Dizem que o prometido é de vidro.
O morceguito portou-se bem e acha que conseguiu qualquer
coisita de jeito.
Para além disso, odeio as nossas editoras! Não sabem ser despachadinhos
como os para além Atlântico?
Nota: a tradução é
livre e amadora como a dona.
E a pedido de várias famílias (nomeadamente Alex Nason e
margarida ladeira), eis o dito
SPOILER GOURMET EXTRA
Qhuinn (mim baba-se)/ Blay
[Segundo “encontro”
dos dois]
Qhuinn sabia que tinha posto Blay
numa posição realmente injusta.
A propósito de fodas de caridade.
Mas, meu Deus, ver aqueles olhos azuis, aqueles malditos olhos azuis infinitos
que olhavam para ele como antes… era só nisso que conseguia pensar. E sim,
tecnicamente era sexo se pensarmos onde ele queria pôr certas partes do corpo… Bem,
uma delas em particular. Mas era muito mais do que isso.
Ele não conseguia traduzir por
palavras; não era bom com as sílabas. Mas a vontade que tinha em unir-se a ele
foi o que o levou a beijá-lo.
Queria fazer Blay perceber o que
ele queria dizer, o que precisava, o porquê disto ser importante. O seu mundo parecia
desmoronar-se todo e arder e o que estava a perder dormia apenas a uma porta
mais abaixo e isso iria magoá-lo durante muito tempo.
Porém, estar com Blay, sentir-lhe
o calor, tocá-lo, era como uma promessa de cura. Nem que durasse apenas o tempo
em que permanecessem juntos no quarto, ele aceitaria e agradeceria… e reviveria
a memória quando fosse preciso.
- Por favor. – Murmurou.
Mas nem deu tempo ao homem para
responder. A língua escapou-se e lambeu aquela boca, entrando nela,
apoderando-se dela.
A resposta de Blay estava no modo
como permitiu ser empurrado para trás contra as almofadas do sofá.
Qhuinn teve dois pensamentos de
relance: Um, a porta só estava fechada, não trancada … e ele tratou disso
colocando o ferrolho no sítio com a vontade. O segundo pensamento feliz foi que
não podiam dar cabo do sítio. Explodir o seu próprio quarto era uma coisa. Esta
sala de estar era propriedade pública e estava arranjadinha, com almofadas de
seda e paninhos lindos e muita tralha que parecia fácil de rasgar, estragar e,
Deus nos livre, de manchar.
Para além disso, já tinha
estampado o Hummer, destruído o jardim e depois liquidado o quarto. Por isso a
sua quota Destrutiva anual já tinha sido alcançada há muuuuuito tempo.
Assim, a solução mais plausível
para não dar mais preocupações ao Fritz era fazer uma pequena viagem corredor
abaixo até ao seu quarto, mas à medida que as hábeis mãos do Blay vieram até ao
baixo-ventre de Qhuinn e começaram a abrir-lhe a braguilha, deitou logo a ideia
brilhante ao lixo.
- Meu Deus, toca-me, - gemia,
projetando a pélvis para a frente.
Teria que ser limpo e asseado.
Partindo do princípio que isso era
possível.
Quando a mão de Blay lhe entrou
nas calças, o corpo de Qhuinn arqueou, o tronco inclinou-se para trás. A
posição não era boa, não havia muita fricção e os testículos estavam a ser
picados pela braguilha das calças, mas, rai’s parta, ele nem queria saber. Era
o Blay e chegava-lhe.
Caramba, depois de não sei quantos
anos de broches, punhetas e masturbações parecia que era a primeira vez que o
estavam a tocar.
Tinha de retribuir o favor.
Passando à ação, ergueu o peito
aproximando os rostos. Diabo, adorava a expressão daqueles olhos azuis quando
Blay olhou para ele, quente, selvagem, satisfeito. Com vontade.
Qhuinn agarrou-o com força e
juntou as bocas devorando aqueles lábios, usando a língua, a possuí-lo como um
louco…
- Espera, espera – Blay afastou-se.
– Vamos partir o sofá.
- Qu…? – Ele estava aparentemente
a falar inglês, mas diabos o levassem se ele conseguia traduzir. – Sofá?
Então apercebeu-se que tinha
empurrado Blay demais contra o apoio de braços e a coisa estava a dobrar. Que é
o que mais de duzentos quilos de sexo podem fazer a uma peça de mobiliário.
- Ó, merda, desculpa.
Estava a começar a sair quando
Blay tomou as rédeas… e Qhuinn abruptamente deu consigo fora do sofá, de costas
no chão, as pernas juntas e as calças a serem arrancadas pelos calcanhares.
Diabo. De. Boa. Ideia.
Graças ao facto de estar a
controlar, o pénis tentava levantar voo, grosso e tenso À medida que surgia e
se inclinava, dorido e inchado, sobre o ventre dele. Alcançando-o, acariciou-o
algumas vezes enquanto Blay lhe arrancava as botas que bloqueavam o caminho e
as atirava para o lado. As calças eram as próximas a desaparecer, e que Deus fosse
louvado, Qhuinn nunca na sua vida tinha ficado tão feliz por ver um par de
calças a voar por cima de um ombro.
Então, Blay começou.
Qhuinn teve de fechar os olhos
quando sentiu as coxas a serem abertas e duas mãos de guerreiro a
percorrerem-lhe o interior das pernas. Largou imediatamente a ereção… afinal,
para quê usar a mão se Blay podia…
Não foram as mãos dele que o
agarraram.
Era a boca quente e húmida que
Qhuinn tinha acabado de devorar.
Numa fração de segundo, quando a
sucção lhe apanhou a cabeça e o membro, ele teve a merda de ideia que fora Saxton
quem tinha ensinado o Blay a fazer aquilo… o caralho do primo tinha-lho feito a
ele e ele fizera-o a ele…
Para com isso, disse a si próprio.
Fossem quais fossem as lições ou a história, era a sua ereção que estava a
receber atenção agora. Então, que se fodesse.
Para se certificar de que estava a
pensar bem, forçou as pálpebras a abrir. Foda… -se…
A cabeça de Blay erguia-se e
descia sobre ele, o punho segurava a base do pénis de Qhuinn, a outra mão
sustentava-lhe os testículos. E como se Blay estivesse à espera que ele
olhasse, tirou-o da boca e lambeu os lábios.
- Não quero que sujes a sala, - disse
Blay devagar.
Foi nessa altura que ele esticou a
ponta da língua e lambeu o pírcingue estratégico de Qhuinn, a carne rosada a provocar
a argola de metal…
- Merda, estou-me a vir agora, -
rosnou Qhuinn, uma ejaculação tremenda em ebulição. – Estou…
E quê?
Também soube a pouco, não foi?
Já viram que vocês são
um bando de selvagens insaciáveis?
(he he he… olha quem fala…)
Só pensam em sekso?
Para a próxima trago
mais um bocadinho…de qualquer coisa… vou pensar…