ANJO DA GUARDA A TENTAR GUARDAR



Muito boa quinta-feira!

Olá, minhas lindonas e meus lindões!

Ontem trovejou tanto na minha terra que parecia que os paparazzi tinham dado com a minha gruta. Senti-me uma estrela de cinema…

Na verdade, ainda alucinei, achei que era o Lassiter que me vinha visitar e que aqueles clarões todos fossem o anjo a mandar-me sinais de luzes. Depois, ouvi um barulho “BRRRUUUUOOOOOM” e eu disse para os meus botões - estava de pijama, daí os botões -: É o meu Qhuinn que já vem a rosnar! Toda excitada, vou para a porta da gruta em pose sexy. Resultado: era a trovoada.
Não gostei.
O espetáculo foi bonito, sim senhor. Mas ficou aquém das expectativas.

A minha comentadeira Margarida Ladeira (era para rimar…), por quem tenho a maior estima, continua na mesma. É um daqueles casos que comprovam a minha teoria: a idade traz lucidez e inteligência. Isto tudo para dizer que ela quer cenas de sexo. (He he he…  Eu também queria… Mas era trovoada! Piu!)

Não murchem, há de aparecer coisas picanto-escaldanto-sensuais. Mas vamos com calminha, porque os preliminares são uma coisa muito bonita e eu gosto :D

Continuando com os preliminares, hoje vem uma conversa Tohr / Lassiter que, no próximo livro, é um ponto decisivo.
Mantive as expressões Fade, Dhund e In Between [no meio, talvez traduzível para vazio ou vácuo], porque as nossas traduções andam a ficar estranhas e cada dia aparece a sua versão. Mantive-as no original, porque o que é original é bom! (Já vos falei da originalidade de um Vishous na… cala-te! Ganha Juízo! Vais babar o teclado outra vez! Parva da m*#da…)

Boas leituras e beijos bons.

(Vamos ver se tenho mais sorte esta noite…)



SPOILERS PARA ALGUNS
LOVER REBORN





Com um gemido, apertou a cana do nariz. Por que diabo pensou, nem que tivesse sido por segundos, que aquela fêmea estaria sexualmente interessada num macho?
- Porque achaste que ela se sentia atraída por ti e isso assustou-te.
Tohr fechou os olhos.
- Agora não, Lassiter.
Obviamente, o anjo caído não prestou atenção ao sinal POLÍCIA – NÃO TRESPASSAR. O idiota de cabelo loiro e negro entrou e sentou-se num dos bancos, apoiou os cotovelos nos joelhos das calças de cabedal, aqueles estranhos olhos brancos firmes e sérios.
- É altura de termos uma conversa.
- Acerca das minhas capacidades de socialização? – Tohr abana a cabeça. – Sem ofensa, mas prefiro receber conselhos do Rhage, e isso já diz muita coisa.
- Já ouviste falar no In Between?
Desajeitado, Tohr rodou sobre o pé são.
- Não estou interessado em aulas de frações. Obrigado.
- É um sítio bem real.
- Também Cleveland. Detroit. A baixa de Burbank. E não preciso de saber nada sobre eles.
- Ela não está no Fade.
Ok. Certo. Provavelmente deveria prestar atenção.
- Que caralho estás tu a dizer?
Só conseguia olhar fixamente para o tipo.
- Ela não está onde pensas que está. – Murmurou o anjo.
Com a boca seca, conseguiu perguntar:
- Ela está no inferno? Essa é a única alternativa.
- Não, não é.
Tohr inspirou fundo.
- A minha shellan era uma fêmea de valor e ela está no Fade. Não há motivos para estar no Dhund. Quanto a mim, já me chega de atacar pescoços esta noite. Por isso, vou até aquela porta – apontou para a porta da divisão ao lado para exemplificar – e tu vais-me deixar ir. Porque eu não estou com disposição para te ouvir.
Voltando-se, começou a mancar com o auxílio da muleta que No’ One trouxera.
- Tens muitas certezas acerca de merdas que não sabes.
Tohr parou. Fechou novamente os olhos. Lançou uma oração a pedir uma emoção, uma emoção qualquer, outra para além da vontade de matar.
Não teve sorte.
Olhou por cima do ombro:
- Tu és um anjo, certo? Então, é suposto teres compaixão. Acabei de acusar uma fêmea, que foi violada até engravidar, de prostituta. Achas mesmo que eu aguento falar agora da minha shellan?
Há três locais na outra vida. O Fade, onde os entes queridos se reencontram. Dhund, para onde vão os injustos. E o In Between
- Ouviste o que eu te disse?
- … que é onde as almas ficam presas. Não é como os outros dois…
- Tu queres saber?
- … porque o In Between é diferente para todos. Neste momento, a tua shellan e a tua cria estão lá presos por tua causa. Foi por isso que vim… Estou aqui para te ajudar, para os ajudar a chegar onde deviam estar.
Diabo, que boa altura para ter um pé fodido, pensou Tohr, porque repentinamente deixou de ter equilíbrio. Ou era isso, ou o centro de treino estava a girar sobre o eixo da casa.
- Não entendo. – Sussurrou ele.
- Tu tens de seguir em frente, meu amigo. Para de te agarrares a ela, para que ela possa seguir…
- Não há purgatório, se é isso que estás a querer dizer…
- De onde caralho pensas que vim?
Tohr levantou uma sobrancelha.
- Queres mesmo que eu responda?
- Não teve piada. E eu estou a falar a sério.
- Não, tu estás a mentir.
- Já alguma vez te perguntaste como é que eu te encontrei naquele bosque? Porque é que fiquei aqui? Alguma vez te perguntaste porque é que estou a perder tempo contigo? A tua shellan e o teu filho estão presos e eu fui enviado aqui para os libertar.
- Filho? – Expirou Tohr.
- Sim, ela estava grávida de um rapazinho.
As pernas de Tohr perderam a força, felizmente, o anjo deu um salto em frente e segurou-o antes que partisse alguma coisa.
- Anda cá. – Lassiter levou-o até ao banco. – Estaciona aqui e põe a cabeça nos joelhos, a tua cor fugiu.
Pela primeira vez, Tohr não se debateu; deixou o rabo cair e permitiu ser abraçado pelo anjo. Ao abrir a boca para tentar respirar, reparou, sem motivo aparente, que os mosaicos do chão não eram completamente azuis-claros, tinham pintas de outras cores, brancas, cinzentas, azuis escuras.
Uma grande mão começou a fazer círculos nas suas costas e sentiu-se estranhamente confortado.
- Um filho… - Tohr ergueu um pouco a cabeça e passou a mão na cara. – Eu queria um filho.
- Ela também.
Olhou para o anjo fixamente.
- Ela nunca mo disse.
- Ela não disse porque não queria que andasses de peito inchado por haver dois machos em casa.
Tohr riu-se. Ou se calhar era um soluço.
- Era mulher para isso.
- Era.
- Então, tu viste-a.
- Sim. Tohr, ela não está bem.
De repente, ele sentiu-se como…
- Acho que vou vomitar. – O que era melhor do que chorar. – Purgatório?
- O In Between. E há razões para o facto de ninguém saber da sua existência. Quando se morre, vai-se para o Fade, ou Dhund, a experiência de onde se esteve é esquecida, uma recordação má que se esvai. E se as janelas se encerram, fica-se lá para sempre, não é como se se preenchesse relatórios sobre a paisagem.
- Não percebo… ela teve uma boa vida. Ela era uma fêmea de valor que foi levada cedo. Porque é que não havia de ir para o Fade?
- Ouviste o que eu te disse? Por tua causa.
- Eu? – Atirou com as mãos ao ar. – Que caralho fiz eu de errado? Estou vivo, respiro… não me matei e não o vou…
- Tu não a deixaste ir. Não negues. Vamos lá, olha o que fizeste à No’ One. Entraste e ela estava nua, não por culpa dela, e deste-lhe cabo da cabeça porque achaste que ela estava a dar em cima de ti para ter sexo escaldante.
- E há alguma coisa de mal não querer ser cobiçado? – Tohr enrugou a testa. – E como é que sabes o que aconteceu?
- Tu acreditas que agora andas sozinho, não acreditas? E o problema não é da No’ One. O problema és tu – tu não queres estar atraído por ela.
- Eu não estou atraído por ela. Não estou.
- Mas não há problema se estiveres. Essa é que é a questão.
Tohr agarrou o anjo pela camisola e ergueu-o.
- Tenho duas coisas para te dizer. Não acredito no que me dizes e se sabes o que é bom para ti, fecha a merda da boca antes de falares da minha companheira.
Quando Tohr o soltou e regressou ao chão, Lassiter pragueja.
- Não tens a vida toda para isto, amigo.
- Sai do meu quarto.
- Estás disposto a arriscar a eternidade dela por causa da tua raiva? És assim tão arrogante?
Tohr olhou-o por cima do ombro… mas o filho da mãe tinha desaparecido: só havia ar por cima do banco onde o anjo tinha estado E era difícil discutir assim.
- Quero lá saber. Maluco do caralho.


E quê, gente?
O anjo não está a ficar mais fixe?
Eu, neste livro, abotei-me na choradeira… foi uma tristeza pegada.
Mas as cenas de muita emoção sensível não traduzo.
Se me dá para o sentimento já não consigo fazer nadinha.

Sim… estou a precisar de ir ao veterinário…

2 comentários:

Viv disse...

O Lassi +é um fofo quando quer ;P
Thanks for the translation XD

Margarida disse...

MorCeGo, quero tudo a que tenho direito!!!! E que tu estas sempre a prometer!!!! O próximo livro tem uma historia muito bonita mas triste e o Lassiter vai brilhar concerteza.

 

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