Coisas boas, hoje é quarta-feira.
Estou tão fartinha de chuva… Ai
que já papei tanta chuvinha que estou capaz de ter uma congestão… Devia estar a
hibernar como o resto da morcegada, mas insisto em não perder nada da vida e,
por isso, lá permaneço acordadita a espreitar o que se passa por este mundo e,
claro!, levo com a chuva em cima. Quem me manda a mim não ter juízo na
moleirinha?
Uma que eu conheço, é bem mais
fina… He he he… chama-se Viviana… Certa comentadeira costumeira de bem comentar, atirou-se de
cabeça no concurso do Lassiter e… Piu! Ganhou. Ora, tudo estava muito bem, se
eu não começasse a ler manhosices em estrangeiro… He he he… Era Lassi para
cima, Lassi para baixo… Dizia que tinha preguiça de escrever o nome todo… He he he… Eu gosto tanto quando tentam
endrominar o morceguito… He he he
Amor lindo, Viviana, esta tradução é dedicada
especialmente à tua pessoa. E só te safas porque me chamaste má a rir, ouviste?
xD
E o resto do pessoal que não
reclame por não ter dedicatórias! Ninguém fala comigo, ninguém quer saber de
mim… estou aqui a falar para o vento…
*triste*
Beijos bons.
SPOILERS PARA ALGUNS
Lover Reborn
[O senhor Tohr lá consegue sair do
quarto onde esteve com No’One]
Obrigando-se a ir até à porta,
saiu para o corredor, fechando-a [No'One] no quarto e…
- Que caralho é isto?
Levanta a perna, inspeciona o pé
descalço. Estava prateado. Olhando para a passagem, havia tinta prateada
pelo corredor até ao varandim do segundo andar.
(…) [Fala com o Fritz]
- Ninguém está a pintar no
complexo.
- Bem, alguém anda a armar-se em
Miguel Ângelo.
Tohr baixou-se e passou o dedo por
uma das pequenas poças…
Espera aí – não era tinta.
E aquela merda cheirava a flores.
Flores frescas?
De facto, era o cheiro que tinha
no quarto.
Os olhos foram da porta até ao
vestíbulo e pensou no chuveiro de balas onde tinha entrado. E ficou preocupado
por achar que não fora um milagre que, afinal, o tinha salvo.
- Chame a Dr. Jane, já. – Ladrou
ao doggen.
Ah, siiiiiiiim, pensou Lassiter
enquanto se virava na pedra quente e começou a bronzear o rabo despido. Foi o
que aconteceu.
Pensando bem, foi um bom dia para
ser baleado.
Ou noite.
Se calhar, devia dizer estação do
ano.
Graças ao criador, era verão:
deitado nos degraus da frente da mansão, os brilhantes megawatts de julho
batiam nele, os raios a curar o corpo completamente baleado. Sem isso? Era
capaz de ter morrido outra vez – e não era assim que ele queria reencontrar o
patrão. De facto, o sol era para ele como o sangue para os vampiros; uma
necessidade que ele realmente gostava. E ao banhar-se naquilo, a dor
desaparecia, a força voltava… e pensou em Tohr.
Que estúpido fazer aquilo no beco.
Em nome do que há por aí de sagrado, em que estava o caralho a pensar?
Não interessa. Nunca na vida
deixaria o burro dirigir-se àquele tiroteio sem proteção. Os dois já estavam a
entender-se e, agora que tinham feito progressos, não ia mandar tudo à merda.
E, agora, graças a se ter
transformado em alcoviteira, Tohr e No’One estavam a ter sexo.
Por isso, não se perdeu tudo. No
entanto, estava a ponderar seriamente em dar um murro nos tomates daquele Irmão.
Primeiro, porque aquela merda doeu como o caralho. E depois, e se fosse
dezembro? Era capaz de não ter sobrevivido….
O barulho da porta pesada a abrir
fez-lhe levantar a cabeça e voltar-se. A Dr Jane, aquela médica fantástica,
irrompeu como se fizesse planos para uma corrida considerável.
Ela para de repente para não tropeçar
nele.
- Aqui estás tu.
Olha, vejam, trouxe a caixinha das
brincadeiras, com a cruzinha vermelha para que se saiba que traz material de
emergência
- Raio de altura para te
bronzeares, - Murmurou ela.
Pousou a cabeça, a bochecha
encostada na pedra quente.
- Só estou a tomar o meu remédio
como um lindo doentinho.
- Importaste que te examine?
- O teu marido mata-me se me vires
nu?
- Tu estás nu.
- Não estás a olhar para o meu
lado empresarial. – Ela observou-o por cima sem mais comentários. – Está bem.
Mas não te ponhas à frente do meu sol. Preciso mais dele do que de ti.
Ela pousou a caixa perto da orelha dele e
pôs-se de joelhos.
- O V contou-me mais ou menos como
é que tu funcionas.
- Imagino. Sabes, eu e ele já
tivemos as nossas coisas. – O filho da puta até o salvou uma vez, um milagre
se se considerar que se odiavam um ao outro. – Temos um passado.
- Ele disse-me. – As palavras eram
distraídas, como se estivesse a inspecionar-lhe os furos. – Podes ter restos de
chumbo no organismo, importas-te que te vire ao contrário?
- O chumbo não interessa. O meu
corpo consome-o, desde que tenha muita luz do sol por cima dos ombros.
- Ainda estás a sangrar muito.
- Vai ficar tudo bem.
E ele estava a começar a pensar
que isso não era verdade. Depois do que aconteceu, manteve-se invisível e
escondeu-se no banco de trás do Mercedes que levou Tohr para a clínica. Mal lá
chegou, roubou ligaduras e mumificou-se para não sangrar por todo o lado. Não
tinha que ir a correr para a rua – ainda não havia luz do sol ou, pelo menos,
não havia a suficiente. Para além disso, pensou que não era nada.
Nope. Foi pouco depois de ter ido
à casa de banho com o Tohr que se apercebeu que estava metido em sarilhos.
Começou a ter dificuldade em respirar. A dor aumentou. A visão começou a distorcer-se.
Felizmente, o sol já se tinha levantado.
De qualquer forma, ele tinha de
sair quando a No’One apareceu.
- Lassiter. Quero-te ver de
frente.
- Isso é o que todas dizem.
- Estás à espera que eu te rebole?
Olha que eu faço.
- O teu macho não vai gostar
disto.
- Como se isso te incomodasse.
- É verdade que não. Até vale a
pena o esforço.
Com um gemido, colocou as mãos na
poça de sangue prateado que tinha por baixo e voltou-se como o bife que era.
- Uau, - espantou-se.
- É, não é? Parece a de um cavalo.
- Se fores simpático – e
sobreviveres a isto – prometo não dizer nada ao V.
- Acerca do tamanho.
Ela riu-se.
- Não, que tu achavas que eu
olharia para ti de outra forma que não a de uma profissional. Posso ligar
algumas destas? – Tocou-o levemente num peitoral. – Mesmo deixando as balas
dentro, talvez estanque o sangramento.
- Não é boa ideia. Sol e área de
superfície é o que é preciso. E vou ficar bem. Desde que não haja nuvens.
- Devemos arranjar uma mesa para
bronzear?
Agora ria-se ele – o que o fez
tossir.
- Não, não, tem de ser a coisa a
sério.
- Não gosto do som da tua tosse.
- Que horas são?
- Uma e vinte e seis.
- Anda cá daqui a meia hora e vês
como está.
Fez-se um momento de silêncio.
- Está bem, eu volto, Tohr vai
querer… - o telefone soou e ela atendeu – Estava a falar de ti. Sim, estou com
ele e ele está… mal, mas diz que está tudo controlado. Claro, eu fico com ele…
Não, não é preciso nada, e já te ligo daqui a vinte minutos. Ok, em dez. – Uma
longa pausa e ela suspirou – É… ah… muitos ferimentos de bala. No peito. –
Outra pausa – Está? Está, Tohr? Ó Deus, pensei que te tinha perdido. Sim… não,
ouve, confia em mim. Se achasse que ele estava em perigo, já o tinha arrastado
ao chuto e aos gritos para a entrada. Mas, para dizer a verdade, estou a vê-lo
curar-se enquanto falamos… Consigo ver os ferimentos a dissiparem-se com os
meus próprios olhos. Ok. Sim. Adeus.
Lassiter não teceu nenhum
comentário; ficou onde estava, olhos fechados, o corpo a fazer de painel solar
em processo de cura.
- Então, tu és o motivo porque
Tohr saiu vivo daquele beco. – murmurou a bondosa médica passado algum tempo.
- Não sei do que estás a falar.
Eu gosto
do Lassiter! É tão liiiiiiiiindo!
Tenho orgasmos cada vez que abre a boca linda para falar…
He he he
Se me aparecesse à frente, era morceguinho para os ter de outra espécie…
E era com a boquinha linda dele…
Sim. Eu calo-me.
:D