LASSITEEEEEEER!...


Estou cheiinha de chuva!
E hoje é quarta-feira.

Ora, como ninguém me diz se devo, ou não continuar nesta linha, resolvi justicar-me para vos andar a vender o anjo.

1 – É uma personagem surpreendente que vai conquistar a simpatia de todos, porque vai mostrar um lado que nunca tinha mostrado e, porque vai sofrer uma evolução muito grande.

2 – Precisava de mudar de texto: perdi a conta das vezes que li e reli o Guia e o Lover at Last à procura de coisas para traduzir.

3 – Tenciono andar às voltas e regressar ao que deixei pendurado (Qhuiiiiiinn!...).

4 – Se não me disserem nada, papam o que eu vos der.

Agora que me justifiquei, vou-me desculpar.

Sim, ando rabugenta, impossível de aturar e com os instintos assassinos à tona. Vou tirar um curso de relaxamento e, caso os planetas não se alinhem para conspirar contra mim, aparecerei mais calmita daqui a pouco tempo.

MAS COMO AINDA NÃO PASSOU UMA SEMANA… Estou a brincar…

Meus amores, para os que querem recordar, ou para os que querem saber… deixo-vos o destravado do Lassiter, com votos de continuação de boa semana e Beijos bons!






SPOILERS LOVER REBORN



[Tohr com o vestido de casamento da sua falecida shellan]


As lágrimas que lhe saíram dos olhos eram silenciosas, do género das que se escapavam e encharcam almofadas, que seguem pela cana do nariz e sãolivres para cair umas atrás das outras como a chuva por uma brecha no telhado.
O polegar ia e vinha sobre o cetim, como se estivesse a acariciar-lhe a anca como fazia quando estavam juntos, ergueu uma perna de maneira a ficar por cima da saia.
Mas não era a mesma coisa. Não havia um corpo por baixo, e o tecido cheirava a limões, não à pele dela. E ele estava, no fim de contas, sozinho num quarto que não era deles.
- Meu Deus, tenho saudades tuas. – a voz falhou. – Todas as noites. Todos os dias…
Do outro lado do quarto escuro, Lassiter estava num canto perto da cómoda, a sentir-se um farrapo enquanto Tohr sussurrava ao vestido.
A esfregar a cara, perguntou-se porquê… porque diabo, de todas as formas como se podia livrar do “In Between” [no meio], tinha de ser assim?
Aquela merda estava a afetá-lo.
A ele. O anjo que não queria saber nada dos outros, aquele que devia ser um negociador de disputas, ou um advogado ou outra qualquer coisa na terra em que foder os outros fosse uma mais-valia para a carreira.
Ele nunca deveria ser um anjo. Isso requeria um talento que ele não tinha, e que não conseguia fingir ter.
Quando o Criador foi ter com ele com a oportunidade de se redimir, ficou demasiado concentrado na ideia de se ver livre que nem pensou nos pormenores da missão. Só ouviu qualquer coisa como “Vai à terra, pões este vampiro outra vez nos trilhos, libertas-lhe a shellan” blá, blá, blá… Depois disso libertaram-no para ir à vida, em vez de ficar preso na terra do nem-cá-nem-lá. Pareceu-lhe um bom negócio. E, no início, foi. Aparecer no bosque com um Big Mac, alimentar o desgraçado, arrastá-lo de volta até aqui… e depois esperar que Tohr ficasse suficientemente forte fisicamente para iniciar o processo do seguir em frente.
Bom plano. Exceto que depois veio o impasse.
“Seguir em frente” era, aparentemente, mais do que lutar contra o inimigo.
Estava a perder a esperança, estava prestes a render-se… quando subitamente aquela fêmea No’One apareceu na casa - e pela primeira vez, Tohr conseguiu concentrar-se nalguma coisa.
Foi quando se lhe fez luz na cabeça: “seguir em frente” exigiria outro tipo de participação no mundo.
Claro. Certo. Ótimo. Arranjar-lhe uma queca, porreiro. Assim toda a gente ficava a ganhar – especialmente o próprio Lassiter. Merda, assim que viu No’One sem o capuz, ele soube que estava no caminho certo. Ela era lindíssima, o tipo de fêmea que faria um macho desinteressado pela vida andar um pouco mais direito e puxar as calças para cima. Tinha uma pele branquíssima, cabelo loiro que lhe chegaria à cintura se não estive apanhado. Com lábios rosa, olhos de um belo cinza, maçãs do rosto da cor dos morangos, era demasiado perfeita para ser real.
E, obviamente, era perfeita por outros motivos: ela queria fazer as pazes com o mundo e Lassiter partiu do princípio que, com alguma sorte, a natureza seguiria o seu rumo e tudo ficaria bem… e ela cairia na cama do Irmão.
Claro. Certo. Ótimo.
Só que, sei lá. Esta… exibição… no quarto? Não estava bem, nem certo, nem ótimo.
Aquele tipo de sofrimento era um abismo, uma espécie de purgatório para alguém que ainda não tinha morrido. E, caralho, se o anjo sabia como tirar o Irmão daquilo.
Na verdade, ele já estava mal só por testemunhar.
E, só para que conste, ele não estava a pensar em respeitar o tipo. Ao fim e ao cabo ele estava numa missão, não estava para fazer amiguinhos com a sua chave da liberdade.
O problema é que o aroma ácido da agonia do macho encheu o quarto e era impossível não ter pena dele.
Caramba, ele não aguentava aquela merda.
Deslizando para fora, foi sozinho pelo corredor das estátuas até às grandes escadas. Sentou o rabo no primeiro degrau e escutou os sons da casa. Lá em baixo, os doggen estavam a limpar depois da Última Refeição, os seus alegres comentários pareciam música de fundo, todos saltitantes e ocupados. Por trás dele, no estúdio, o rei e a rainha estavam… por assim dizer, a “trabalhar”, o aroma de Wrath espesso no ar, a respiração de Beth acelerada. O resto da casa estava relativamente silencioso, os outros Irmãos, shellans e hóspedes nos quartos a dormir… ou a fazer outras coisas na mesma linha do casal real.
Levantando os olhos (…) olhando para as nuvens, ele esperou pela figura que esperava que aparecesse e que, rapidamente, apareceu.
Wellesandra estava sentada num campo vasto e desolado, o cinzento infinito da planície cheia de grandes pedras, o vento implacável a atingi-la de várias direções. Ela não estava tão bem como a tinha visto da primeira vez. Por baixo da manta cinzenta que ela puxava para si e para o pequeno, ela estava mais pálida, o cabelo ruivo a desmaiar numa mancha baça, a pele pastosa, os olhos já não tinham sombras de castanho. E o bebé nos braços, o pequeno e enfaixado já não se mexia tanto.
Esta era a tragédia do In Between. Ao contrário do Fade, não era feito para a eternidade. Era uma passagem para o destino final e era diferente de pessoa para pessoa. O que era igual para todos? Se ficasses lá demasiado tempo, não conseguirias sair. Nada de graça eterna.
Acabava-se por transitar para um nada parecido com o Dhund, sem hipótese de fugir ao vazio.
E aqueles dois estavam a chegar ao fim.
- Estou a fazer o melhor que posso, - disse-lhes. – Aguentem… foda-se, aguentem.



Mim gostar do Lassiter!

Meu anjo lindo de boca suja! 
Coitadinho do meu anjo...

1 comentários:

Margarida disse...

MorCeGo ,não tenho tido tempo para nada!!!!Passo aqui de corrida só para ver o que andas a fazer . queres comentários aqui vão - Lassiter... não desgosto. Mas de que estás á espera para voltares aos nossos favoritos???? Traduz mulher traduz!!!!! Beijos

 

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