The Caldwell Courier Journal de Maio, parte 1

Olá pessoal!!!

Como têm passado! Já viram que o V atrasou a edição deste mês... não se faz!!!

Sónia Lage muito obrigada pelos comentários, têm sido uma grande alegria para mim. :)

Este mês o Pergunte a um Irmão vai estar aqui incorporado, o que significa que este mês só vamos ter 4 partes. Se tiverem sorte nos próximos 3 dias tenho tudo aqui no blog, se não tiverem sorte vou demorar mais.

Vamos lá ao que vos interessa, está bem? ;)

The Caldwell Courier Journal

Volume 1, Fascículo 3                                                                                                            Maio 2019

Missiva da Mansão

por Beth Randall 

Feliz Maio, pessoal!  E Feliz (quase)* Dia da Mãe! O próximo domingo é suposto ser reservado para mostrar às mães o quanto elas são amadas… e, se somos mães, receber uma injecção extra de amor dos nossos filhos. É uma grande ideia de parar e apreciar aqueles que significam muito para nós, apesar de também, ou talvez especialmente, se não houver uma grande etiqueta na relação: Mãe, Pai, Avô(ó), Tia, etc. Os amigos também contam, por exemplo. Animais. Carros (se fores o Rhage).



Como alguém que agora realmente tem uma pequena, forma de vida baseada em carbono que depende de mim e do pai dele para sustento e protecção, encontro-me a pensar no Dia da Mãe numa nova luz. Por outro lado, eu realmente não pensava de todo sobre o feriado… ou talvez fosse mais no caso de eu tentar não pensar sobre isso. A minha mãe morreu ao dar-me à luz, e tendo em conta que eu cresci no sistema de assistência social, e depois num orfanato, não havia nenhuma figura maternal para mim. E assim sendo, não havia Dia da Mãe para mim.

Quando estava no secundário, podia lembrar-me dos meus amigos a serem arrastados para brunches* neste domingo todos os anos. Para a maior parte deles, era uma obrigação, exactamente o tipo de coisa que os adolescentes odeiam: família por todo o lado, uma tia solteirona atirada na mistura, arranjos de flores, cartões lamechas e ter que acordar antes do meio dia. No orfanato, nós não celebrávamos a ocasião de todo, contudo não tenho a certeza se era porque os administradores estavam a tentar ser sensíveis, ou porque os fundos estavam sempre apertados por isso qualquer desculpa para não fazer nada mais caro que três refeições por dia e um lanche era preferível (tendo em conta essa teoria, com o brunch a ser tanto pequeno almoço e almoço, pensarias que eles se colocariam nesse comboio e mais alguns).

Mas sim, eu lembro-me de querer chutar os traseiros dos meus amigos pelas suas faltas de atitude em relação ao Dia da Mãe. Eu teria adorado ter uma mãe que me esperasse em casa. Para estar à minha beira a fazer os trabalhos de casa. Para falar sobre o meu dia. Eu gostaria de ter participado no feriado como uma da grande massa de pessoas que eram consideradas “normais”. Essa é a coisa sobre crescer da maneira que cresci: eu tinha um sentido bastante claro de que havia uma grande quantidade de vidas paralelas à minha. Eu via-as retratadas em comédias e livros e filmes, e na vida dos meus amigos. Mas era como se eu estive num lado dos carris e eles estivessem no outro, e não havia nenhuma capacidade de cruzamento entre as duas.

Na altura em que atravessei a universidade e para o outro lado para a vida “adulta”, eu tinha colocado o Dia da Mãe firmemente fora da minha mente. Apenas me recusava de pensar nisso. Após todos aqueles anos a desejar que eu pudesse estar do outro lado da linha, cheguei ao ponto de aceitar onde estava e quem era. O que é um sinal de maturidade, suponho eu. Mas sim, depois da universidade, eu continuei com o que estava a fazer nos outros domingos, sem dúvida numa maneira de isolar-me de uma tristeza sobre a qual não podia fazer nada.

E depois conheci o Wrath. E aprendi o que realmente era.

Querem falar sobre linhas diferentes? Santa porcaria. Descobrir que era vampira colocou todas as outras guerras de identidade numa sombra. E é esquisito enquanto penso sobre isso agora. Foi apenas através do meu acasalamento com um vampiro, e dar à luz um, que encontrei o que faltava na minha vida humana de muitas maneiras. Continuo sem ter uma mãe, é verdade. Mas agora tenho uma família inteira, e não apenas no sentido nuclear. Todos os Irmãos do Wrath são como se fossem meus. E as suas shellan são as minhas irmãs. E esta casa é uma comunidade.

E com o L.W., sou uma mãe.

Não vou mentir. Às vezes ainda fico triste quando penso que nem o meu progenitor, o Darius, nem a minha mãe, conseguiram ver o neto deles. E eu desejava ter a minha mãe a quem pedir conselhos sobre quando o L.W. fica agitado (ou come algo que não lhe cai bem no estômago, olá…, quantidade enorme de mirtilos). Mas a minha vida é tão cheia e tão maravilhosa que os ecos da dor são maioritariamente eclipsados por todo o amor.

O que me trás ao meu ponto.

Como alguém que não tem uma mãe, e que não pode ter mais crianças, eu encontro-me extras sensível a outras pessoas que possam não ter experimentado o Dia da Mãe no seu sentido tradicional. Tento lembrar-me que nem toda a gente tem a coisa do brunch-com-flores-e-cartões a acontecer, e que há muitas razões diferentes para isso acontecer. Talvez, como eu, perderam a mãe quando nasceram. Ou talvez tenham sido dados para adopção. Ou talvez sejam afastados das mães deles. Ou talvez não possam ter filhos. Ou não queiram ter filhos. Ou talvez sejam mãe de crianças que têm patas, cascos ou asas. Acho que fazer um esforço para encontrar o pessoal no ponto em que estão significa muito… e não retira da minha alegria de ter o meu filho ou de ser mãe num dia especial para as mães. Apenas significa que me preocupo o suficiente para ter em conta que “muitos” não significa “todos”, e que “normal” é mais um campo estreito do que às vezes pensamos.

E é nesta linha de pensamento que vou preencher o campo de Pergunta a um Irmão deste mês… em nome dos outros casais desta casa. Muitas pessoas querem saber se (quando) o Vishous e a Jane vão ter um filho. Ou o Phury e a Cormia. Ou o Butch e a Marissa. Ou a Xhex e o John. Ou qualquer outra pessoa de baixo deste telhado. É uma questão completamente justa de muitas maneiras. A maior parte dos casais pelo menos tentam ter filhos. Vários casais ficam extasiados com a perspectiva disso. Muitos casais mal podem esperar para trazer uma nova vida ao mundo. Por isso é uma coisa natural para duas pessoas fazerem juntas. E a outra coisa é, é bastante óbvio que a questão veio dum local de amor e melhores desejos. Em perguntar tal coisa, é claro que a pessoa que coloca o ponto de interrogação no final dessas palavras só quer que ambas as pessoas tenham a experiência completa de marido e mulher, ou de namorado e namorada, ou marido e marido, e isso é uma coisa maravilhosa. Por isso não há razão nenhuma para se sentirem mal, de todo, por se questionarem quando (se) vai acontecer.

Mas acho que pode ser difícil para um casal. Eu percebo que o V e a Jane não queiram ter crianças, e eu suporto a decisão deles completamente (mesmo que ela não consiga engravidar, eles poderiam sempre adoptar). De qualquer maneira, só porque não tens um filho, não quer dizer que não tenhas uma família. Duas pessoas podem viver um completo romance verdadeiro e nunca se reproduzirem porque as crianças não equivalem a validade e profundidade de uma relação. Em relação às outras da casa? Creio que o Butch e a Marissa estejam a pensar nisso, mas ainda não se decidiram. E a Cormia tornou muito claro que quer um bebé. Não falei com a Xhex do tópico, por isso não tenho a certeza do que eles querem.

Mas independentemente de onde o casal se encontra no espectro, entre o de-jeito-nenhum para agora-mesmo-se-pudéssemos, eu acho que é bom encontrarmos-nos com eles onde eles estão. Como é bom encontrar as pessoas onde elas estão à cerca dos feriados como neste domingo.

Por tanto tempo, havia apenas uma maneira certa de fazer as coisas, estar juntos, estabelecer-se… e isso é verdade no lado vampiro também. É bom que a sociedade finalmente se esteja a desviar de todas essas restrições, e dias como este domingo sejam uma lembrança de como a vida é demasiado variável para se caber numa caixa ou noutra.

O que não quer dizer que não esteja completamente extasiada para o brunch do Dia da Mãe que vai ser servido na mansão este domingo. O Fritz vai convergir a Primeira Refeição com o repasto menor tipo-almoço que normalmente ocorre entre um ou duas da manhã (quer isso dizer que é Prunch*?). E mal posso esperar para me sentar com o L.W. no meu colo, e conversar com a Layla, e rir com a Mary, e comiserar sobre fraldas com o Blay e o Qhuinn. Mas vou estar atenta aos outros na mesa que estão em locais diferentes.

Nunca esperei ser uma mãe. E nunca esperei viver com outras trinta pessoas. Mas é tão maravilhoso quando estamos todos juntos, em todas as diferentes formas, tamanhos, cores, e combinações que fazemos, a partilhar uma boa refeição, cozinhada com mãos carinhosas.

Para aqueles que o celebram, Feliz Dia da Mãe! Para aqueles que não, abraços no domingo e em todos os outros dias do mês e anos!

Até o próximo mês, montes de amor, Beth

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*Quase dia da Mãe – parece que somos muito emancipados… o dia da Mãe nos EUA é só no próximo domingo…

Brunches – para quem não sabe, ou não se lembra são uma mistura de pequeno-almoço e almoço ao qual eu nunca participei :P


Prunch – No original está Frunch que é uma combinação de Frist Meal (primeira refeição) com Brunch


E aqui está a Versão Original!

E acho que não tenho mais nada a acrescentar ao que a nossa Rainha favorita disse, por isso vou-me embora daqui que já não posso com os meus ombros...

Espero que tenham gostado e que fiquem bem e até à próxima!
Sunshine ;)

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