Excelente segunda-feira, criaturas
simpáticas!
Sobrevivi ao Qhuinn! (Boa, para mim!)
Estava toda acagatada com o medo,
aliás o meu tão elogiado traseiro transbordava de miúfa, nem sei como controlei
o dito. Consegui pêssegos bons e ainda me coçou as coooooooostas! Fui para a
gruta a cheirar a Qhuinn por todos os laaaaaaaaaaados. Ele segurou-me com
aquelas mãos enormes dele e... Ahhhhhhhhh! Delírio!
Bem, no final aquilo deu para o
torto e tive de o insultar e ele disse que eu cheirava mal e blá blá blá que
tinha de se desinfetar. Tretas! Era para não dar parte fraca.
Durante o fim de semana trabalhei
como uma besta, consegui ler um livro e pus-me a pensar na vida (traduzindo:
pensar na Irmandade). Cheguei a uma conclusão: O bebé da Beth e do Wrath vai-se
chamar Darius. Só pode! É o pai dela e o melhor amigo dele que, sem saber, os
aproximou. Não faz sentido? Bem melhor que Wrath.
Nos intervalos de gritar com as
crias, limpar o nariz à cria fungosa e aturar o morcegão, tive vontade de dar
murros na cabeça.
Meu Deus, EU estive num quarto
sozinha com o Qhuinn e nem lhe tirei as medidas do rabinho bom com as patas
lindas… Acham que lhe passei a asa? Nadita! Só tinha medo que me deixasse
esticada lá dentro e que me fosse enterrar no jardim! Sou tão triste! Vida de
morcego é complicada!
Hoje vamos ver um Tohr e uma
No’One a prepararem-se para o primeiro encontro (que virá amanhã).
Boas leituras!
Beijos bons.
SPOILERS PARA ALGUNS
LOVER REBORN
- A apreciar as vistas? Eu não.
Ela assusta-se e vira-se, a bainha
das vestes a abrirem-se. Lassiter tinha vindo da despensa sem ela dar conta e
enchia a porta da entrada, o cabelo loiro e negro e os pírcingues a refletirem
a luz do candeeiro por cima dele.
Os seus olhos sábios eram algo de
que ela queria fugir, mas para já, o olhar branco não recaía sobre ela.
Cruza os braços e enfia as mãos
nas mangas das vestes e volta a fitar Tohrment.
- Na verdade, não sei como é que
ele continua a lutar.
- Está na altura de nos deixarmos
de paninhos quentes com ele.
Ela não sabia exatamente do que
ele estava a falar, mas adivinhou:
Há aqui Escolhidas que se dispõem
a alimentar. De certeza que ele podia usar uma delas.
- Achas?
(…)
- Gostava que houvesse alguma
maneira de o ajudar. – murmurou. – Eu faria qualquer coisa para o ver auxiliado, em vez de só e a sofrer.
- A sério? – Veio a resposta
sombria.
- Claro.
Lassiter pôs a cara à frente dela.
- Tu estás mesmo a falar a sério.
Ia dar um passo atrás, mas foi
detida pela porta.
- Sim…
O anjo estendeu-lhe a mão para que
ela apertasse.
- Promete.
No'One franziu a testa.
- Não percebo.
- Quero que prometas que vais
fazer tudo o que puderes – agora aqueles olhos brancos ardiam. – Estamos a
empatar desde a primavera e não temos o tempo todo. Dizes que o queres salvar,
e eu quero que te comprometas a isso, independentemente do que for necessário
fazer.
(…)
A fitar o anjo, ela não era
estúpida, nem inocente.
- Sugeres que eu o alimente.
- Sim. Já é altura de avançarmos.
(…)
- O sangue de uma Escolhida seria
mais puro. – Ouviu-se dizer.
- E não nos leva em lado nenhum.
[O dia em que tinha de cumprir o prometido]
No’One estava no balcão a partir
ovos para uma tigela.
Sozinha.
Parou, o capuz subiu e virou-se
para olhar para ele.
Por qualquer motivo, o coração dele
começou a bater com força.
(…)
Ao dar mais alguns passos na
direção dela, teve o pensamento terrível de que aquilo era o que Lassiter
queria dizer com deixar-se ir: Neste instante, ele deixara a Wellsie para trás.
Só tinha consciência da pequena fêmea que estava à sua frente a esforçar-se por
se manter parada ao ser perseguida por um Irmão.
Parou apenas quando estava a um
passo dela. A olhar para além da sua cabeça inclinada, os olhos estavam fixos
no pulso frágil da jugular.
Ela também estava com a respiração
acelerada.
E ao inalar, ele apanhou um
cheiro.
Não era medo.
(…)
Tudo o que ela sabia com certezas
absolutas era que ele lhe iria tomar a veia em instantes e que ela o ia deixar
– não porque o anjo lho tinha pedido, e não porque o tinha prometido, e não
para ficar quite com o que aconteceu no passado.
Ela… queria que ele o fizesse.
Quando um silvo saiu de dentro
dele, ela soube que Tohrment tinha aberto a boca e exposto as presas.
Tinha chegado a hora. E ele não
puxou a manga para cima. Abriu a parte de cima das vestes, descobriu os ombros
e virou a cabeça para o lado.
Ofereceu-lhe a garganta.
Oh, como batia o coração.
- Aqui não, - rosnou. – Vem
comigo.
[Foram para a despensa e ela não
sabia o que fazer. Tohr foi um bruto. No final de se alimentar, ela fugiu dele. Pouco depois ele foi pedir-lhe desculpas e a coisa ficou mais ao menos. Chegou a hora de ele a alimentar a ela.]
Tohr estava deitado na cama
sozinho, só se apercebia do pulsar do seu pénis. Apercebia-se disso e do cheiro
a flores recém-cortadas trazidas pelo Fritz na sua rotina normal.
- É isto o que tu querias de mim,
anjo? – Perguntou em voz alta. – Eu sei que estás aí. É isto o que tu querias?
Para dar ênfase à pergunta, pôs a
mão por baixo da roupa e deixou-a deslizar pelo peito abaixo até ao
baixo-ventre. Ao agarrar-se, não conseguiu controlar a coluna de se arquear,
nem o gemido de sair da garganta.
- Onde caralho estás? – rosnou,
sem saber para quem falava na escuridão. Lassiter. No’ One. O Destino misericordioso
– se é que o havia.
De algum modo, não queria
acreditar que estava à espera de outra fêmea – e o facto de o equilíbrio entre a necessidade e a culpa estar a pender para o primeiro era uma…
- Se vais chamar o meu nome
enquanto fazes isso, eu vomito.
A voz de Lassiter era áspera e
incorpórea vinda da esquina do quarto onde estava a cadeira.
- Era isto o que tu querias dizer?
Meu Deus, isto era mesmo ele?
Pensou Tohr. Esfomeado, impaciente. Irritado por estar excitado.
- É um caminho melhor do que ir
por uma chuva de balas. – ouviu-se um som estranho – Ei, sem ofensa, mas
importas-te de pôr as duas mãos onde as possa ver?
- Podes fazer com que ela venha
ter comigo.
- O livre arbítrio é o que é. As
mãos, caralho? Se não for incómodo.
Tohr levantou as duas mãos e
sentiu-se obrigado a dizer:
- Eu quero alimentá-la, não
fodê-la. Nunca colocaria No’One nessa situação.
- Sugiro que a deixes ter as suas
opiniões relativamente a sexo. – Tossiu um pouco – mas também, que merda de
assunto esquisito para terem dois tipos quando falam de fêmeas de valor. – Ela
pode ter outras ideias.
Tohr recordou-se do modo como ela
olhara para ele na clínica quando se masturbou. Ela não tivera medo.
Ela parecera interessada…
Não sabia muito bem como fazer com
aquilo…
O corpo arqueou-se sozinho, como
que a dizer A merda que não sabes.
Ao ouvir um som de tosse, Tohr
riu-se um pouco.
- És alérgico às flores?
- Sim. É isso. Vou-te deixar, está
bem? – Fez uma pausa. – Estou orgulhoso de ti.
Tohr franziu o sobrolho.
- Porquê?
Como não houve resposta, era óbvio
que o anjo já tinha desaparecido.
Um suave bater na porta fez Tohr
endireitar-se e quase não sentiu dor nos ferimentos: ele sabia exatamente quem
era.
- Entra.
Vem a mim.
Uuuuuuuuuuuuuuu!... Está tudo
pronto para a ação?
Amanhã.
Sim, amanhã também é dia... e eu sou terribilis!