Hoje acordei muuuito bem
disposta!
Querem saber porquê?
Por vossa causa! Sim
vocês e porquê?
Por me terem recebido tão
bem.
Não digo isto como forma
de julgar alguém, mas nunca pensei que comunicassem tão bem comigo, por ser
novata aqui.
Bem… aqui e não só!
Pelo que estou a ver,
juntei-me a uma família em que sou a mais nova.
Sim, já que, – algumas de
forma mais directa que outras – andaram a partilhar idades, bem… *eu a respirar
fundo* eu tenho 18.
Pois é, agora não me
julguem pelos cartoons sim!? – Principalmente o primeiro.
Como posso eu manter uma
mente pura com livros tão… tão…
Vocês entendem!
AH! Antes de começar!
morcego – Nunca li
sequer, mas não me sinto tentada a fazê-lo! A questão maior foi até ela (a tal
rapariga que me disse aquilo) ter comparado com algo que nunca leu,
nomeadamente a Irmandade. ;)
denise – Não digo exactamente querer ficar viciada. Mas sempre “fantasiei” com aquelas típicas
cenas que se vê nos filmes, de pessoas realmente a ler e a ter o prazer de
folhear um livro. Para além de tentar querer ter outro hobbie que não fosse um
portátil (demasiadas horas nele…).
Nasan – Concordo
plenamente linda!
Margarida ladeira e
Cláudia – Espero que gostem do que trouxe! (trouxe-vos o Wrath)
Viviana Pereira –
Fanfic’s? Eu escrevo disso por acaso xD
Bem, obrigada pelos
comentários, fofinhas, adorei! Blá, blá, blá… querem que eu pare?
Eu paro.
Quem é que daqui já se
apoderou do 7º livro, “Na Sombra da Vingança”?
Como a maioria sabe, -
até mesmo quem não leu ainda. – o livro é do Rehvenge mas… Fala de muitas
outras coisas.
É o que tem vindo a
acontecer a partir do livro do Butch, porque teve que se começar a desenvolver
outras personagens (Qhuinn… *momento para recuperar* e Blay / John também).
Umas das coisas que fala,
é no Wrath.
Tudo começou por ser uma
lenda, a lenda do Rei Cego, mas depois subiu ao trono (yeyyy) e deixou de ser
mito.
Mas não é que toda a cena
do “Cego”, vai ser levado a rigor? *tristeza*
É essa história que vou
trazer. Hoje vem a primeira parte.
Tal como eu disse ontem,
Spoiler para um, para outros, apenas uma leitura conhecida :)
-----------------------------Spoilers
Spoilers Spoilers Spoilers Spoilers----------------------------
-------------------------------------------Foste
avisado---------------------------------------------------
- Tens sangue na camisa…
e, oh, Deus, a perna das tuas calças. Wrath, o que aconteceu?
De pé no seu escritório
na mansão da Irmandade, enfrentava a sua amada shellan, Wrath puxou as duas metades do blusão de motoqueiro para
fechá-las mais sobre o peito e pensou que teria sido bom ter ao menos lavado a
sangue de minguante das mãos.
A
voz de Beth suou baixa.
- Quanto do que estou a
ver é teu?
Aos seus olhos, ela
estava tão formosa como sempre. Era a única fêmea que ele desejava, a única
companheira possível para ele. De calças de ganga e camisola preta de gola
alta, o cabelo escuro a cair-lhe sobre os ombros, ela era a coisa mais atraente
que ele jamais tinha visto. Continuava a ser.
- Wrath!
- Não todo. – O corte no
ombro sem duvida tinha pingado para a camisola sem mangas, mas também tinha
segurado o macho civil contra o peito, por isso sem duvida que o sangue desse
se havia misturado com o seu. Incapaz de permanecer quieto, caminhou pelo
escritório, indo da mesa até à janela e outra vez de lá para cá. O tapete por
baixo dos shitkickers era azul,
cinzento e creme, um Aubusson com
cores que condiziam com o azul pálido das paredes, cujas espirais curvilíneas reflectiam os delicados móveis estilo Luís
XIV. De facto, ele nunca apreciara a decoração. E muito menos agora.
- Wrath… Como foi esse
sangue aí parar? – O tom duro de Beth indicou-lhe que ela já sabia a resposta,
mas que ainda conservava a esperança de haver outra explicação. Juntando
forças, voltou-se para enfrentar o amor da sua vida através do espaço carregado
do quarto.
- Ando a lutar outra
vez.
- O quê?!
- Ando a lutar.
Beth permaneceu em
silêncio e ele alegrou-se com o facto de a porta do escritório estar fechada.
Viu os cálculos mentais que ela estava a fazer e sabia que o resultado do que
estava a somar ia juntar-se a uma e só uma coisa: estava a pensar em todas
aquelas «noites no norte» com Phury e as Escolhidas. Todas as vezes que fora
para a cama com camisolas de manga comprida, boas para ocultar hematomas,
porque «estava constipado». Todas aquelas desculpas de «estou a coxear porque
me exercitei de mais».
- Estás a lutar! –
Enfiou as mãos nos bolsos das calças de ganga e, embora não pudesse ver muito,
sabia terrivelmente bem que a camisola preta de gola alta era o complemento perfeito
para o seu olhar. – Somente para que fique claro: tu estás a dizer-me que vais
começar a lutar, ou que estiveste a lutar?
Era uma pergunta
retórica, mas evidentemente ela queria que ele reconhecesse a mentira completa.
- Estive. Durante o
último par de meses.
A fúria e a dor fluíram
dela, derramando-se sobre ele, cheirando a madeira chamuscada e a plástico
queimado.
- Olha, Beth, eu tinha
de…
- Tinhas de ser honesto
comigo! – Disse asperamente. – Isso é o que tinhas de fazer.
- Não esperava ter de
sair por mais de um mês ou dois…
- Um mês ou dois! Há
quanto tempo… - Ela clareou a garganta e baixou a voz. – Há quanto tempo estás
a fazer isso?
Quando ele respondeu,
Beth voltou a ficar calada. Depois disse:
- Desde Agosto? Agosto.
Ele preferia que ela
desse rédea solta ao seu temperamento. Que lhe gritasse. Que o insultasse.
- Sinto muito. Eu…
Merda, sinto mesmo muito.
Ela não disse mais nada
e o aroma das suas emoções afastou-se à deriva, dispersando-se pelo ar quente
que soprava pelos ralos da ventilação que havia no chão. No corredor, um doggen estava a aspirar e o som do
assessório para tapetes zumbia para cima e para baixo, para cima e para baixo.
No silencio que reinava entre eles, esses sons habituais, quotidianos, eram
algo a que raramente notava porque estava ocupado a lutar com a papelada, ou
distraído pelo facto de ter fome, ou a tentar decidir se preferia relaxar
enquanto via televisão ou no ginásio… Era um som seguro.
Mas, aquele momento
devastador para a sua união, agarrava-se à canção de embalar de Dyson com todas
as suas forças, interrogando-se se alguma vez teria a sorte de poder ignorá-la
outra vez.
- Nunca me passou pela
cabeça… - Ela pigarreou outra vez. – Nunca me passou pela cabeça que haveria
algo que não pudesses falar comigo. Sempre assumi que me dizias… Tudo o que
podias.
Quando deixou de falar,
ele estava gelado até aos ossos. A voz dela tinha adquirido o tom que usava
quando respondia a chamadas telefónicas por engano: dirigia-se a ele como se
fosse um estranho, sem nenhum calor nem interesse particular.
- Olha, Beth, eu tenho
de estar lá fora. Tenho de…
Ela abanou a cabeça e
levantou a mão para o deter.
- Não se trata do facto
de estares a lutar.
Beth olhou-o fixamente
durante um segundo. Depois voltou-se e dirigiu-se para as portas duplas.
- Beth. – Aquele
grasnido estrangulado era a voz dele?
- Não, deixa-me. Preciso
de um pouco de espaço.
- Beth, escura, não
temos guerreiros suficientes no campo de batalha…
- Não é pela luta! –
Voltou-se e enfrentou-o. – Mentiste-me! Mentiste. E não foi só uma vez, mas sim
durante quatro meses!
Wrath queria discutir,
defender-se, dizer que tinha perdido noção do tempo, que essas cento e vinte
noites e dias tinham passado à velocidade da luz, que tudo o que estivera a
fazer era pôr um pé à frente do outro, andando minuto a minuto, hora a hora,
tentando manter a raça sem submergir, tentando conter os minguantes. Não tinha
intenção de continuar a faze-lo durante tanto tempo. Não tinha planeado
enganá-la durante aquele tempo todo.
(…)
Hoje fico por aqui minha gente, é que ando a
copiar do meu próprio livro portanto… letra a letra do livro para o portátil, é
isso que estou a fazer.
Até
sexta!