Olá pessoal!!!
Esta semana não temos saltos!
Vamos aos avisos habituais que a NightShade deixou!
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Aviso
O blog informa que a tradução deste livro é feita por fãs para fãs, não vamos publicar o livro na íntegra, só alguns capítulos com o objectivo de oferecer aos leitores algum acesso ao enredo desta obra para motivar à compra do livro físico ou e-book.
A tradução é feita somente em livros sem previsão de lançamento em Portugal, para preservar os direitos de autor e contratuais, no momento em que uma data seja estabelecida por qualquer editora portuguesa na publicação deste livro, os capítulos traduzidos serão imediatamente retirados do blog.
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Capítulo 21
- Desculpa... elas estão a fazer o quê?
Enquanto Butch falava, olhou para o grupo de machos sentados à volta da mesa da sala de jantar da mansão. Nenhum dos seus Irmãos ou qualquer um dos soldados se estava a rir ou a falar alto. O bando de tristes falhados estava apenas sentado em frente a pratos meio comidos e copos de vodca, bourbon e uísque intocados, como um grupo de cães que perderam os seus anti-depressivos.
Não era o que ele esperava encontrar quando chegou atrasado à Última Refeição.
Quando Marissa lhe mandou uma mensagem a dizer que estava a trabalhar com as fêmeas numa coisa, pareceu-lhe uma boa ideia ir tratar de umas cenas para os estagiários.
Não contava com esta coisa fúnebre só porque as senhoras estavam a fazer um projecto.
- Olá? - Exigiu ele. - Vocês perderam a audição juntamente com os vossos tomates?
Wrath inalou como se estivesse prestes a dar a notícia de uma morte na família.
- Elas estão a ter uma noite de cinema.
Butch revirou os olhos e foi para a sua cadeira. Sim, era um pouco estranho sentar-se sem a sua Marissa ao seu lado, mas, pelo amor de Deus, não era nada que o fizesse tomar Prozac. Além disso, estava contente por a sua mulher ter amigas em casa.
- Estão a ver o Magic Mike - disse alguém.
- Isso é um programa para crianças? - Ele sentou-se e Fritz pôs um prato cheio de borrego à sua frente. - Obrigado, meu... oh, obrigado, sim, adorava uma bebida. Quero um Lagavulin com gelo...
Butch parou de falar quando se apercebeu que toda a mesa de machos estava a olhar para ele.
- O que foi?
- Não ouviste falar do Magic Mike? - Rhage perguntou.
- Não. - Ele encostou-se de novo à mesa, enquanto a sua bebida era oferecida. - Obrigado. É como o Barney e os Seus Amigos?
- É sobre strippers - contrapôs Hollywood.
Butch franziu o sobrolho e baixou o copo dos lábios.
- Desculpa?
V veio da despensa com uma bolsa grossa de tabaco, um maço de papel de enrolar e uma careta como se alguém lhe tivesse tirado as pilhas do seu brinquedo sexual favorito.
- Nus - murmurou Vishous enquanto se sentava no lugar onde a Marissa devia estar. - De rabo ao léu. E são humanos. Meu Deus, é como se tivesses a ver uma exibição de uma matilha de cães.
- Com tangas - alguém se queixou. - Cães com tangas.
Desta vez, Butch bebeu o copo numa assentada, engolindo a bebida que o queimou, acolhendo o calor nas suas entranhas. Está bem, pronto, foi uma surpresa ele beber até o copo ficar vazio, mas tinha muito em que pensar. Por um lado, o facto de a sua shellan estar a ver um filme com as amigas, mesmo que envolvesse um pouco de sexo, não era nada de especial.
Por outro lado, ele queria encontrar a caixa eléctrica e cortar a electricidade daquela parte da mansão.
Depois, incendiar o DVD. E o ecrã.
E levar a sua companheira para a cama só para lhe mostrar todos os truques que tinha em relação a um actor qualquer com uma... oh, Deus, uma tanga?
- Não faz mal - ouviu-se a si próprio dizer enquanto fazia sinal a um doggen para encher o copo. - Quero dizer, em primeiro lugar, elas adoram-nos, e em segundo lugar, não é como se fosse um filme para maiores de 18 anos.
- Eles mostram uma bomba peniana - disse Lassiter com um grande sorriso, como se estivesse a ajudar. - E em acção. Sabes, mostram um pénis e começam a bombear...
Vishous desembainhou um punhal sabe-se lá de onde e apontou-o para a cabeça do anjo caído.
- Continua a falar assim, e corto-te essa gadelha mal semeada. Com os olhos fechados.
Lassiter riu-se.
- Sim, como queiras, grandalhão. Pensei que tivesses mais em ti do que te irritares com uma coisa destas. És assim tão inseguro?
- Tu queres insegurança? - Disse V. - Fodo-te a tromba...
- Está bem, está bem - interrompeu Butch. - Tem calma, V. Está tudo bem, está tudo óptimo, elas estão apenas a divertir-se. O que é que isso tem de mal? Não é como se estivessem a dormir com o tipo.
- Tens a certeza disso? - Lassiter sorriu. - Não achas que elas estão a fantasiar sobre...
O rosnado colectivo que se elevou da Irmandade foi tão alto que conseguiu agitar os cristais do enorme candelabro pendurado sobre a mesa. E o anjo caído era um idiota, mas não era estúpido.
Movendo-se lentamente, como se tivesse várias armas apontadas para ele… ele levanta as mãos em sinal de redenção.
- Desculpem. Como queiram. Vou parar antes que todo este desconforto de merda que vocês, bando de idiotas, estão a ostentar me mate.
- Uma escolha inteligente - disse Butch secamente. - Não que eu não me importasse de dar duas galhetas bem dadas nesse focinho. Embora isso não seja específico desta situação.
Lassiter voltou a comer, enfiando a comida na boca.
Os Irmãos não foram tão rápidos em reiniciar as coisas, com os olhos semicerrados e com as presas à mostra, ainda a olharem para o anjo descarado.
- Vá lá, rapazes, está tudo bem. - Butch cortou um pedaço de borrego e colocou-o na boca. - Delicioso... - Na realidade, a coisa sabia a cartão, mas ele fez um espectáculo com os «delicioso e muito bom». Mas não conseguiu continuar.
Dois minutos depois, estava a empurrar o prato cheio de comida para longe e a beber o seu segundo uísque.
- A sério, elas deviam ter um pouco de independência. Não precisam de estar presas às nossas ancas, e escutem, a vida aqui gira à nossa volta, está na altura de fazerem algo só para elas. A sério, isto é óptimo.
Ao seu lado, V acendeu um cigarro enrolado à mão.
- Achas? Gostas da ideia da Marissa ver as pendurezas de outro homem?
- Não é um filme pornográfico... - Quando a sua voz esganiçou, ele limpou a garganta. - Quero dizer, não pode ser... não, não é...
- Já verifiquei - murmurou Rhage. - Elas têm os DVDs, provavelmente estão a ver as versões mais longas e sem cortes.
- Então os strippers não são circuncisados? - Lassiter levantou as palmas das mãos novamente antes que o rosnado ficasse ainda pior. - Jesus, vocês são tão sensíveis.
Butch abanou a cabeça e decidiu que o anjo estava por sua conta.
- Então, sim, quero dizer, um pouco de ancas a abanar… um peitoral musculado ou dois... Não é nada preocupante. Fritz, podes encher-me aqui outra vez?
O mordomo apressou-se a ir buscar o copo vazio.
- Algum de vós quer sobremesa? Temos gelado caseiro e Petit Gâteau.
Butch olhou para Hollywood.
- O que é que dizes, meu?
Quando Rhage se limitou a agitar o seu Ginger Ale no copo, Butch praguejou e disse a Fritz:
- Eu vou querer um pouco, mesmo que mais ninguém queira.
- Traz-me a sobremesa - disse Rhage.
Fritz faz uma vénia com o copo de Butch na mão.
- Mas é claro, senhor. Vou preparar um prato imediatamente...
- Não. Quero a sobremesa toda. O bolo todo e o gelado todo.
E... foi assim que Hollywood acabou com uma plateia taciturna de machos a testemunhar o seu consumo de quinze pequenos bolos de chocolate e dois litros de gelado de baunilha.
Era como ver tinta a secar, só que não havia cheiro a químicos e a sala tinha a mesma cor antes e depois.
A boa notícia era que a bebida estava a fazer o seu trabalho, confundindo a mente de Butch, deixando o seu corpo entorpecido e excitado.
- Posso ter outro? - Perguntou a um doggen que passava e que estava a retirar o último prato com restos de chocolate. - Muito obrigado.
Quando o copo voltou, afastou a cadeira da mesa.
- Tenho de ir, tenho trabalho a fazer.
E sem ofensa para nenhum deles, mas estar ao pé daquela energia pesada só o estava a deixar mais deprimido. Mais um pouco e ele ia começar a preparar a corda para se enforcar.
Ao sair, parou no grande átrio de entrada. Olhou para o cimo das escadas. Tentou imaginar a sua Marissa a olhar para um actor com roupa interior.
- A sério, tudo bem. Que bom para ela.
Pegou no telemóvel e abriu a lista de mensagens.
Hesitando, pensou em enviar-lhe qualquer coisa, para lhe lembrar que...
Ena pá.
Na sua versão humana, ele nunca se teria importado com uma coisa destas. A Marissa não era apenas o amor da sua vida; era uma fêmea de valor que nunca o trairia. E olha que ela não se tinha hospedado num hotel sujo com o tipo, por amor de Deus. Ela estava a sair com as amigas dela, tal como ele saía com os dele.
Isto era ridículo.
Ele não era do tipo ciumento.
O som de botas de combate a aproximarem-se fez com que ele olhasse por cima do ombro. Era Rhage, e o Irmão tinha um copo de Alka-Seltzer na mão.
Hollywood olhou para o cimo das escadas. E, para cúmulo dos cretinos, estava a pensar exactamente o mesmo que Butch.
- Vou subir - anunciou o gajo.
- Então, espera, espera, espera. - Butch agarrou aquele enorme antebraço e apertou-o. - Não é como se pudesses irromper por lá adentro.
- Porque não?
- É a noite delas.
- Então, vou vestir um vestido.
- Porra, Rhage. A sério?
De seguida, saem V, John Matthew e Tohr. E todos os outros, incluindo Wrath - e até Manny, que, apesar de ser um humano completo, estava ali mesmo ao lado dos outros com cara de cão.
- Não vamos lá para cima - anunciou Butch. - Vamos jogar bilhar, embebedar-nos e falar de todas as mortes que tivemos no ataque a Brownswick. Vamos ter uma noite fantástica... dia fantástico, seja lá o que for. Agora levantem os tomates do chão e vamos começar a comportar-nos como homens.
***
- Ele tem talento. Só estou a dizer.
Enquanto a Dra. Jane falava, o público cativado que estava concentrado no grande ecrã concordava totalmente e sem qualquer estrondo.
Payne soltou mais um dos seus assobios de lobo, que já se tornaram numa marca registada.
Xhex praguejou e atirou mais Milk Duds para a imagem, gritando:
- Foda-se, tu percebes dessa merda! Percebes mesmo!
Marissa riu-se outra vez. Não conseguia decidir o que era mais divertido, os filmes ou a companhia - provavelmente a companhia. Embora os humanos não fossem difíceis de ver, tinha de admitir.
E depois chegou a altura de mais uma ronda de assobios e gritos.
Deus, ela não se lembrava da última vez que se tinha rido tanto. Havia algo em estar com as raparigas que tornava as piadas piores e melhores ao mesmo tempo, e as gargalhadas mais altas, e as parvoíces mais estúpidas.
E como constatou, tudo isso foi lindo.
Também a lembrava de como era bom ser aceite exactamente por quem era, sem expectativas externas, sem defeitos que não pediu que a diminuíssem. Sem julgamentos, apenas amor.
E ainda por cima com uma série de gajos nus que eram quase tão bons como o seu macho? Nada difícil.
Quando a cena final terminou e os créditos começaram a rolar, bateram palmas como se os actores as pudessem ouvir na Califórnia.
- Podes ensinar-me a assobiar assim? - Perguntou alguém a Payne.
- Só tens de pôr os lábios à volta de dois dedos e soprar - respondeu a fêmea.
- Isso não é uma frase de um filme? - Disse alguém.
- Vão fazer um terceiro filme?
- Magic Mike Gingantesco...
- Precisamos de ver o primeiro e o segundo filme como preparação, temos uma tradição para cumprir...
- Alguém viu o Nove Semanas e Meia?
- O que é isso...
Uma a uma, levantaram-se das poltronas de couro acolchoado e esticaram-se na sala escura e sem janelas, com as costas a estalar e os ombros a desfazerem os nós. E foi engraçado - Marissa sentiu vontade de interromper a conversa e dizer algo profundo e significativo, só para reconhecer o espaço em que estava. Mas as palavras certas não surgiram.
Em vez disso, ela disse:
- Olha, podemos fazer isto outra vez?
Mas, pensando bem, talvez fosse exactamente isso que ela queria dizer.
Bem, e quem diria, a audiência presente estava tão a bordo: Os aplausos eram tão altos como os aplausos nas cenas de dança, e a ideia de que este momento especial não seria único fê-la sentir um alívio profundo.
- Acho que a seguir precisamos de fazer uma maratona com o Chris Pratt.
- O tipo que tem irmãos? - Perguntou Bella.
- Esse é o Hemsworth - respondeu alguém.
Iniciando a fila para a saída no corredor do meio, Marissa amassou a sua caixa vazia de Milk Duds e fez um remate com ela para o lixo. De repente, apercebeu-se de que mal podia esperar para ver Butch - e não por causa de todas as cenas de corpos seminus. Tinha saudades dele - o que era ridículo, tendo em conta que nenhum deles tinha ido a lado nenhum.
Dirigindo-se para a porta junto ao expositor de vidro com chocolates, ela sorria, mas quando abriu a porta...
- Meu... Deus - disse ela a recuar.
O corredor estava cheio com os machos da casa, os Irmãos e outros lutadores e Manny sentados no chão, de costas para as paredes, com as pernas esticadas, apoiadas, cruzadas nos joelhos ou nos tornozelos.
Aparentemente, eles tinham bebido bastante, com garrafas vazias de vodca e uísque espalhadas à sua volta, copos nas mãos ou nas coxas.
- Isto não é tão patético como parece - diz o seu Butch.
- Mentiroso - murmurou V. - É mesmo o que parece, acho que vou começar a tricotar.
Quando as amigas saíram com ela, cada uma delas registou choque, descrença, e depois um divertimento irónico.
- Sou só eu - resmungou um dos machos -, ou acabámos de fazer a nossa própria castração em massa aqui fora?
- Acho que isso resume tudo - concordou alguém. - A partir de agora, vou usar cuecas de fio dental. Alguém se junta a mim?
- O Lassiter já usa - disse V, enquanto se levantava para ir ter com Jane. - Olá…
E tinha chegado a hora da reunião de casais.
Enquanto os outros pares se juntavam, Butch sorriu quando Marissa se aproximou dele e estendeu a mão para o ajudar a levantar do chão. Quando se abraçaram, ele beijou-a na parte lateral do pescoço.
- Já não estás apaixonada por mim? - Murmurou ele. - Porque sou um maricas?
Ela aninhou-se nos braços dele.
- Porquê? Porque foste atrás de mim enquanto eu estava a ver um filme obsceno com as minhas amigas que afinal não era nada obsceno? Eu acho que és mesmo - e prepara-te - muito fofinho.
- Continuo a ser todo macho.
Quando ela encostou o corpo ao dele, soltou um «mmmm» ao sentir a sua erecção.
- Sim, dá para ver.
***
Com o cheiro da união de Butch a rugir, ele agarrou no cotovelo da sua fêmea e puxou Marissa para dentro da ala do pessoal. Excepto V e Jane, todos os outros tinham uma distância mais curta do que eles para percorrer: O Fosso ficava do outro lado do pátio, mas agora já era de dia, e isso significava descer as escadas, entrar no túnel e atravessar a passagem subterrânea para voltarem ao quarto.
Ele não ia aguentar tanto tempo.
Nem de perto.
A primeira oportunidade disponível com alguma privacidade veio na forma de um quarto de funcionários desocupado que tinha cortinas puxadas, uma cama de solteiro sem lençóis e uma fechadura de latão muito útil.
Butch não se incomodou em acender as luzes; ele apenas puxou a sua fêmea contra o seu corpo e beijou-a como se não houvesse amanhã, enquanto fechava a porta com um pontapé e trabalhava a trancava como um profissional.
- Preciso tanto de ti - rosnou ele.
- Tu tens-me - disse ela contra a boca dele.
Foda-se, perfeito, o pénis dele rugiu nas calças. E por falar em seguir ordens: com um movimento rápido, ele empurrou-a para a cama, sentou-a e ajoelhou-se à sua frente. Enquanto inspirava profundamente, ele começou a rir-se.
- O que foi? - Murmurou ela, com os olhos semicerrados e totalmente comestível.
- Estás excitada.
- Claro que estou.
- Não estavas quando saíste do filme.
- Porque é que haveria de estar? Foi apenas uma boa diversão com as raparigas. Como ir a um museu, sabes? Aprecias a arte, mas não a levas para casa.
- Então, ainda sou o teu sabor favorito?
- Tu és o meu único sabor.
Bem, não é que isso o fez ficar todo orgulhoso, a abanar o pénis com o ego. Mostrando as presas, ele disse:
- É disso que eu estou a falar.
- Estavas mesmo com ciúmes? - Perguntou ela. - De um filme?
- Sim.
A gargalhada que lhe saiu foi fácil e descontraída, o som foi tão feliz, que o fez desejar que ela e as amigas se juntassem de novo e, sim, que vissem humanos sensuais a dançar no ecrã, se era isso que fazia a sua companheira ficar assim. É certo que ele não estava para escrever uma carta de fãs ao tal Tanning Chatum, mas estava mais do que grato pelas fêmeas e por aquela amizade.
Qualquer pessoa, qualquer coisa que tomasse conta da sua shellan, estava bem para ele.
Voltando a concentrar-se, separou as coxas de Marissa e baixou o tronco dela para a pequena cama. Tinha muitos planos que envolviam fazer sexo oral nela durante duas horas - mas o seu membro não ia esperar tanto tempo.
Precisava de entrar nela. Agora.
Concentrando-se no fecho das calças dela, ele deixou-a nua da cintura para baixo com mãos rápidas e um puxão pelas suas longas e adoráveis pernas. E depois as palmas das mãos dele subiram-lhe pelas pernas, pelas coxas. Com um gemido, ela abriu-se mais para ele, como se quisesse isto tanto quanto ele, revelando o seu sexo nu e brilhante - e foi aí que ele perdeu a cabeça.
Expondo a sua erecção, foi direito ao âmago dela, sem preâmbulos, sem preliminares - estavam ambos mais do que prontos.
- Marissa - gemeu ele enquanto a penetrava, deslizando profundamente, a sensação ao mesmo tempo familiar e eléctrica.
Praguejando ao expirar, ergueu-se e as suas ancas assumiram o controlo, movendo-se, empurrando, impulsionando - e ele adorou a forma como ela se agarrou ao seu pescoço e ombros.
- Toma a minha veia - ordenou ela.
As presas dele já tinham saído do céu da boca, e ele mostrou-as com um assobio. Atingindo o seu ponto preferido, no lado esquerdo, ele bebeu profundamente, bebeu com força, ficou pedrado com o sabor dela e com o sexo.
Mas não aguentou muito mais tempo. Estava tudo a ficar demasiado intenso, demasiado rápido com as suas investidas. Lambendo as feridas para as fechar, ele reposicionou-a para que pudesse ir ainda mais fundo - depois agarrou-se às ancas dela e penetrou-a, empurrando o seu corpo, balançando-a com tanta força que a fina estrutura de metal da cama bateu contra a parede e as molas do colchão tornaram-se numa sinfonia de rangidos selvagens.
Ele ouviu quando ela teve o orgasmo, que era o que ele procurava, ouvir aquele seu nome comum e nada extravagante irromper no ar com cheiro a sexo - e quis parar para poder sentir aquele aperto rítmico do seu núcleo. Mas já tinha ido longe demais. Os seus testículos estavam a aquecer, a sua pélvis estava em fase autónoma que ele não era mais capaz de controlar do que era capaz de parar o seu próprio coração, e o seu membro era aquela combinação bizarra de entorpecimento e hipersensibilidade...
Butch veio-se com tanta força que ficou com uma carga de fogo-de-artifício na sua visão, e mesmo quando começou a ejacular, sabia que ainda não tinha acabado.
Continuou a montá-la, mudando de posição novamente, arqueando-se mais sobre o corpo dela até que o seu peso ficou apoiado nas pontas dos pés e os seus braços o apoiaram para não a esmagar.
Mais fundo ainda. O que era fantástico.
Não tão bom para a cama, que começou a deslizar pelo chão.
Mas, mais uma vez, não havia como parar. Ele simplesmente andou com ela - até que a estrutura se encaixou num canto.
E olha que era uma vantagem.
Foda-se. Perfeito.
Butch continuava a martelá-la, o seu corpo soltava-se por si próprio... As semanas - e talvez, se fosse honesto, os meses - em que se sentiu um pouco separado dela desapareceram como se ele estivesse a foder essa distância subtil para fora da existência.
Muitos orgasmos. Daqueles fantásticos e violentos, em que a tua cara se enrugava com força, o teu corpo ficava dorido quando se acordava, e a confusão pós-orgásmica seria colossal.
Quando finalmente acabou, ele caiu em cima dela. Mas ele queria rolar para o lado, para que ela pudesse respirar melhor. Queria mesmo. Sim.
Virar para o lado seria bom neste momento.
Neste preciso momento.
Em três... dois...
... um.
Só que ele não conseguiu fazer o esforço: Sentia-se como se alguém tivesse estacionado um Hummer na sua coluna vertebral.
Marissa passou as mãos pelos braços dele.
- És incrível.
Ele tentou levantar a cabeça. E descobriu que o cabrão com o Hummer tinha colocado uma moto-quatro na parte de trás do seu crânio.
- Não, isso és tu.
Ou, pelo menos, era isso que ele queria dizer. O que lhe saiu da boca foi o discurso de uma vítima após um ataque cardíaco.
- Não... és tu - repetiu ele.
- O quê?
Tudo o que ele conseguiu fazer foi rir e, de repente, ela também se estava a rir - e foi aí que ele se obrigou a sair de cima da pobre fêmea. Ela virou-se logo para ele, e depois deitarem-se na cama como deve ser, aconchegados um contra o outro. Com os seus corpos ainda a libertarem enormes ondas de calor, mesmo sem cobertor.
- Eu amo-te, Butch - disse ela.
Na densa escuridão, ele sabia que ela estava a olhar para ele, e ele adorava isso. Ele queria toda a atenção dela, ansiava por ela, precisava dela a um nível tão grande que era quase patético. Mas ele nunca exigiria isso dela - e para um cabrão impaciente como ele, estava mais do que disposto a esperar por isso. Deus, quando te dá gratuitamente? O amor dela, o interesse dela, era um presente que, tal como ela, ele iria ficar sempre agradecido.
Ao fechar os olhos, ele sentiu o quanto ela o amava - e era engraçado, às vezes, quando se estava com uma pessoa por tanto tempo, casado com ela, a viver com ela, momentos como este eram tão maravilhosos e mágicos tal como aquele incrível instante ao dizer «amo-te» pela primeira vez.
- Deus, também te amo.
O beijo que ele lhe deu foi suave e gentil, e não porque ele estivesse exausto - porque, na verdade, se ela estivesse disposta a mais uma rodada, ele era mais do que capaz de ir até ao fim. Não, ele beijou-a com cuidado porque o laço emocional entre eles era ao mesmo tempo forte como um cabo de aço, e delicado como uma pétala de uma flor.
Com um leve toque, ela passou as pontas dos dedos pelo peito dele.
- Alguma vez desejaste que eu fosse diferente?
- Impossível. Não podes melhorar a perfeição. E não, eu não quero.
- És um querido.
- Isso é uma coisa que nunca foi dita sobre mim.
- Bem, tu és um doce para mim. - Uma pausa. - Posso pedir-te uma ajuda?
- Ficava chateado se não pedisses.
Outra longa pausa. Ao ponto de ele se deitar de lado e apoiar a cabeça na mão. Agora, desejava que houvesse mais iluminação no quarto para além daquela fina faixa à volta da ombreira da porta.
- O que é que se passa?
- Bem, eu sei que estás ocupado com o trabalho e com o centro de treinos...
- Pára. A sério? - Ele franziu o sobrolho para ela, apesar de provavelmente ela não conseguir ver. - Vais sugerir que alguma coisa é mais importante do que tu?
A imprecação que ela soltou foi uma espécie de derrota.
- Podes ajudar-me a descobrir quem matou aquela fêmea? Quem era ela, o que lhe aconteceu, quem lhe fez aquilo?
Ele não hesitou.
- Sim, ajudo-te. Seria uma honra para mim.
A exalação de alívio dela foi outro elogio que ele iria apreciar sempre.
- Obrigada - murmurou ela.
- Eu ia oferecer-te ajuda, mas queria respeitar o teu espaço.
- Não a posso deixar numa campa sem identificação.
- Não vai acontecer. Eu trato disso. - Ele franziu o sobrolho novamente na escuridão. - Mas devias saber uma coisa sobre mim.
- O quê?
- Eu não sou do tipo que desiste.
- Oh, eu sei. Tu e eu vamos até ao fim e descobrir tudo.
Butch abanou a cabeça.
- Não é isso que quero dizer. A raça dos vampiros não tem uma força policial. Não há prisões...
- Há uma colónia penal algures no oeste. Pelo menos, costumava haver. Não sei o que lhe aconteceu…
- É aí que eu quero chegar. Não há nenhum procedimento real ou consequências para crimes dentro da raça. Não há forma de punir os culpados ou de lidar com falsas acusações. O Wrath, ao fazer de novo as audiências tem ajudado em certos tipos de conflitos, mas ele é juiz e júri de uma só vez - o que é bom até termos alguns homicídios e crimes graves no sistema. E eles vão acontecer. Isso é um facto da sociedade, quer tenhas presas ou não.
- Então, o que estás a dizer?
A voz dele baixou para um rosnado.
- Se eu descobrir quem fez aquilo a uma rapariga inocente? Não vou ser capaz de deixar passar sem represálias. Percebes o que quero dizer?
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E por hoje é tudo! Fiquem bem!
Sunshine ;)