Lover Reborn: Blay / Qhuinn

Nem só de Tohr e Lassiter vive o Lover Reborn.



Quarta-feira, dia de sol.

Com está o pessoal?



He he he

Hoje temos Qhuinn… He he he… a fazer cenas triiiiiiiiiistes… He he he

Como seria de esperar, a saga Qhuinn / Blay, que conhece um desfecho parcial em Lover at Last, é uma novela só. O Blay anda todo consolado com o Saxton (ou isso… como se houvesse consolo…) e o Qhuinn, desgraçadinho da vida, passa os dias a ganir pelos cantos da casa. Culpa de quem? Do mau feitio! E há dias que são piores que outros. Este foi um deles.

Não resisti a mostrar o que acontece com estes dois, apesar de andar a omitir as desventuras John /Xhex e de não traduzir uma série de diálogos de ir às lágrimas de tanta trenguice e trolhice. Aqueles irmãos para se andarem a picar mandam bocas altamente!

E escusam de pedir – embora ande tudo mudo dos dedos para comentar – para o fazer. Há que aguardar pela saída do livro e comprar. Se não compram, eles mandam a série para as urtigas e nós ficamos a chupar no dedinho! Não é bem.

Declaro-me uma atiçadora oficial. Até estou a pensar em substituir a palavra spoiler por “aticedo”, ou por “atiçanso”. Que palavras tão lindas! :D

Ontem não cheguei a comentar uma coisa. Para que ca…lho serve a Virgem Escrivã? O Lassiter, o tal anjo que não tem sexo por falta de oportunidade e não por falta de material, fala em Criador. Um criador de todas as coisas, incluído anjos, vampiros, Virgens e Ómegas. Se a gaja já não é virgem, se não escreve, e se não é mãe de raça nenhuma, para que serve? Para ser adorada, brilhar no escuro e fazer a vida negra aos outros? Para isso já existe o bicho preto, adorado pelos coisos a cheirar a pó de talco e que, diga-se em abono da verdade, é bem mais ruinzinho que ela.

Não percebo. Para mim, era matá-la e acabar-lhe com a raça.

O que não é para matar e que devia ter muita descendência é o meu Qhuinn…

E ele aí está!

Beijos bons.



SPOILERS PARA ALGUNS
Lover Reborn: Blay / Qhuinn




Qhuinn nunca gostou de esperar. E isso quando as merdas estavam bem. Considerando que já mentira duas vezes acerca do paradeiro de John Matthew?
Não estava contente.
Enquanto permanecia à porta da porta escondida perto da grande escadaria – para poder esconder-se no túnel caso alguém aparecesse – tinha a melhor vista possível da entrada. O que quer dizer que quando abriram a porta da frente encheu o olho do seu par preferido: Blay e Saxton.
Devia saber que a sorte não permitiria que fosse de outro modo.
Blay segurou na porta, como o cavalheiro que era, e Saxton passou, o desgraçado ficou a olhar para ele, por cima do ombro, de pálpebras semicerradas.
Diabo, aquele tipo de “olhar” era pior que ver os dois a comerem-se em público.
De certeza que tinham saído para um belo jantar que depois foram à casa de Saxton para o tipo de brincadeiras difíceis de ter na mansão. Privacidade completa era algo que não se conseguia por aqueles lados.
Ao tirar o casaco Burberry, a camisa de seda de Blay abriu-se e exibiu uma marca de dentes no pescoço. E outra mais abaixo.
Só Deus saberia onde mais as tinha.
Subitamente, Saxton disse alguma coisa que fez Blay corar e a gargalhada tímida e discreta que se seguiu, fez Qhuinn ter vontade de vomitar.
Que bom, a puta era humorista e Blay gostava das piadas dela.
Fantástico.
Sim.
Saxton subiu as escadas. Blay, por outro lado, deu a volta e – Merda. Qhuinn fugiu para a porta, as mãos a atrapalharem-se com o trinco.
- Olá.
As mãos de Qhuinn pararam. O corpo parou. O coração… parou.
Aquela voz. Aquela voz suave e grave que ouviu praticamente a vida toda.
Endireitou as costas, mandou o foder os planos de fuga, virou-se e enfrentou o seu ex-melhor amigo como macho que era.
- Olá. Tiveste uma boa noite?
Merda. Não queria ter dito aquilo. Como se não tivesse sido boa.
- Sim, e tu?
- Sim. Boa. Sai com o John- Ele já voltou e agora vamos para a sala dos pesos. Ele está a mudar de roupa.
Era duro saber se era a mentira que lhe fazia arder o peito e o punha tão conversador.
- Não vais à Última refeição?
- Nã.
Silêncio embaraçoso. O tema do Jeopardy! Uma bomba nuclear – não que Qhuinn se apercebesse se aparecesse uma nuvem em forma de cogumelo naquele momento.
Meu Deus, os olhos de Blay eram tão azuis. E… diabo, os dois estavam mesmo sozinhos. Quando foi a última vez que isso aconteceu?
Ah, sim. Logo depois de Blay se ter atracado com o seu primo pela primeira vez.
- Então, tiraste o pírcingues, - comentou Blay.
- Nem todos.
Porquê? Quer dizer… eles foram sempre do género tu, percebes?
- Se calhar não quero mais ser definido assim.
As sobrancelhas de Blay ergueram-se, Qhuinn quase que queria fazer o mesmo. Esperava que outra coisa lhe saísse da boca. Alguma coisa do género “Meh”. Ou “ou isso”. Ou “Não te preocupes, ainda estão onde interessa”.
Depois até podia agarrar o material e gabar-se como se tivesse tomates do tamanho da cabeça.
Não admirava que Saxton fosse tão atraente.
- Pois, é isso… - disse. Depois pigarreou. – Então, como vão as coisas… entre vocês?
Pausa para a segunda viagem aos céus por causa daquelas sobrancelhas ruivas.
- Estou bem – estamos… ah, bem.
- Bem. Ah…
Depois de uma pausa, Blay olhou para trás, para a porta da cozinha. Era, claramente, o princípio da despedida.
Qhuinn queria dizer: quando fores embora, faz-me um favor. Acho que o meu ventrículo esquerdo caiu ao chão, não o pises quando saíres. Obrigado. Ótimo.
- Estás-te a sentir bem? – Murmurou Blay.
- Sim. Vou treinar com o John. – Já tinha dito isso. Foda-se. Isto estava um desastre. – Já sabes. Para onde vais?
- Vou andando… buscar qualquer coisa para comer para mim e para o Sax.
- Também não vão à Última Refeição. Parece-me que temos isso em comum. – Alguém agarra nos pompons e torce pela equipa. Iupi. – Então, aproveita. Aproveitem, quer dizer-
Do outro lado da entrada, a porta abre-se e John Matthew entra.
- Filho da mãe, - murmurou Qhuinn, - O burro está finalmente em casa.
- Pensei que tinhas dito que ele…
- Estava a disfarçar.
- Vocês não estavam juntos? Espera, tu foste apanhado sem estares com ele…
- Não foi minha a opção. Acredita.
Qhuinn foi atrás do sr Independente, Blay foi com ele e John olhou para eles e a sua expressão de ahhh-satisfação desapareceu como se alguém lhe tivesse dado um chuto no rabo com biqueira de aço.
- Temos de falar. – Silvou Qhuinn.
John olhou para os lados como se procurasse um sítio para se esconder. Bem, azar dele, a entrada estava praticamente deserta de mobílias e o burro não iria conseguir saltar para tão longe que fosse ter à sala de jantar.
- Qhuinn, eu is telefonar.
Qhuinn agarrou-o pela nuca e atirou-o de cabeça para a terra do bilhar e das pipocas. Ao passarem pela porta, John soltou-se e foi direto ao bar. Pegou numa garrafa de Jack e abriu a coisa à bruta.
- Achas que esta merda é uma brincadeira? – Qhuinn bateu várias vezes na tatuagem por baixo do olho. – É suposto eu andar contigo todos os segundos da noite e do dia, estúpido. Tenho estado a mentir por tua causa nos últimos quarenta minutos.
- É verdade. Esteve.
Blay a falar por trás foi uma surpresa. Agradável.
- Fui ver a Xhex, está bem? Neste momento, ela é a minha prioridade.
Qhuinn atirou as mãos ao ar.
- Fantástico. Assim, quando o V me agrafar o meu lábio rosado ao peito, podes sentir-te aliviado. Obrigado.
- John, não pode ser assim. – Blay foi à volta e pegou num copo, como se tivesse medo que o amigo bebesse a garrafa toda. – Dá-me isso.
Agarrou na bebida, encheu o copo e…
E bebeu-o ele.
- Que foi? – Perguntou quando viu que estavam a olhar para ele. – Toma, leva-a contigo se é isso que queres.
John bebeu um golo e ficou a olhar para o espaço. Passado um bocado, atirou a garrafa na direção de Qhuinn.
A revirar os olhos, Qhuinn murmurou:
- Ao menos, este tipo de desculpas eu aceito.
Ao pegar na garrafa, apercebeu-se que já não estavam os três juntos há rores de tempo. Antes das transições, passavam todas as noites depois dos treinos no antigo quarto de Blay na casa dos pais dele, matando o tempo a jogar, a beber cerveja e a falar do futuro.
E agora estavam finalmente onde queriam estar? Cada um seguiu um caminho diferente.
Mais uma vez, John estava certo. Ele estava devidamente acasalado, claro que a sua atenção estava noutro lado. E Blay estava a ter uma vida altamente com Saxton, a puta.
Qhuinn era o único a rezar aos deuses.
- Caralho, - disse a John. – Vamos esquecer isto…
- Não, - interrompeu Blay. – Isto não esteve bem. Deixa-te de merdas, John – deixa-o ir contigo. Não quero saber se vais ter com a Xhex ou não. Deves-lhe isto.
Qhuinn deixou de respirar, todo ele concentrado no macho que fora o seu melhor amigo e que nunca foi seu amante… e que nunca será.
Mesmo depois de tudo o que se passou entre eles, e de todas as merdas que tinha feito, todas elas lendárias, Blay ainda o defendia.
- Eu amo-te, - deixou escapar Qhuinn no silêncio.
John ergueu as mãos e sinalizou
Eu também. E estou mesmo arrependido. Isto entre mim e a Xhex…
Blá, blá, blá. Ou Blá, blá, blá, no caso da linguagem gestual.
Qhuinn não ouvia nada. John continuava a explicar-se, sentiu-se tentado a interrompê-lo e admitir o que disse e para quem o disse. Mas só conseguia pensar no Blay a entrar com Sax e na merda do rubor dele.
Teve de dar tudo que tinha para olhar para John e dizer:
- Nós resolvemos isto, está bem? Deixa-me ir contigo – Eu não fico a olhar. Juro.
John estava a dizer qualquer coisa. Qhuinn dizia que sim com a cabeça. Blay começou a afastar-se, um passo para trás, depois outro e um terceiro.
Mais conversa. Blay fala.
E, depois, o macho virou-se e saiu. Buscar comida. Para ir ter com o Saxton.
Um assobio baixo fê-lo acordar e concentrar-se no John.
- Sim. Claro.
John franziu o sobrolho.
Queres um bilhete de estacionamento colado à testa?
- O quê?
Desculpa, pareceu-me que não estavas aqui. Parece-me que acertei.
Qhuinn encolheu os ombros.
- Vê as coisas sob este prisma, já não me apetece espancar-te.
Ótimo. Brinde. Mas o Blay tem razão. Não volto a repetir.
Obrigado, meu.
Bebes?
- Sim. Boa ideia. Ideia excelente. – Deu a volta ao bar. – Mais do que isso, vou buscar uma garrafa só para mim.



Ai como eu consolava a criatura… Qual garrafa, qual nada! Cura por intermédio de MorCeGuinho. Isso é que era!... Ahhhh… Uhhhh… Até uivo!...

2 comentários:

Margarida disse...

Morcego não te preocupes que eu não te abandono nunca!!!!! Posso andar mais caladinha dos dedos mas estou sempre por perto e á espera destas coisas boas que tu tão bem sabes fazer. E quando poes os 3 meninos juntos....OMG sem palavras. Coitadinho do Qhuinn...vou consola-lo concerteza mesmo sabendo que é um consolo "sem futuro" hehehe.
Continua mamifero lindo que estas no caminho certo!!!!

morCeGo disse...

A minha margarida está viva!

 

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