Olá,
visitantes lindos do blogue!
Hoje podia dedicar esta publicação ao Raio de Luz Sexy (Olá Ana Martins!), também conhecida como Fadinha Poderosa (Olá Viv!).
Não.
Como a Cristina Santos, há mais pessoal ansioso por ler The Beast, porque estão previstas coisas interessantes (adivinhação patrocinada pela Cris Paiva), tenho de trazer mais um excertozito. Seguindo as ordens sábias da Claudia Oliveira (que manda vir mais spoilers), não vamos perder mais tempo.
Hoje
vamos ter uma velha paixão minha de barbicha (Vishooooooooooooooooooous!) com um velho ódio dele (Abaixo a Virgem! Abaixo a Virgem! Abaixo a
Virgem!). Sim, o senhor guerreiro Vishous e a sua mamã.
Como
em cada duas palavras do vampiro, cinco são palavrões, isto não foi uma tarefa
fácil… Não foi, não. Arranjei isto como pude. O conteúdo está lá… com menos
palavrões… mas está lá. (Não vai parecer ter menos palavrões... acho que tenho de agarrar naquele macho e lavar-lhe a boca com sabão... e como sou má a anatomia... he he he... Ui, o que eu havia de lavar por ali fora... por aquela vastidão toda acima e abaixo...)
Espero
que gostem!
Isto deu-me um certo trabalhinho, todo ele NÃO REMUNERADO, porque as chefes dizem não ter fundos para pagar a ninguém.
Mas agora com a Sunshine, vai haver cartazes e manifestações! Nós, unidas, jamais seremos confundidas, ou lá como se diz! Ou isso era para as fêmeas com bigode? Vou tirar a dúvida e já volto.
Obrigada pela vossa visita, pelos vossos comentários e por tudo!
Beijos
bons!
SPOILER
Vishous
retomou forma num pátio de mármore branco aberto para um céu leitoso tão vasto
e brilhante que não havia sombras nem da fonte ao centro nem das árvores do
canto cheias de tentilhões coloridos a chilrear.
Todos
eles se calaram quando pressentiram o seu estado de espírito.
-
Mãe! – A voz ecoou de encontro às paredes. – Onde estás, caralho?
Ao
caminhar, deixava um rasto de sangue vermelho e brilhante e quando parou à
porta dos aposentos privados da Virgem escrivã, caiam suavemente gotas do
cotovelo e da perna. Quando bateu e a chamou mais vezes, salpicos daquela merda
fixaram-se na porta como o verniz quando cai ao chão.
-
Foda-se.
Atirou-se
de ombro e entrou nos aposentos da mãe e estacou. Sobre a cama, por trás de
véus brancos de seda, a entidade que criara a raça dos vampiros e que lhe dera
vida a si e à irmã estava deitada completamente imóvel e em silêncio. Não tinha
forma corpórea. Era apenas um charco de luz tridimensional que outrora brilhara
como uma bomba de luz, mas que agora se assemelhava mais a uma lâmpada a óleo
baça.
-
Tens de o salvar. – Atravessando o chão despido de mármore, Vishous apercebeu-se vagamente que o quarto tinha apenas uma cama. Que interessava? –
Acorda, caralho! Há alguém muito importante a morrer e vais ajudá-lo, raios.
Se
ela tivesse corpo, ele teria agarrado nela e obrigado a prestar-lhe atenção.
Não havia braços para ele puxar para fora da cama ou ombros para abanar.
Estava
prestes a gritar outra vez quando uma voz ressoou pelo quarto como se saísse de
um sistema de som surround.
O que será, será.
Como
se isso explicasse tudo. Como se ele fosse um estúpido por ter vindo
incomodá-la. Como se ele lhe estivesse a fazer perder tempo.
-
Para que é que nos criaste se não queres saber uma merda de nós?
Estás preocupado extamente como o quê?
Com o futuro dele, ou com o teu?
-
De que merda estás a falar? – Ah, sim, e ele sabia que não devia fazer
perguntas, pois que se fodesse. – O que é que queres dizer com isso?
É mesmo preciso traduzir?
V
fechou a matraca, lembrou-se que Rhage estava a transformar-se e a morrer no
campo: trocar insultos com a mamã querida não era o mais importante.
-
Salva-o. Tira-o do conflito para eu poder operá-lo e deixo-te apodrecer em paz.
E como é que isso resolve o seu
destino?
Pronto,
ele agora sabia porque é que os humanos com problemas com as mães iam aos
programas que Lassiter via. Sempre que V se aproximava desta fêmea, saía com um
caso de psicose útero-induzida.
-
Ele fica a respirar, foda-se, é o que resolve!
O Destino será servido de outra forma.
V
imaginou Hollywood a cair no tapete da casa de banho e morrer em casa. Ou a
engasgar-se a comer uma perna de peru. Ou Deus lá saberia o que mais podia
fazer tombar um irmão.
- Então muda-o. És tão poderosa. Muda-lhe
o destino agora.
Passou
tanto tempo que ele perguntou-se se ela teria, ou não, adormecido ou uma merda
assim e, caramba, ele odiava-a tanto. Ela era tão boa a desistir, a desaparecer
do mundo, a isolar-se aqui como uma reclusa amuada porque ninguém lhe lambia as
botas como ela queria.
Que
se foda.
Entretanto,
um dos melhores guerreiros, com um papel absolutamente imprescindível na defesa
do Rei estava prestes a puf! Ir desta para melhor. E V era o último a querer
que alguém o ajudasse, mas tinha de dar o seu melhor para salvar Rhage, e quem
caralho mais o poderia fazer?
-
Ele é importante, - disparou V. – A vida dele é importante.
Para ti.
-
Foda-se, isto não tem nada a ver comigo. Ele é importante para o Rei, para a
Irmandade, para a guerra. Se o perdermos? Vamos ter um problema.
Já pensaste em ser honesto?
-
Achas que estou preocupado com ele e com Mary? Seja. Também é verdade…, porque
neste preciso momento, não pareces ser capaz de te levantar quanto mais levar
uma alma para o Fade quando a fêmea assim o desejar.
Foda-se.
Agora que o disse em voz alta, ele realmente se questionava se aquela coisa
deitada na cama poderia mesmo cumprir o que prometeu ao que parecia há muito
tempo, apesar de ter sido há três anos.
Mudou
tanta coisa.
Exceto
que ele continuava a odiar debilidades de toda a espécie. E continuava a querer
estar em qualquer lado, exceto na presença da mãe.
Deixa-me. Cansas-me.
-
Eu canso-te? Sim, porque tu tens muita merda para fazer aqui em cima. Meu Deus.
Está bem. Que se fodesse. Ele
havia de encontrar qualquer coisa. Outra coisa qualquer.
Merda,
que outra coisa poderia ser?
Vishous
virou-lhe as costas e foi para a porta que arrebentara. A cada passo que dava,
esperava que ela o chamasse, dissesse qualquer coisa, lhe espetasse um ferrão
no peito que seria quase tão letal como a bala que derrubou Rhage. Como ela não
disse nada e a porta se fechou mesmo por trás dele, quase a bater-lhe no rabo,
ele pensou que já devia ter adivinhado isto.
Ela
não se importava o suficiente com ele.
(Capítulo 4)
Todos os palavrões são poucos para esta criatura fêmea sem direito a ser tratada por mãe e sem direito a ter filhos!
Tenho dito.
Tadinho do meu V!
Tenho de ir lá dar beijinhos nos dói-dóis!
Deus queira que as dores dele sejam generalizadas! :D