Beijo de Sangue Cap.24

  Olá pessoal!!!

Vamos saltar mais um bocado!

Vamos aos avisos habituais que a NightShade deixou!


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Aviso 

O blog informa que a tradução deste livro é feita por fãs para fãs, não vamos publicar o livro na íntegra, só alguns capítulos com o objectivo de oferecer aos leitores algum acesso ao enredo desta obra para motivar à compra do livro físico ou e-book.

A tradução é feita somente em livros sem previsão de lançamento em Portugal, para preservar os direitos de autor e contratuais, no momento em que uma data seja estabelecida por qualquer editora portuguesa na publicação deste livro, os capítulos traduzidos serão imediatamente retirados do blog.

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Capítulo 24

Sentado à secretária do gabinete de Tohr, Butch levantou a longa e fina chave de metal com a extremidade que tinha a borla vermelha... e deixou-a cair no mata-borrão. Quando a gravidade a fez bater, o som foi um baque sólido. Com uma imprecação, pegou na chave, colocou-a na outra ponta... e deixou-a cair. E mais uma vez. E outra vez...

- Estás pronto?

Ele olhou para Tohr, que se inclinava para dentro da porta de vidro.

- Ei, sim, claro. Quem é que vais mandar primeiro?

- O Axwelle. Achei que era melhor começar a avaliação com o mais provável de ser considerado um sociopata.

- Perfeito. - Virou-se para o computador, introduziu alguns comandos e ligou a câmara de vídeo oculta. - Vai buscá-lo.

- Entendido.

Quando a porta de vidro se fechou, Butch observou os seus dedos a trabalharem mais um pouco na chave com a franja. Não queria dizer à sua Marissa, mas para ele e para V, era bastante claro o que aquilo significava. O problema? Quando nada apareceu na pesquisa na Internet, V procurou os seus contactos no submundo dos vampiros... mas nada apareceu em nenhum dos clubes ou grupos de sexo.

Uma chave para entrar, para que o pudessem fazer. Por assim dizer.

Normalmente, Butch teria pensado se as pessoas não estariam a esconder alguma coisa ou a mentir, mas V era um membro legítimo do maravilhoso mundo do sadomasoquismo - além disso, o irmão não hesitaria de usar um pouco de força para obter informações, se fosse necessário.

Mais uma razão para o facto de os dois serem muito unidos.

Então, o que mais podia ser? Onde mais poderia ele...

Ao som de uma batida no vidro, ele olhou para cima e fez um sinal com a mão.

- Olá, pá. Entra, senta-te.

Quando Axwelle entrou, o tipo fez um movimento com as mãos, como se estivesse habituado a enfiá-las nos bolsos das calças de ganga, mas devido ao uniforme de treino, não ter onde enfiá-las.

- Posso ficar de pé?

- Não. - Butch acenou com a cabeça para a cadeira do lado oposto da secretária. - Ali. E isso não é uma sugestão, é um requisito.

Tinham de se certificar de que o rosto do estagiário estava à vista da objectiva no canto atrás dele.

Axwelle - ou Axe, como se auto-intitulava - cruzou os braços sobre o peito e encostou-se ao assento.

- O que é que se passa?

- Só quero falar um pouco contigo. Conhecer-te melhor. - Butch franziu a testa quando reparou para onde o recruta olhava e inclinou-se para a frente. Depois balançou a chave pela borla vermelha. - Reconheces isto?

- Não.

- Então, porque é que estás a olhar para ela?

- Porque está na tua mão e não estás a segurar em mais nada. Também não há nada na secretária.

Butch segurou a borla entre o polegar e o indicador e deixou a coisa balançar de um lado para o outro.

- Essa é a única razão?

- Tenho cara de quem se preocupa com chaves?

- Como é que sabes que é uma chave?

Olhos que eram quase tão amarelos quanto os de Phury fixaram-se nele e ficaram parados.

- O que mais poderia ser?

- Diz-me tu.

- Pensei que isto era suposto ser um «conhecer-te». Que porra é que um «o-que-é-isto» tem a ver comigo?

Butch estudou a cara do miúdo, à procura de pistas. Engraçado, sem as tatuagens e piercings, o gajo até podia ser bonito. E podia muito bem ser um bom jogador de póquer, tendo em conta toda a máscara que estava a usar.

Axe pôs a sua fuça a poucos centímetros da chave. 

- Ainda estou a olhar para ela, isto está a funcionar para ti?

Butch demorou o seu próprio tempo antes de mudar de assunto. O problema com os mentirosos? O silêncio e a quietude eram muitas vezes o melhor desafio para as suas fachadas, e ele procurou tiques, pestanejares e contracções.

Eventualmente, sorriu.

- Alguma vez viste alguém a morrer?

Não estava na lista de perguntas que Mary lhe tinha dado para a ajudar a determinar o estado psicológico de um recruta. Mas ele era bom a improvisar.

- O que estás a sugerir?

A ideia de ver a sua Marissa a chorar por aquela fêmea morta tornou-o mais agressivo do que um touro, mas ele recuou no acelerador.

- Estou só a perguntar. - Olhou para a chave para dar ao macho algum «espaço pessoal». - É uma maneira de te conhecer melhor, não é? Um quebra-gelo, como se diz, quando duas pessoas vão a um encontro às cegas e têm de fazer conversa.

- Queres saber se eu já matei alguém?

- Não foi essa a pergunta, pois não? Perguntei se alguma vez viste alguém a morrer.

Quando não houve resposta durante algum tempo, Butch olhou para cima. Axe já não estava a olhar para a chave. O tipo estava concentrado na distância média à frente do seu nariz. 

Apanhei-te, pensou Butch.

Suavizando a voz deliberadamente, murmurou:

- Quem era, Axwelle.

- Não me chames isso.

- Porquê, é o teu nome.

- Eu não respondo por ele.

- Porquê?

Um olhar furioso apontou para Butch como o cano de uma arma.

- Porque eu não respondo, porra, okay?

- Óptimo, de volta ao Ceifador. Conta-me a história.

- Vai-te foder!

Em qualquer outra circunstância, Butch teria atravessado a mesa e agarrado o pescoço do filho da puta por esse tipo de atitude, mas havia muito propósito por detrás disso.

- Humm - foi tudo o que Butch disse.

Axe recostou-se na cadeira e cruzou de novo os braços. Enquanto os seus ombros se juntavam, era difícil não aprovar o peso de todo aquele músculo. No entanto, a força sem cérebro e uma psicose não iam fazer bem a nenhum deles.

- Posso ir agora? - Exigiu Axe.

- Não, filho, acho que não podes. E antes que fiques todo irritado comigo, vou-te dizer que este maravilhoso momento de união que estamos a partilhar é a primeira de pelo menos três sessões.

- És algum psiquiatra?

- Foda-se, não, estás a gozar comigo? - Ele riu-se. - De facto, tenho orgulho na minha pequena loucura.

Afinal de contas, ele era seriamente religioso, colocando a sua fé e o curso da sua vida voluntariamente nas mãos de um sistema de crenças que não era concretamente verificável. E isso era de loucos, certo?

Por outro lado, o facto de a sua religião ter enriquecido o seu corpo mortal, o ter centrado e lhe ter dado sentido, mesmo depois de ter sido «transformado» noutra espécie, era prova suficiente para ele.

Com um encolher de ombros, disse:

- A única maneira de saíres deste gabinete é contares-me o que aconteceu. Assim que o fizeres, podes voltar para a sala de musculação e fazer levantamento de pesos até os teus joelhos cederem ou começares a vomitar. Tens muito à tua espera, certo?

***

Se Craeg tivesse pensado que sentar-se atrás de Paradise na aula era mau? Isso não era nada comparado a vê-la a fazer flexões.

Do outro lado dos tapetes, e com o acompanhamento do tilintar dos pesos livres, Paradise estava a levantar o seu corpo em perfeita forma até o queixo bater no tapete e depois subir... e a descer... subir… descer. Os seus joelhos estavam paralelos ao chão, o seu rabo estava... dolorosamente apertado - para ele, não para ela, claramente -, e o seu tronco estava controlado desde a pélvis até ao ombro.

Cada vez que ela atingia o ponto mais baixo, os seus seios batiam contra a camisa larga que todos usavam...

- Foda-se - resmungou ele, deitando-se de novo no banco e agarrando a barra acima da cabeça. Pegando nos duzentos quilos do seu suporte, desceu o peso até aos peitorais e voltou a empurrá-lo para cima como se aquela coisa tivesse insultado a sua falecida mãe.

- Queres um ajudante? - Perguntou Novo.

Quando tudo o que ele conseguiu fazer foi grunhir, ela assumiu a posição atrás da cabeça dele, mantendo as mãos logo abaixo da barra agora curvada.

- Três... - ela contou. - Mais dois. Um... óptimo. Conseguiste.

Enquanto ela ajudava a guiar a carga de volta à sua posição de retenção, ele apoiou os antebraços no peito e recuperou o fôlego.

Novo colocou o rosto dela na sua linha de visão.

- Acho que precisas de fazer uma pausa.

- Que se lixe isso.

- Não, estou a falar a sério.

- Eu tenho pelo menos mais quatro séries para fazer.

- A tua resistência não é o que me preocupa. - Os olhos dela desceram para as ancas dele. - Não que eu não aprecie a vista. Só não tenho a certeza do que o objecto virginal dos teus afectos poderá pensar.

Craeg levantou a cabeça. E depois sentou-se rapidamente.

Novo riu-se. 

- Sim, porque é que não tratas disso e voltas?

- Caralho - sibilou ele, pondo-se de pé. Marchando em direção à porta, ele olhou para o Irmão Vishous. - Preciso de ir à casa de banho.

Vishous sorriu sombriamente.

- Sim, precisas.

Ao sair para o corredor, perguntou-se se todos teriam reparado que tinha uma erecção. A única boa notícia? Paradise parecia alheia - o que significava que: ou ela era incrivelmente boa a esconder as suas reacções, o que ele duvidava, ou ela era tão ignorante acerca do seu pequeno problema como ele esperava.

Nesse caso, ele sentia-se como um grande idiota.

Bateu com tanta força na porta do balneário dos homens que esta se abriu, embatendo na parede e obrigando-o a apanhar a coisa antes que esta lhe batesse na cara no ressalto.

- Não se passa nada, não se passa... nada.

Andando de um lado para o outro, com as mãos nas ancas, apercebeu-se de que nunca devia ter tomado a veia dela. Aquela troca de sangue tinha criado uma espécie de ligação entre eles, de tal forma que ele estava a par de todos os movimentos que ela fazia em qualquer lugar e a qualquer momento - e a forma como aquela merda ficava registada? 

O Sr. Feliz ficou todo entusiasmado com a possibilidade de um aperto de mão.

O. Que. Não. Vai. Acontecer.

Mais passos. Mais palavrões.

Ainda duro como uma pedra.

- Caralho! - Gritou ele. 

Pois sou, respondeu o seu pénis com um salto.

Por um momento, todo o tipo de fantasias passaram-lhe pela cabeça: Bater com um livro pesado. Deixar cair um bloco de cimento em cima dele. Portas de carros, martelos, troncos.

Isto não podia estar a acontecer com ele. A parte mais difícil do treino para se tornar num soldado da Irmandade, para poder vingar a sua família... não podia ser uma fêmea loira. Ele simplesmente se recusava a acreditar nisso.

Não é possível...

Com outro salto debaixo do uniforme, a erecção dele parecia estar a gozar com ele forte e feio.

Olhando para as ancas, ele ladrou:

- Vai pró caralho que te foda!

Quem te dera.

- Cala-te! Vai à fava! Parvalhão! Idiota!

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O que acharam?

Fiquem bem,

Sunshine ;)


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