Porque a gente gosta de vampiros!
E vamos pro que interessa: características dos vampiros com as
quais quem escreve não deveria mexer!
Vampiros de fantasia urbana evoluíram muito no decorrer dos
anos, enquanto as antigas histórias de horror e mitos nas quais eram baseados
lentamente mudaram para ser o gênero que hoje conhecemos e amamos. Mas durante
esse caminho, muito mudou – e isto não é necessariamente algo ruim, no final
das contas mudá-los de monstros vilões do mal para protagonistas em potencial é
um salto importante por si só.
Ainda assim, existem algumas mudanças em comparação com as
raízes com as quais não estamos contentes, que sempre nos fazem ficar de cara fechada
sempre que elas aparecem. Há algumas partes da lenda dos vampiros com as quais
não se deve mexer: então no embate desta semana, que mudança na lenda
sobrenatural mais te incomoda?
Vampiros à luz do dia
Eu não me importo com como você faz isso – talvez eles tenham
que dormir durante o dia, talvez eles queimem durante o dia, talvez eles fiquem
enfraquecidos pela luz do dia, talvez os olhos deles sejam sensíveis a
luzes brilhantes – qualquer que seja a razão, vampiros não deveriam tomar banho
de sol. Vampiros e luz do sol não devem se misturar, esta é uma das minhas
regras invioláveis. Em algum ponto, um vampiro deve fixar olhar pra cima na
direção da estrela do dia com medo. Chega desses vampiros dançando aí ao meio
dia!
[N/T: fãs de Twilight com um ataque em 5... 4... 3...] E, acima
de tudo, eles não devem brilhar. Não, eles não devem.
Vampiros se alimentando de comida
Eu não consigo nem dizer por que isto me incomoda tanto, mas
incomoda. Eu consigo lidar com um vampiro tomando alguma bebida (até certo
ponto) mas a ideia de um vampiro comprando um Big Mac e batatas fritas
simplesmente meio que desmancha a mística toda. E sem mesmo falar do assunto
todo de que o que entra deve sair em algum momento – qual é, você consegue
manter o mistério sobrenatural imaginando um vampiro comprando papel higiênico?
Comer é simplesmente muito humano, muito mundano, muito mortal
para meus senhores da noite mortos-vivos fazerem.
Vampiro que se detesta
O vampiro que se abomina se tornou extremamente lugar-comum em
fantasia urbana. De Louis de Pointe du Lac, até Edward Cullen, até Bill
Compton, eles estão em absolutamente todo o lugar. Eles gastam tempo num estado
depressivo constante enquanto avaliam tudo o que é humano. A pior parte é que
esses vampiros são um tédio e me fazem querer mandá-los para algum tipo de
terapia de grupo.
Vampiros e meninas adolescentes
Livros com tema sobrenatural para jovens tornaram bastante
lugar-comum ter vampiros antigos namorando garotas adolescentes. Na maioria dos
cados, essas jovens mulheres não tem absolutamente nada de interessante e ainda
assim elas são continuamente consideradas como criaturas únicas sem as quais
esses vampiros não vivem. O que os dois possuem em comum? É sempre ressaltado
que a única diferença digna de se discutir é o fato de os dois serem de
espécies diferentes. O que eu quero saber é porque ninguém está falando de algo
que é bem óbvio. Sobre o que um vampiro centenário poderia conversar com uma
menina adolescente além da hora do dia ou do clima? Se qualquer coisa, estes
relacionamentos parecem mais com pedofilia do que com romance.
Vampiros beberem sangue
Esta é a característica que define um vampiro. Se um vampiro não
bebe sangue, então não é um vampiro. É só um cara que viveu muito tempo que
precisa de um pouco de protetor solar. Admitidamente, este é muito raro, mas eu
consigo ver acontecer – eu quero meus vampiros com presas e mordendo uma
garganta, obrigada. Sim, e eu quero que eles tenham presas. Sim, eu sei, outras
lendas tem vampiros com línguas pontudas ou até mesmo unhas compridas nos
dedões – mas meus vamps precisam de presas!
E quanto a vocês, leitores? Com qual lenda vampira você acha que
não deveríamos mexer? Que mudança foi um salto pra longe demais? Qual é sua
norma para vampiros com a qual os autores não deveriam mexer?
(A Voz de Caldwell)