OPINIÃO MAIS SÉRIA ACERCA DE LOVER AT LAST - SPOILERS


Já lhe chamei orgasmático, não já? (he he he)

Agora que estou melhorzinha dos pirulitos, das hormonas e vai-se lá saber mais do quê, estou pronta para falar acerca deste livro.
Do meu ponto de vista, o tema da homossexualidade foi tratado com a maior dignidade. JR Ward está de parabéns pela forma honesta e respeitosa como tratou esta temática. Aquilo que aconteceu, em termos amorosos, aconteceu entre duas pessoas, dois seres humanos, tal como nos romances anteriores. Já sabemos que há os exageros inerentes à raça vampírica e ao género literário, mas, na globalidade, não houve qualquer tipo de discriminação, ou de comentário manhoso. Gostei.
Evidentemente, soube a pouco. Como sabem todos os livros desta série. Acaba-se e fica-se com vontade de ler mais. Normal. As novas personagens estão cada vez mais interessantes, incluindo a senhora Layla que andou a aprender algumas coisas da vida com o Qhuinn.
Quanto à ligação Qhuinn/Blay, e porque é inevitável o preconceito, se querem saber quem é o macho dominante da relação, a resposta é: os dois. Dependendo do momento e da situação, um sobrepõe-se ao outro. Basicamente, complementam-se. Dou-vos como exemplo o facto de o odor da ligação (as ditas especiarias do macho) terem sido libertadas por Blay, mas é Qhuinn que se ajoelha para o pedir em casamento. Se Qhuinn é o mais agressivo fisicamente dos dois guerreiros, também é verdade que é aquele que, emocionalmente, mais vezes quebra e é Blay quem lhe dá força. Enfim… Adorei. Pus estes dois ao lado do meu Z (o rei da sensibilidade) e do meu V (o rei do gelo).
Outro que anda a disputar o lugar dos meus ZV é o Xcor. Mais um torturado, desfigurado, analfabeto, violento até ao osso e que agora me está a deixar em pulgas.



SPOILERS E TRADUÇÃO LIVRE DE TRAZER POR CASA



Layla alimentou Throe e, como ela era uma inocente, ele chamou-a para alimentar Xcor. Ela só se apercebeu muito mais tarde que não deveria ter feito isso. Cada vez que se queria acalmar e não pensar na possibilidade de perder o bebé, pensava nele. Quando melhorou, saiu de casa com o carro (Qhuinn ensinou-a a conduzir).

(capítulo 80 - Lover at Last)

- Ela não era uma criatura de guerra. Nunca o fora. Mas ela sabia instintivamente que no código dos guerreiros, desarmar-se perante outros era uma vulnerabilidade dificilmente exposta. Ele continuava mortífero, claro – um macho com aquela estrutura e treino era capaz de matar só com as mãos.
Ele, no entanto, estava a oferecer-se a ela. Provando do modo mais visível possível que não lhe queria nenhum mal. (…)
Ela destranca as portas. Que a Virgem Escrivã a ajude… mas ela destrancou as portas.
Mal o som das portas se ouviu, Xcor fechou os olhos por instantes, a expressão mais relaxada, como se lhe tivessem oferecido algo que ele não estava à espera. (…)
Com as luzes do carro acesas, ela conseguiu vê-lo melhor. Ele também respirava com dificuldade, o peito largo a subir e a descer, a boca ligeiramente entreaberta. Parecia selvagem, nem um pequeno véu de civilização naqueles traços. E apesar de outros o poderem chamar de feio por causa da deformação, para ela… ele era bonito.
E isso era um pecado.
- Tu existes – disse para si própria.
- Sim. – A voz grave e ressonante uma carícia nos seus ouvidos. Mas depois falhou, como se estivesse em sofrimento. – E tu estás com cria.
- Sim.
Ele fechou os olhos novamente, mas agora era como se tivesse sido atingido por um raio.
- Eu vi-te.
- Quando?
- Na clínica. Noites e noites atrás. Pensei que te tinham batido.
- A Irmandade? Porque é que alguma vez…
- Por minha causa. – Os olhos abriram-se e havia tanta angústia neles, ela queria reconfortá-lo de alguma forma. – Eu nunca te teria escolhido para estares nesta posição. Tu não pertences à guerra e o meu tenente nunca, nunca deveria ter-te trazido para ela. – A voz tornou-se cada vez mais grave. - Tu és uma inocente. Até eu, que não tenho honra, vejo isso instantaneamente.
Se não tem honra, porque é que se desarmou, pensou ela.
- Estás acasalada? – Perguntou asperamente.
- Não.
Abruptamente, o lábio superior retraiu-se mostrando umas enormes presas:
- Se foste violada…
- Não. Não, não – Eu escolhi isto para mim. Por causa do macho. Chegou a minha necessidade e só conseguia pensar em como queria ser mahmen de alguma coisa que fosse minha.
Aqueles olhos semicerrados fecharam-se novamente e levou uma mão calejada até à cara. Escondendo aquela boca irregular, disse:
- Gostaria que eu…
- O quê?
- … que eu fosse digno de te dar o que desejavas. (…) Diz-me que te estão a tratar bem apesar de me teres ajudado.
- Sim – sussurrou. – Muito bem.
Ele baixou a mão e deixou cair a cabeça para trás de alívio.
- Isso é bom. Isso é… bom.  E tu tens de me perdoar por ter vindo cá ter. Senti-te e descobri que não conseguia evitá-lo. (…) Pensas naquela noite? – Perguntou numa voz suave.
Layla olhou para as mãos. – Sim.
- E dói, não é?
- Sim.
- A mim também. Estás sempre no meu pensamento, mas por diferentes motivos, aventuro-me a dizer. (…) Apareces-me nos sonhos – murmurou – todos os dias, persegues-me. O teu cheiro, a tua voz, os teus olhos… esta boca.
Levantou a mão e acariciou-lhe o lábio inferior com o dedo calejado.
Fechando os olhos, Layla inclinou-se para o toque, sabendo que isso seria a única coisa que teria dele. Estavam em lados opostos da guerra e, apesar de não saber pormenores, ouviu o suficiente para saber que ele estava certo. Ele não podia desfazer o que estava feito. E isso significava que o iam matar.
- Não acredito que me tenhas deixado tocar-te. – A voz mais rouca. – Hei de me lembrar disto pelo resto das minhas noites.
As lágrimas saltaram-lhe dos olhos. Querida Virgem Escrivã, durante toda a vida esperou por um momento como esse.
- Não chores. – O polegar subiu até às faces. – Bela fêmea de valor, não chores. (…) Tenho de ir – disse abruptamente. (…) -  Bela Escolhida, fica a saber que se alguma vez precisares de mim, eu estarei aqui.
Tirou uma coisa do bolso – um telemóvel. Mostrando-o, iluminou o visor com um toque:
- Consegues ler este número?
Layla pestanejou com força e obrigou os olhos a focar.
- Sim, consigo.
- Sou eu. E sabes como me encontrar. E se a tua consciência exigir que facultes esta informação à Irmandade, eu compreendo.
Ele não conseguia ler os números, percebeu… e não era por falta de visão. Tristemente imaginou que triste vida teria ele tido.
- Fica bem, minha bela Escolhida – disse, a olhar para ela com olhos não de um amante, mas de um hellren.


Andei a trabalhar bem, não andei? Espero que gostem!

Ai o Xcor… Vai ser o X que falta entre os meus V e Z para me completar o alfabeto!
Porque é que tenho a sensação que estou cada vez mais viciada nisto?
E quando é que sai o próximo livro?


3 comentários:

Irmandade da adaga negra disse...

Virgem Santissima!

Estou rendida!! Tenho de ler esse livro o mais rápido possível, é caso de vida ou morte!!!! E nestas altura que odeio o meu Ingles ser tãooo mau. snif snif

*Nasan

Sara Filipa disse...

OMG estou ansiosa para que saiam os outros livros para poder ter na mao, sinceramente demoram tanto que eu nao aguento a espera. felizmente o meu ingles é razoavel o suficiente para conseguir perceber

Alex Nason disse...

Acho simplesmente maravilhoso a capacidade que a J. R. tem de nos viciar.
Tenho experiência com coisas que, depois de um tempo, começam a ser repetitivas e maçadoras. Mas não aqui! Estou sempre cativada para ler algo mais! E logo eu que sempre fui coração de gelo para com a leitura.
Também nunca gramei escolhidas, mas estou contente pela Layla. Devido a ingenuidade, já sofreu muito.
E também estou com um pressentimento que esse Xcor me vai fazer dar em maluca, ou seja, será o 4...
Beijinhos

 

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