E já é
quinta-feira. Início do meu fim de semana no blogue!
Há gente tão
zangada com o morCeGuinho lindo, que nem fala, não comenta, não insulta, não diz nada. Está tudo à espera das cenas em
que se sua e se trocam fluidos e o mamífero não quer saber. :D
A Margarida deve
estar tão mal que nem deve dormir direito! He he he… adoro mulheres que sabem o
que querem… he he he… Calma, amor lindo, para a próxima semana o velhote do Tohr vai
rejuvenescer. Ó se vai! E a experiência fica-lhe tão bem…
A experiência que
não me está a agradar e que me está a por nervosa (acho que até me está a cair o pelo por causa disso) é que está
quase a chegar a hora da verdade. Eu terei de ir ter com o Qhuinn mais cedo ou
mais tarde. Devia estar a dar pulos de contente, mas o estômago embrulha-se e
só penso no mal que tudo pode correr. Cheira-me que vou abrir a boca para só
dizer asneiras e que ele, no mínimo, me vai mandar empalhar antes de me enfiar
na lareira cortada às rodelinhas… Aaaaaai… tenho tanto medo… É tão bonito estar
um morceguinho sossegado, pendurado na sua gruta, a dar à língua linda e dizer
que vai fazer e acontecer e que põe a unha delicada e que passa a pata elegante só-Deus-sabe-por-onde… mas depois… Piu!
Merda! Estou no In Between dos Morcegos…
Rezem por mim. Se
sobreviver, conto-vos como foi.
Deves voltar, deves… enfiada numa caixinha,
se não te espalharem as asas ao vento…
Adeus, mundo
cruel!
Beijos bons.
SPOILERS PARA ALGUNS
Lover Reborn
- Ela morreu.
Ao som da voz do macho, Lassiter
olhou para trás. Do outro lado do quarto, Tohr
erguia-se à porta, a segurar-se no caixilho.
Lassiter pousou a camisola que
estava a emalar. A rotina da mala não era por não poder levar merda nenhuma com
ele, mas antes, porque parecia-lhe justo ter tudo arrumado para quando o
chamamento viesse: Depois voltar a ficar preso no In Between, o pessoal terá de
se ver livre das roupas que usou e das poucas coisas que juntou.
O Irmão entrou e fechou a porta.
- Ela morreu. – Coxeou até se
sentar na espreguiçadeira. – Pronto, já disse.
Lassiter baixou o rabo na cama e
fitou o tipo.
- E achas que isso chega.
- Que caralho queres de mim?
Teve de rir.
- Pelas almas. Se eu estivesse à
frente deste espetáculo, já a terias tido de volta há meses e eu já estava
longe daqui.
Tohr, surpreendido, riu-se um
pouco.
- Ó, anda lá, homem, - murmurou
Lassiter. – Eu não te quero foder. Tens o peito muito liso – sou um gajo de
mamas. E depois, tu és um tipo porreiro. Mereces ais do que isto.
Agora Tohr estava completamente
boquiaberto.
- Oh, pelo amor de Deus. -
Lassiter levantou-se e regressou às gavetas abertas do armário. Tirou umas
calças, amarrotou-as e voltou a dobrá-las.
Ocupar as mãos devia ajudar o
cérebro a concentrar-se. Mas não funcionou muito bem. Se calhar devia bater com
a cabeça na parede.
- Vais a algum lado? – Perguntou o
Irmão passado algum tempo.
- Vou.
- Desististe?
- Eu disse-te. Não sou eu quem faz
as regras. Vou ser arrancado daqui e não vai demorar muito.
- Arrancado daqui para onde?
- Para onde estava. – Encolheu os
ombros, apesar de ser coisa de maricas. Mas uma eternidade isolado era o
inferno para alguém como ele.
- Vais para onde… a Wellsie está?
- Já te disse., o In Between é
diferente para cada um.
Tohr pôs a cabeça entre as mãos.
- Eu não me consigo desligar. Ela
era a minha vida. Como é que eu vou…
- Podes começar por tentares não
te castrar com um murro cada vez que tiveres uma ereção por causa de outra
fêmea.
Como o Irmão não disse nada,
Lassiter teve a impressão de que ele estava a chorar. E sim, uau, aquilo era
esquisito. Meu Deus. Merda.
Lassiter abanou a cabeça.
- Eu não sou o anjo certo para
isto, a sério.
- Eu nunca a traí. – Tohr inalou
profundamente pelo nariz, fungou virilmente, no que a fungadelas diz respeito.
– Os outros machos… mesmo os vinculados, olham para as fêmeas de vez em quando.
Talvez até deem uma volta por fora. Eu não. Ela não era perfeita, mas era mais
do que o suficiente para me satisfazer. Diabo, quando Wrath precisou de alguém
para vigiar a Beth antes de acasalarem? Mandou-me a mim. Ele sabia que eu não
atiraria a ela, não só por respeito a ele, mas porque eu não me interessaria
nada. Nunca houve, literalmente, um segundo em que pensasse noutra.
- Pensaste hoje.
- Não me lembres.
Bem, pelo menos ele não negou.
- E é por isso que vou ganhar uma
viagem de ida para a terra do não-volta-mais. E a tua shellan vai ficar onde está.
Tohr esfregou o centro do peito
como se doesse.
- Tens a certeza de que eu não
morri e de que não fui já para esse in Between? Porque esta merda é como tu a
descreveste. A sofrer sem estar no Dhund.
- Não sei. Talvez algumas pessoas
não saibam que já lá estão – mas as minhas ordens foram claras como a água, e
tinha a ver com tu a deixares ir para ela continuar.
Tohr deixou cair as mãos como se
estivesse farto deste mundo.
- Nunca pensei que houvesse algo
pior do que ela morrer. Não imaginei um desfecho que doesse tanto. – Praguejou.
– Já devia saber que o destino é tão sádico como infinitamente criativo – se eu
fodesse aquela fêmea, conseguia mandar aquela que amo para o Fade. Que equação
fabulosa. Fantástico.
E isso não era sequer metade da
história, pensou Lassiter. Mas para quê falar disso agora?
- Preciso de saber uma coisa, -
disse o Irmão. – Tu que és um anjo, acreditas que algumas pessoas estão
amaldiçoadas desde que nascem? Que há vidas condenadas desde sempre?
- Eu acredito… - Merda, não queria
ir tão longe. Isto não era ele. – Eu…
ah, acredito que a vida lança uma série de obstáculos na cabeça de todos os
desgraçados do planeta. A sorte é injusta por definição, e aleatória.
- E esse teu Criador? Não tem uma
palavra a dizer.
- Nosso – murmurou. – Não sei. Não
penso muito nas coisas.
- Um anjo ateu?
Lassiter riu-se um pouco.
- Se calhar é por isso que estou
sempre metido em sarilhos.
- Nã. Isso é porque consegues ser
mesmo parvo.
Ambos se riram. Depois ficaram
sentados em silêncio.
- Então, o que é preciso fazer? –
Perguntou Tohr. – A sério, que diabo é que o destino quer de mim agora?
- O mesmo que qualquer
empreendimento. Sangue, suor e lágrimas.
- Lá está. – Disse Tohr secamente.
– E eu a pensar que podia só ser um braço ou uma perna.
Como Lassiter não respondeu, o
Irmão abanou a cabeça.
- Ouve, tu tens de ficar. Tu tens de me ajudar.
- Não está a funcionar.
- Eu esforço-me mais. Por favor.
Passada uma eternidade, Lassiter
sentiu a cabeça a dizer que sim.
- Ok. Está bem. Eu fico.
Tohr libertou o ar devagar e por
muito tempo, como que aliviado. Mostrava o que sabia. Ainda estavam todos em
maus lençóis.
- Sabes, - disse o Irmão, - não
gostei de ti quando te conheci. Pensei que eras um imbecil.
- O sentimento é mútuo. Exceto a
parte do imbecil – não é nada pessoal. Eu não gosto de ninguém, e como já te
disse, não acredito em quase nada.
- E mesmo assim, ficas aqui a
ajudar-me?
- Não sei… Acho que só quero o que
a tua shellan quer. – Encolheu os
ombros. – No final, mortos e vivos são iguais. Só querem regressar a casa.
Depois… não sei, não és tão mau assim.
Viram o Lassiter a mudar, viram?
Eu gosto do anjo assim.
Mas gosto mais da cena dele com a Jane, mas essa fica para a semana.
E as cenas mais melhor boas que todos aguardam também estão à porta.
Se ainda estiver viva, publico.