Olá pessoal!!!
Vamos aos avisos habituais que a NightShade deixou!
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Aviso
O blog informa que a tradução deste livro é feita por fãs para fãs, não vamos publicar o livro na íntegra, só alguns capítulos com o objectivo de oferecer aos leitores algum acesso ao enredo desta obra para motivar à compra do livro físico ou e-book.
A tradução é feita somente em livros sem previsão de lançamento em Portugal, para preservar os direitos de autor e contratuais, no momento em que uma data seja estabelecida por qualquer editora portuguesa na publicação deste livro, os capítulos traduzidos serão imediatamente retirados do blog.
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Capítulo 45
Quando Craeg se materializou no relvado de Paradise, não tinha a certeza se tinha vindo para lutar com ela ou para fazer as pazes com ela.
Sinceramente… ele não sabia.
Depois de ela lhe ter dado a volta à cabeça pelo telefone, ele andou pelo centro de treinos até decidir que ia vê-la pessoalmente. Chamou um doggen, meteu-se no autocarro e, assim que chegaram à estrada principal, disse ao tipo que não ia esperar até ao sítio onde o autocarro parava.
Foram até uma clareira a oito quilómetros do complexo.
Depois foi para o relvado da mansão da família de Paradise.
Onde ele encontrou a porta da frente aberta.
No segundo em que entrou, viu Paradise por baixo de Anslam, com os polegares dela a arrancarem-lhe os olhos.
E foi assim que ele acabou sentado aqui nesta... incrível biblioteca... com sangue nas mãos.
Olhando em volta, abanou a cabeça para o grande quadro a óleo por cima da lareira. O macho retratado olhava directamente para o observador e Craeg só podia imaginar o que o bom e velho rapaz teria a dizer se pudesse ver um civil sentado no seu sofá de seda. Ou no sofá de seda do seu filho. Ou do neto. Tanto faz.
- Foda-se - murmurou enquanto esfregava a cara.
Sim, na verdade, ele tinha vindo para discutir com ela, não para fazer as pazes com ela. Ele tinha vindo para provar o seu ponto de vista: que ela e a sua classe eram um mal na espécie, e ela estava iludida se pensava que ele ia acreditar nas suas tretas...
- Pára - gemeu ele.
Reabrindo os olhos, olhou para o tapete onde as suas botas estavam plantadas. No vestíbulo ouviam-se vozes. Butch tinha chegado junto com V. E o mordomo e a criada estavam a falar.
Paradise tinha sido levada para cima, e a Dra. Jane estava...
Um macho apareceu à porta da biblioteca.
Era alto e esguio, vestido com um fato impecável que até Craeg conseguia perceber que tinha sido feito à mão por um mestre. Com a sua camisa branca brilhante e a sua gravata cor de sangue e o seu lenço elegante no bolso do peito, ele era o epítome de um aristocrata.
E sim, até tinha o anel de ouro com sinete no dedo.
E sim, aqueles eram os olhos de Paradise a olhar para ele.
Craeg tirou o seu boné laranja quando se levantou. Teve um impulso absurdo de compor a camisa, ou escovar as calças de ganga... ou algo do género. Que merda.
O macho avançou com uma expressão formidável no rosto.
Preparando-se, Craeg limpou a garganta.
- Senhor, eu...
O abraço de urso que o atingiu foi tão forte que sentiu os ossos a serem esmagados, e o tipo não recuou, continuou a agarrar-se.
Enquanto Craeg permanecia ali como uma estátua.
Por cima do ombro do pai de Paradise, Butch meteu a cabeça dentro do quarto. Com o olhar, o Irmão fez sinal a Craeg para que seguisse com o programa.
Por detrás das costas do macho, Craeg pôs as palmas das mãos no ar, todo «o que é que eu faço?» e Butch começou a fazer movimentos de abraço como se fosse louco. Com dores de cabeça, Craeg pôs cautelosamente os braços à volta do macho gentil e acariciou-lhe os ombros.
- Devo-te a minha vida - disse o pai dela com uma voz áspera. - Nesta noite, deste-me uma nova vida ao salvares a dela.
Finalmente, o pai dela deu um passo atrás, tirou o lenço e limpou os olhos vermelhos.
- Diz-me, como te posso retribuir? O que posso fazer por ti? Como poderei ser útil a ti e aos teus? - Craeg pestanejou imóvel como uma estátua. O seu cérebro ficou literalmente paralisado. E depois disse:
- O meu nome é Craeg.
Como se o tipo lhe tivesse perguntado ou algo do género.
- Craeg, eu sou o Abalone. - O homem fez uma vénia. - Ao vosso serviço.
Antes que Craeg pudesse responder a isso, Peyton virou a esquina e marchou até ele.
- O meu gajo!
E.... altura do abraço número dois.
Enquanto Peyton lhe dava um aperto que quase lhe partia as costelas outra vez, Craeg estava um pouco mais a par do programa no que se refere ao retribuir.
- Fizeste o meu trabalho por mim - disse o tipo com aspereza.
- Do que é que estás a falar?
- O Butch disse-me que foi o Anslam que matou a minha prima.
Craeg recuou, o que foi bom, porque precisava de um pouco de espaço pessoal. Depois do perigo se ter dissipado quando matou um maldito colega de turma, sentia-se como se tivesse entrado num universo paralelo.
O problema era que, quando chacinou Anslam como se o cabrão não passasse de um animal, ele reagiu em defesa de Paradise. A razão pela qual aquele macho a tinha atacado não tinha sido muito relevante na altura - e tinha permanecido inquestionável no período que se seguiu.
Peyton contou a história rapidamente, e Craeg acompanhou a maior parte dela. Pelo menos, pensou que sim.
Anslam e as Polaroids. Anslam e a sua reputação de ser agressivo com as fêmeas. Paradise a juntar tudo.
De repente, Peyton virou-se para o pai de Paradise e os dois abraçaram-se.
- Então, que dizes deste gajo? - Declarou Peyton quando os dois se separaram. - Ele é uma espécie de herói, não é?
Okay, certo, era completamente desconfortável ter o pai de Paradise a olhar para ele com algo próximo da adoração de um herói. Sim, uau... Será que ele poderia ir-se embora agora? Talvez ele pudesse ir embora... ele queria ir ver Paradise, mas...
- Ele também está apaixonado por Parry, já agora - anunciou Peyton. - E ela está com ele.
E foi assim que tudo o que se passava entre ele e Paradise ficou sério e totalmente fodido.