Não aguento estar calada.
Dá-se-me umas comichões na língua
e nos dedinhos…
Ora, cá estou eu, a fala-barato do
costume.
Hoje é quinta-feira e acordei
particularmente bem-disposta.
O motivo é desconhecido, mas bem-vindo
Acordei assim e pronto!
Entretanto já telefonei para o
Jardim Zoológico e mandei-os dar uma volta ao bilhar grande. Tiveram o
descaramento de dizer que se fosse para lá tinha que ficar numa jaula como os
outros. Ora, boa noite, foi um prazer, mas não, muito obrigada! Enjaulem-se
eles se gostam!
Pela gruta, não tem havido
inundações. Visitas também não. Reina o silêncio e, depois de pendurar as crias,
a vida é bela e sorri.
De resto, estou a irritar-me com a
falta de novidades da senhora humana escritora de livros e, qualquer dia,
faço-lhe uma espera. Então a senhora humana não sabe que não se devem torturar
os animais? Vou fazer queixa à proteção dos animais e metê-la em tribunal. Até
me parece que ando com o pelo mais ralo… e se fico careca?! Então é que ninguém
me quer!
Senhora escritora, é favor começar
a cuspir informação. Os mamíferos têm sentimentos e necessidades. Não seja
cruel e diga-nos coisas… por favoooooooooor! *eu de joelhos a implorar*
Passado o drama, vamos ao qué bão!
Boas leituras.
Beijos bons.
SPOILERS
PARA ALGUNS
Reborn
Com um assobio, fez sinal aos
outros e tirou o telefone para telefonar a Butch para a limpeza.
Estacou. A mensagem que lá tinha
era da Dr Jane: Preciso que regresses
imediatamente.
(…)
Outra onda instintiva fê-lo cerrar
os dentes e teve de se dobrar enquanto praguejava.
- Ela disse-me para não te
telefonar…
Então porque é que ele estava ali?
Ó, merda, a vontade….
– Então para que me mandaste
mensagem?
- Ela não quer drogas.
Tohr abanou a cabeça, só que desta
vez foi para tentar melhorar a audição.
- O quê?
- Ela recusa medicamentos. Ela não
me dá consentimento e eu não sabia a quem mais ligar. Não consigo falar com a
Xhex… e não tem mais ninguém próximo. Ela está a sofrer…
- Droga-a na mesma.
- Ela é mais forte do que eu.
(…)
- Vai buscar os medicamentos, -
gritou para a médica.
- Ela não os quer…
- Vai buscá-los! Tu podes precisar
de consentimento, mas eu não preciso de merda nenhuma…
- Fala primeiro com ela…
- Não! – Gritou Autumn.
Foi o inferno a partir daqui,
todos a gritar uns aos outros até que a vaga seguinte chegou e calou-o a ele e
à Autumn, ambos a dobrarem-se por causa da tensão.
Lassiter apareceu no segundo em
que a vaga se foi e o segundo round
de discussão ia iniciar: o anjo foi até à cama e estendeu a mão.
Autumn acalmou-se
instantaneamente, os olhos a revirarem-se e os membros a relaxarem. O alívio de
Tohr – como se tivesse algum – era que, ao menos, o sofrimento dela tinha
desaparecido. Ele ainda estava preso à necessidade, mas ela já não se estava a
matar.
- O que é que lhe fizeste? –
Perguntou a Dr Jane.
- Só um transe. E não vai durar
muito.
Mesmo assim, aquela merda era
impressionante. As mentes dos vampiros eram mais fortes que a dos humanos e o
facto de ele conseguir aquele tipo de reação na condição em que ela estava,
sugeria que ele tinha alguns truques especiais na manga.
Os olhos de Lassiter encontraram
os de Tohr.
- Tens a certeza?
- De quê? – Atirou ele. Caralho,
ele estava quase a perder a cabeça…
- Servi-la.
Tohr atirou uma gargalhada fria.
- Nem pensar. Nunca.
Para provar o que dizia, lançou-se
para a direita, onde as seringas estavam à espera, obviamente, para usar em Autumn.
Pegando em duas, espetou-as nas coxas e injetou-se a si próprio com o que nelas
havia.
Muitos gritos, mas por pouco
tempo. O cocktail de drogas, fosse do que fosse, fez efeito imediatamente e
caiu no chão.
A última imagem que reteve antes
de se apagar foram os olhos turvos de Autumn a vê-lo cair.
Lassiter, todo bom e poderoso! Ai, o que eu havia de lhe fazer…
O totó do Tohr merecia um murro na testa!
Coitadinha da Autumn!
Machos insensíveis!...