Saudações Amantes da Irmandade!
A nossa Nighshade referiu em comentário, que o próximo cap. seria o 28. Contudo ela mencionou que se enganou e que na realidade é o 27.
Por isso fica aqui então o aviso, antes que venham perguntar onde anda o 28 ou afins, hihi.
Indo a mais um assunto. Apenas posso dizer que tenho pena de ter estes pequenos pedacinhos de IMMORTAL, que são aqui publicados, gostava mesmo de poder ler toda a historia seguida, saber cada pormenor, e muito mais.
Resta-me apenas dizer, e desejar que a editora reconsidere e publique este ultimo livro. É tão injusto não o ter, é tão injusto ter apenas estes pedacinhos para aguçar a nossa curiosidade.
A nossa Nighshade tem sido o nosso anjo, sim isso mesmo, anjo. Porque sem ela não haveria estas maravilhas e nos deixam ansiar por mais. Mas é tudo o que podemos fazer, é dar estes pedacinhos. E tudo o que podemos fazer é pedir a vossa ajuda, na divulgação de IMMORTAL, na divulgação de The Fallen Angels, para que assim que sabe, a editora nos dê ouvidos e lance este menino cá.
Immortal 6
Capítulo 27
- Posso ajudar.
Não foi uma pergunta. E a atitude encontrava-se mais na
linha do «Que está aqui a fazer?»
Jim, ao parar no chão de mármore brilhante do vestíbulo
do hotel Freidmont, olha para o Sr. Oficioso que comandava a recepção. O tipo
vestia um fato preto discreto com uma identificação dourada, uma camisa branca
brilhante e uma gravata preta, como se fosse o maître de uma casa funerária.
- A entrada de serviço é nas traseiras - foi a indicação.
Eeeeee é por isso que era melhor ficar invisível.
- Estou aqui para ver um hóspede - murmurou Jim avançando
para os elevadores.
- Desculpe - disse o homem, apressando-se para fora do
balcão.
Jim esticou o braço e com a mão fez o sacaninha ficar
quieto. Depois, com um giro rápido e um empurrão metafísico, enviou o
engravatado de volta à sua estação.
Jim toma e elevador em vez das escadas.
Por um lado, porque o conjunto de portas ornamentadas
abriu-se de imediato, como se soubesse que precisava de boleia. Ha-Ha. Por outro lado, quanto mais perto
ficava do demónio, mais atrapalhado se sentia e isso limitava os seus poderes
ao ponto de ficar susceptível como o cabrão da recepção.
Entretanto, ele carrega no botão que diz PH e olha para a
linha de números por cima das portas, com uma série de dings suaves. O progresso da subida do edifício antigo era lento e
estável.
O seu temperamento subia também.
Havia espelhos em todo o interior do elevador e ele
evitou olhar para si mesmo. Não queria pensar em mais nada a não ser na
mensagem clara que daria a Devina… e o reflexo da sua barba por fazer e do seu
ar exausto lembrava-o demais do quão perto estava do esgotamento.
Olhando para cima, de forma a ficar a olhar para as
esculturas da madeira ornamentada do tecto, murmura:
- Nigel, espero bem que me apoies.
Com um ding
final a coisa parou com um balanço e as portas abriram-se silenciosamente. O
corredor em frente era feito com o mesmo material sombrio, castanho e dourado
como o vestíbulo, a carpete em remoinhos, as paredes listradas, os acessórios
em cristal.
Ele estava a cagar para aquilo.
No fim do corredor, ele faz um punho e bate na porta com
força.
Com um clique, a coisa desbloqueou-se e abriu-se sozinha.
A sala do outro lado com o seu imobiliário elegante, bar e vista sobre o rio,
estava iluminada por velas que flamejavam. R&B tocava em colunas escondidas
e um tipo de cheiro sensual enchia o ar.
E lá estava ela.
O demónio estava sentado numa cadeira, completamente nu,
com as pernas à Sharon Stone, recostado para trás e apalpando os seios.
- Saudades minhas - disse Devina, arrastando as palavras.
Ele fechou a porta com um pontapé.
- Que merda estás a fazer?
- Estou à espera que digas um «olá» como deve ser. De
preferência com alguma penetração. - Uma das mãos dela foi para o centro das
pernas. - Estou à espera.
- Precisas de te afastar da Sissy.
O demónio exalou uma imprecação.
- Ela outra vez. Olha Jim, não há razão para fingir, não
é como se o Adrian estivesse aqui. Ou aquela rapariguinha idiota.
Ele caminhou até ao mal, mas não chegou muito perto.
- Tu não me vais querer desafiar nisto. Sissy está fora
do teu alcance.
Devina fechou os olhos. Depois cruzou as pernas.
- Está mesmo? Desde quando é que és tu a definir as
regras?
- Queres-te atirar a mim, porreiro. Mas deixa-a em paz.
O demónio saltou ficando de pé e desfilou até ao bar, os
seus sapatos vermelhos altíssimos a fazerem barulho no mármore e a ficarem
silenciosos nas áreas atapetadas.
- És um verdadeiro filho da puta, Jim. - Ela derramou um
líquido claro de um shaker de prata
para um copo de martini. A azeitona que atirou era da cor verde-tropa. - Achas
que sou maléfica? O que chamas a um homem que é infiel, directamente na cara da
sua amante, huh?
Ele riu-se duramente.
- Como se tu e eu estivéssemos numa relação.
- Nós estamos numa relação.
- És louca. Quero dizer, realmente, és como… és
completamente louca.
Devina ficou quieta e desperdiçou algum tempo num longo
gole do copo cuja borda era afiada como uma faca. Os seus olhos negros
brilhantes sempre colados em Jim.
- Tenho outros planos para nós esta noite - ela murmura
-, mas parece que vamos ter que fazer isto da maneira mais difícil.
- Se estás a falar de sexo, isso não vai acontecer.
- Já disseste isso antes. - O seu tom era de aborrecimento
quando pousou o copo e contornou o bar. - Só quero que saibas que tudo isto é
culpa tua.
- Desculpa? De que puta de merda é que estás a falar?
- Isto tudo é por tua conta. - Num sofá coberto de seda,
ela abaixa-se até uma mala enorme e começa a vasculhar. - Ah sim, aqui está.
Quando ela se vira para ele, segurava numa mão o
ornamento do capô do Mercedes, e na
outra, uma faca de cozinha.
- Que caralho é que estás a fazer? - Exigiu ele saber.
- Não reconheces isto? - Ela mostra o círculo com as três
partes divididas. - Pertence ao meu carro.
- Então, mostra-o ao teu mecânico. Que me importa isso?
- Estás a ser, seriamente uma decepção agora, sabias
disso? - Ela regressou ao bar e colocou o objecto num cinzeiro. - Não te
lembras da outra noite?
- Desculpa. Tenho andado a tentar esquecer todos os
momentos que passei na tua presença.
Ela fechou os olhos como se lhe doesse o peito. Mas
depois pareceu recompor-se.
- Tu e eu tivemos alguns arrufos e fui algo agressiva com
o meu carro.
- Sim, tentaste passar-me a ferro.
- Sim, tentei. E acontece que, tu foste simpático o
suficiente para me deixares uma pequena lembrança.
Sons de alerta começaram a ressoar na cabeça dele quando
começou a juntar dois mais dois e o resultado ser igual a fodido para ele.
Mas era tarde demais.
- E isto já provou ser bastante útil.
Antes que ele pudesse reagir de forma proactiva, ela
derrama um pouco de álcool no topo da peça de metal prateada e cospe uma bola
de fogo para a coisa.
Instantaneamente, Jim ficou em chamas. Mesmo com a pele a
permanecer intacta, ele sentiu-se a queimar até aos ossos, a dor
incapacitando-o e levando-o até ao oriental falso.
- Como podes ver, Jim, não fui eu que fiz com que Sissy
fizesse parte disto. Foi o Criador. Portanto, a culpa não é minha e não há nada
que possas fazer para mudar isso.
Contorcendo-se numa bola, ele não encontrou alívio, então
endireitou-se, tentando diminuir a agonia. No fim, tudo o que podia fazer era
cerrar os dentes e tentar não gritar, especialmente quando ela se aproximou,
aqueles saltos-altos vermelhos-sangue a pararem bem perto da cara dele.
Ajoelhando-se, ela atira alguns dos seus cabelos para
trás do ombro e coloca o cinzeiro no chão ao pé dele.
Se ele, pelo menos, lhe conseguisse chegar…
- Oh, não - disse ela, afastando o fogo do alcance dele.
- Não, isto é o meu brinquedo. Tal como tu.
Como a cabra doentia que era, ela começou a masturbar-se,
vendo-o a sofrer, indo até ao ponto de se deitar ao lado dele, os seus seios
perfeitos a arfarem, o seu corpo a ondular, enquanto se tocava na carpete com
ele a grunhir e a praguejar com dor. E depois, antes de se vir, ela agarra no
pénis dele, apalpando-o como se isso o fosse excitar ou alguma merda assim.
Enfraquecido pela agonia, com a cabeça à roda devido à
dor, ele não conseguia coordenar os braços e as pernas para a tirar dali.
Quando ela se veio, gritou o nome dele em plenos pulmões,
quase como se esperasse que Sissy a conseguisse ouvir por magia.
E, de seguida, houve um momento de calma e ela olha para
ele como se fosse uma sobremesa. O que quer que fosse, ele estava quase a
desmaiar quando ela coloca o braço dela sobre a cara como se não conseguisse
acreditar a quão bom tinha sido.
Merda, era a oportunidade que ele estava à espera.
Sacudiu-se na direcção do cinzeiro…
- Não é para ti - disse ela com um sorriso. - Não, não,
isso é meu.
Esticando os lábios, ela inclina-se para o cinzeiro… e
sopra as chamas de uma só vez.
O alívio foi instantâneo, a sensação de queimar a deixar
o corpo dele no segundo em que já não havia nada para além de um fio de fumo
sobre o emblema do Mercedes. Excepto
que, o estrago já estava feito. Apesar da pele dele não estar pendurada em
pregas, ele era uma vítima de fogo, os seus membros com fortes espasmos e a sua
visão a focar e a desfocar.
- Oh Jim, eu amo-te.
O tom de voz dela era fodidamente delirante, como se ele
lhe tivesse oferecido um conjunto de pérolas ou um casaco de vison, em oposição de ele se ter tornado
numa queimadura de terceiro grau, à medida que ela se armava em YouPorn.
Ele estava vagamente consciente quando ela se sentou e
ajeitou o cabelo.
- Portanto, esta coisa dá-me bastante controlo sobre ti.
Foi uma pena como acabou, se bem que, não tenho a certeza se conseguiria manter
a mentira se fodesse com o corpo de Sissy. Mas pronto… - Ela agarra no cinzeiro
e depois olha em volta. - Isto vai tomar conta de tudo.
Esticando um braço, ela puxa um lenço de papel da caixa
da mesa de café.
- Sei muito bem que isto não te vai fazer ficar parado,
por isso, vou ter alguma precaução. - Trazendo o lenço de papel à boca dela,
ela fala para a coisa, depois sopra as camadas de papel uma vez, duas vezes…
três vezes. - Aqui vamos nós.
No instante em que ela cobre o emblema com o lenço de
papel, um peso enorme cai sobre Jim, imobilizando o seu corpo já fraco,
mantendo-o no chão, mesmo que, aparentemente, não houvesse nada sobre ele.
Devina pôs o cinzeiro na mesa de café e olhou para baixo,
para ele.
- Onde está o teu telemóvel, Jim?
Não havia maneira de responder à pergunta, pois ele não
podia abrir a boca ou usar a sua língua. A única coisa que parecia ser capaz de
fazer era respirar… isso e ter pulsação.
- Bem, vou ter que te revistar.
Ela montou-o naqueles saltos-altos e inclinou-se para
ele, os seios cheios dela a balançarem à medida que ela o vasculhava com as
mãos no corpo todo, e não apenas em torno dos bolsos das calças de ganga que
ele tinha acabado de mudar.
- Sem telemóvel, bolas. Mas isto… é melhor eu tirar-te
esta pequena faca. Só no caso de…
Com um gesto floreado, ela desembainhou a adaga de
cristal do sítio onde ele tinha nas suas costas. Trazendo a arma até à cara
dele, ela sorriu como um tubarão.
- Estavas a planear usar isto contra mim? Merda, devia de
ter mantido o sutiã e as cuecas vestidas, assim tu poderias tê-los cortado.
Isso teria sido escaldante.
Ele só podia piscar os olhos, mas o ódio que o consumia
devia ser perceptível, porque ela fez aquela merda da rotina do beicinho.
- Oh, vá lá, Jim… temos que manter as coisas apimentadas
na cama. Faz os casais aproximarem-se. Li isso num artigo qualquer no Facebook.
Jesus Cristo, esta puta é…
- Okay, então
sem telefone, alguma hipótese de o teres deixado com a tua miúda? Porque isso
seria tão conveniente, não fazes ideia como.
Endireitando-se, ela foi até à mala novamente e tirou de
lá um iPhone. Depois de marcar,
coloca o objecto na orelha.
Quando a chamada foi atendida, ela disse sombriamente:
- Olá, Sissy.
Os olhos dela fixaram-se nele enquanto ele tentava lutar
contra às barras inexistentes que o mantinham no chão.
- Penso que precisas de me ver.
Jim cerrou os dentes e lutou com tanta força que os seus
ossos doíam, e a única coisa que aconteceu foi o lenço de papel no cinzeiro
mover-se ligeiramente.
- Penthouse.
Hotel Freidmont, no centro… Vou deixar a recepção saber que te
espero. Porquê? - Os olhos dela semicerraram-se. - Porque o Jim está a chegar
aqui a qualquer momento, e eu acho que já chega de palhaçadas. Precisas de ver
isto com os teus próprios olhos. E antes que perguntes, não, não é uma
armadilha. De facto, aposto contigo em como Jim te disse que tinha que sair
esta noite, não foi? Por isso, arrasta o teu rabo até aqui e sê a mulher forte
que eu sei que queres ser.
Devina terminou a chamada e abanou a cabeça com espanto.
- Tu estás tão danado agora, não estás? Mas não podes
dizer nada, não podes fazer nada. Sabes, eu devia de ter tentado atropelar-te
com o meu Benz semanas atrás. Isto é
tão bom para o nosso relacionamento.
Ela atirou com o telemóvel de volta para a mala e olhou
para o corpo dele de cima a baixo.
- E agora, uma mudança de roupas.
Com um aceno da mão dela, ele ficou nu, os seus tecidos a
desmaterializarem como fumo com a brisa de ar fresco.
E depois, algo horrífico aconteceu.
Uma onda de náusea atingiu-o bem no estômago, que foi
seguida de uma estranha vertigem, uma que parecia afectar a sua cabeça e o seu
corpo.
- Santa… merda - suspirou Devina. - Eu sou mesmo boa como
o milho.
Demorou um segundo para Jim perceber o que ela estava a
fazer. Oh… Foda-se…
- Tenho que te permitir alguns movimentos. Não quero
parecer morta. - Ela redireccionou um olhar para o cinzeiro… e subitamente ele
podia, se tentasse a sério, levantar a cabeça cerca de dois centímetros da
carpete. - Para além disso, quero que admires a minha obra de arte.
Jesus Cristo, não…
Ele havia-se tornado na Devina. Ele tinha o corpo nu dela
e o cabelo dela, as suas longas pernas, aqueles malditos sapatos.
Não! Gritou ele sem fazer qualquer som.
- E agora, o meu disfarce.
Num piscar de olhos… ela tornou-se nele. Tudo, desde os
seus ombros largos às suas pernas pesadas.
- O que é que achas? - Ela pergunta com a voz dele. -
Devemos de nos lembrar disto para o Halloween,
não achas?
E o que acharam ein? Aiiiiii meu coração....
Obrigada uma vez mais Nighshade.
Beijão fofo e até a próxima Sombra....
*Nasan