Ó Quarta-feira
tão linda,
Traz qualquer
coisa a mim,
Que eu tenho
um aperto
Se não ler
mais um excerto
Desse livro, o
The Kin…
(Evribodi!) –
estrangeiro para “dá-lhe mãezinha! Tudo a cantar!”
Estou possuidíssima!
Vou ter de
contratar o bruxo de Fafe para me passar uma panela a arder por cima das asas
para ver se o demónio me abandona o corpo! Gosto particularmente quando ele diz
coisas tipo: Sai demónio do #$%&#, sai desse corpo seu #$%$###$ da #$%%$%&,
em nome de Deus! Depois grita-se muito e o gajo lá vai à vida dele (o bruxo e o
demónio) E porque é que se grita? É por causa das dores do demónio a sair? É
por causa da linguagem artístico-expressiva? Claro que não! É do morcegasmo que
se tem por estar a pensar no Wrath! xD Não é Nasan?
Nota: anda
para aí um trio que passa a vida a comentar, cá para mim, o que elas querem é
ver o nome a vermelho sexy… - Rute, Viviana e MissyLi - Os outros que cá vêm ler,
também têm coisas para dizer, mas são tímidos… Sou eu que os intimido com a
minha elevada estatura e ar ameaçadeiro… He
he he… poderosa mim! Possuída e poderosa… Uhhh… Mulher de coragem, é a Sílvia. Não
quer saber se eu sou má: chega e reclama! É assim mesmo! xD
Ok, já vimos o
que a glymera pensa: quer um papá Wrath, porque é muito melhor que o filho
Wrath (Bando de camelos!... diz a Nasan)
Já vimos o
papá Wrath ontem.
Hoje, vamos
ver o filho Wrath (Ahhhhh… diz a Nasan) e o que pensa o povo (O povo pensa que aquilo é que é macho!... diz a Nasan)
He he he… possuída… (A Micas que te
ature!... diz a Nasan)
Boas leituras!
Beijos bons.
SPOILERS
O cão, ao
parar, assinalou que iam de encontro a uma barreira, Wrath esticou o braço, a
mão encontrou um pano duro e grosso. Deixando a trela, usou as duas mãos para o
afastar e para não o arrancar dos suportes.
As vozes
pararam imediatamente.
Exceto uma que
sussurrou:
- Ó merda…
Em ato
contínuo ouviu-se um barulho, como se as ferramentas tivessem sido deixadas
cair ao chão e, de seguida, um ruído de tecido.
Como se sete
machos acabassem de se pôr de joelhos.
Por um
instante, os olhos de Wrath lacrimejaram por trás dos óculos.
- Boa tarde, -
disse, tentando parecer casual. – Com vai o trabalho?
Nenhuma
resposta. E ele conseguia cheirar a incredulidade admirada – era como cebolas
salteadas, não era muito desagradável.
- Meu senhor,
- chegou o cumprimento em voz baixa. – É uma grande honra estar na vossa
presença.
Abriu a boca
para minimizar a circunstância… só que, ao inalar, viu que era verdade. Para
cada um deles. Estavam honestamente admirados e extasiados.
Em voz rouca,
disse:
- Sejam
bem-vindos à minha casa.
Assim que John
se baixou por baixo do pano e ficou por trás de Wrath, só conseguia pensar que
já não era sem tempo.
Os sete
trabalhadores estavam com um joelho no chão, as cabeças curvadas, os olhos a
saltar para cima e para baixo, como se Wrath fosse o sol e eles não pudessem
fitá-lo por muito tempo.
Então o Rei
falou e as simples palavras que lhe saíram da boca transformou-os, os
trabalhadores olharam para cima ao mesmo tempo com… uma espécie de amor.
Wrath fingiu
estar a olhar de um lado para o outro.
- Então, como
acham que isto deve ser feito?
Os machos
olharam para a frente e para trás e o capataz então, o que apresentou os
trabalhadores um a um, falou:
- Vamos
levantar o chão. E pôr um novo.
Mais olhares
para a frente e para trás, enquanto Wrath continuava a mover os óculos da
esquerda para a direita como se estivesse a ver.
- Está… - o
capataz clareou a garganta como se estivesse em sofrimento. – Prefere outra
equipa?
- Como?
- Desagradamos
de algum modo a vossa senhoria para ter vindo até aqui?
- Meu Deus,
não. Só estava curioso. É só. Não percebo nada de construção.
O capataz
olhou para cada um dos machos.
- Bem, isso
está muito abaixo de si, meu senhor.
Wrath riu-se
numa rajada.
- O diabo que
está. É trabalho honesto. Não há vergonha nisso. Então, como se chamam?
O capataz
arreguilou os olhos como se fosse a última coisa que estivesse à espera. Mas
levantou-se e compôs o cinto de ferramentas.
- Sou o Elph.
Este é… - apresentou-os a todos rapidamente.
- Têm todos família?
– Perguntou Wrath.
- Eu tenho uma
filha e uma companheira, - disse Elph. – Embora a minha primeira shellan tivesse morrido ao dar à luz.
Wrath levou a
mão ao coração como se tivesse sido atingido por qualquer coisa.
- Raios,
lamento imenso.
O capataz
pestanejou ao Rei.
- Eu… eu
agradeço-lhe, meu senhor.
- Há quanto
tempo foi essa perda?
- Doze anos. –
O macho pigarreou. – Doze anos, três meses, dezassete dias.
- Como está a
tua filha?
O capataz
encolheu os ombros. A seguir abanou a cabeça.
- Está bem…
O do fundo,
que tinha dito Ó merda, falou.
- Está
paralisada. E é um anjo.
(…)
[Wrath faz mais algumas perguntas e sai]
- Ele é sempre
assim? – Perguntou o capataz atordoado.
Rhage
assentiu.
- É mesmo um
macho de valor.
- Nunca
imaginei que fosse… assim.
- Assim como?
- Tão acessível.
- Baseado em
quê?
- Nos rumores.
Dizem que é distante. Intocável. Que não se interessa por pessoas como nós. – O
capataz recompõe-se como se não acreditasse ter dito aquilo em voz alta. – O
que eu quero dizer é que…
- Nã, sem
problema. Imagino de onde isso vem.
- Ele parece o
pai dele, - disse o mais velho ao fundo. – A imagem cuspida e escarrada.
-
Conheceste-o? Ao pai de Wrath? – Perguntou Rhage.
O macho mais
velho assentiu.
- Eu vi os
dois juntos uma vez. O jovem Wrath tinha cinco anos. Ficava sempre ao lado do
pai quando o rei tinha audiências com os do povo. Tive uma contenda de terras
com o meu senhorio que era da glymera.
O Rei defendeu-me do aristocrata, é o que vos digo. – Um ar de tristeza
apoderou-se do macho. – Lembro-me de quando o Rei e a rainha foram mortos. Tínhamos
a certeza que o herdeiro também tinha sido morto… com o tempo, soubemos que não
fora assim…
(…)
[Rhage e John despedem-se e deixam-nos a trabalhar]
Ao sair, ele
[John] perguntava-se se Wrath se apercebera do efeito que tinha tido neles.
Provavelmente
não.
(The King, capítulo 56)
[Alguns dias depois, o capataz pede para falar com o Rei,
traz uma oferta para agradecer a ajuda que Wrath deu à sua família sem ele lhe
ter pedido nada.]
… e tirou os
óculos.
- Sou cego, -
disse ao civil. – Não consigo ver. É por isso que sabia o que era importante
para ti e para a tua família. Tenho alguma experiência em rearranjar o mundo.
O susto foi
audível.
Wrath sorriu
um pouco.
- Sim, o
cognome Rei Cego não é boato. É a verdade – e não tenho vergonha disso.
Caramba… até
dizer as palavras, nunca se tinha apercebido de como se sentia inferiorizado. O
quanto manteve escondido. A quantidade de desculpas que deu por causa de algo
que não podia controlar. Mas isso era o passado.
A ver ou não,
tinha de dar o exemplo ao mundo – e que lhe caísse um raio se não havia de o
fazer.
- Por isso,
por favor, - disse ao claramente espantado civil. – Descreve-me o presente com
que me honras.
Houve uma
longa pausa. E o civil não era o único surpreendido. V estava a lançar doze
tipos diferentes de Ó Meu Deus enquanto fumava como uma chaminé no canto.
(…)
[A oferta consistia numa manta feita à mão pela shellan, de
cor vermelha e que demorou um ano a fazer. Wrath promete que o seu filho será
recebido nela. Ia dando uma coisinha má ao senhor, claro!]
E ao falar a
verdade, sem desculpas nem explicações, ao revestir-se com as roupas da
honestidade, ao dizer o que tinha escondido sem saber…
Apercebeu-se
que ele, também, era livre e que os pais, se tivessem a oportunidade de o ver,
haviam de se orgulhar dele.
Tal como era.
(The King, capítulo 65)
Viram o trabalhador velhotinho?
E pensar que viu tanto como o Tyhm, que não
teve dinheiro nem estudos e que foi bem mais perspicaz.
E perceberam agora porque é que na capa
aparece um fulano sem óculos? Pois é, o senhor vampiro Rei deixou-se de
larilices e vai mostrar ao mundo que é cego, mas é ele quem manda! O vermelho,
já sabemos que é a cor que representa o lugar mais alto na hierarquia da corte.
Por curiosidade, no fim de semana passado
(quando saiu aquela spoilerada toda), um senhor da assistência agradeceu à
escritora pela criação do Wrath – ele e o gémeo são cegos e gostou que
mostrassem que os invisuais são tão bons ou melhores que os outros. Bonito, não
é?
Olha as coisas que nós vamos aprendendo por
este lado!...