na piscina. Uma porta abriu-se, mesmo ao lado deles, e com uma brisa fria a atingi-los, ele cheirou o ar livre. O que quer que estivesse no outro lado daquela porta, estava escuro e não conseguia ver. Paradise pergunta quem vai entrar primeiro, e o tipo gótico dos piercings diz que vai ele, que não tem nada a perder.
- Craeg não gostou do silêncio súbito que os rodeou, como se fosse um mau presságio, e o tiroteio tinha acabado, o que podia significar que aquele teste tinha acabado, ou então, os irmãos estavam a preparar outro tiroteio. Mas não, eles tinham desaparecido, só restavam eles e os recrutas que permaneceram na piscina, que estavam num estado lastimoso. Merda, onde estavam os Irmãos?
- Ele decide entrar com o gótico e Novo avisa que fica em último. Craeg ordena à fêmea loira e ao seu… companheiro? Melhor amigo? E um tipo que era bonito numa perspectiva masculina, para ficarem no meio, assim não tinha que se preocupar com aquela fêmea, não que ele estivesse preocupado, claro.
- Ele apresenta-se ao gótico e fica a saber que o seu nome é Axe.
Capítulo 10 - 2ª Parte
- Paradise esperava tudo à medida que atravessavem aquele túnel, a ansiedade a crescer naquele espaço estreito, mas simplesmente foram dar à rua onde se encontrava uma fogueira. Os nervos dela não estavam a processar muito bem a falta de ataque. E o seu cérebro não conseguia computar a mesa montada com garrafas de água, barritas de energia e fruta.
- Peyton diz que tem muita sede e o macho que ela não podia ajudar, a não ser olhar por ele, diz que aquilo pode ser uma armadilha ao que Peyton acusa-o de ser paranóico, nisto Craeg confronta-o perguntando se ele gosta de vomitar, Peyton era para responder, mas depois calou-se, e depois praguejou.
- Craeg aproximou-se da mesa, avaliou as garrafas, levantou a toalha da mesa, levantou uma das garrafas de água, lentamente. O coração de Paradise voava, ela estava desidratada, mas tinha medo de ser envenenada. Ela nunca tinha sentido aquilo antes, a ser consumida pela sede, mas contendo-se a ir buscar aquilo que precisava.
- Craeg informa que algumas garrafas não estavam seladas, quando ele encontra uma que estava, ele testou o líquido. Quando teve a certeza de que a água era segura, passou a garrafa a Peyton e este dividiu o seu conteúdo com os restantes. Passando às barritas, Craeg só passou aquelas, cujo invólucro não estava rasgado.
- Paradise comeu a barrita, apesar de não ter fome, porque o que aí vinha, provavelmente significava que tinha que ter calorias, e para ajudar à festa, estava na rua em Novembro e molhada, a combinação não era boa se se ficasse à mercê dos elementos por muito tempo.
- A porta por onde tinham saído fecha-se de repente e os recrutas começam a debater o que fazer a seguir. Novo diz que se encontrava ali uma cerca, mas Peyton avisa que por ser de metal, provavelmente estava electrificada. Essa dúvida foi clarificada quando alguém pega num pau e atira-o contra a cerca, só para verem o pau a ser chamuscado com várias faíscas.
- Depois de mais algumas averiguações, eles percebem que só têm uma solução, caminhar no que parecia ser o único caminho disponível para eles. Sempre em frente e mergulhado na escuridão. Quando Paradise diz que têm de ir todos juntos, Axe resmunga a dizer que detesta trabalho de grupo. Todos começaram a caminhar em fila indiana.
- Galhos estalavam contra a sola dos sapatos, alguém espirrou, mas Paradise mal registou isso, o corpo dela estava eléctrico, os seus instintos em alerta máximo, ela era a lâmina para qualquer coisa que estivesse de errado, para algo que ela não conseguisse identificar como seguro, que podia fazê-la paralisar ou, correr e fugir.
- O caminho parecia não ter fim, depois repararam que cheirava a lenha queimada, foi quando todos perceberam que tinham chegado ao início, eles viram as próprias pegadas no chão, a mesa com o seu conteúdo tinha desaparecido e a cerca tinha sido movida para outra posição, tinha sido fechada para fazer um círculo fechado.
- Peyton resmunga quando percebe que a Irmandade queria que eles andassem às voltas. Paradise pergunta porquê e é Novo quem responde, dizendo que os Irmãos queriam esgotá-los. O som de tiros a serem disparados espalhou o pânico e quando as balas os atingiram, as imprecações recomeçaram. Craeg grita a todos para recomeçarem a andar, que se o fizessem, as balas iriam cessar.
- Craeg estava certo, quando todos começaram a andar, as balas pararam de voar, não era preciso ser-se um génio para perceber que, se eles parassem, levavam com aquelas balas de borracha malditas. Paradise achou que aquilo não seria muito mau, até porque ela gostava de andar a pé. Para passar o tempo, ela começou a admirar o físico de Craeg, e quando o vento mudava de direcção, fazia com ela cheirasse o seu odor. A melhor fragrância que alguma vez havia cheirado.
- Paradise perdeu a noção do tempo a andar às voltas, o cansaço dominava-a, as boas notícias eram que aquela caminhada tinha que acabar com o crepúsculo, o sol não era uma boa notícia, nem sequer para os Irmãos. Ela ficou surpreendida com ela mesma por ainda estar de pé. Quem diria que um passeio pelo bosque seria a última prova?